Ecovoluntários

Parque das Sucupiras

18 de novembro de 2003

A preservação ecológica e histórico bem ao lado do Eixo Monumental de Brasília

A luta ambiental e pela qualidade de vida aflorou na consciência dos brasilienses. Depois de conquistarem o Parque do Rasgado, no Lago Sul, de conseguirem o Parque na Asa Sul e de outras áreas nas cidades satélites, um grupo de moradores do Sudoeste fundou a Associação Parque Ecológica das Sucupiras (Apes) com o objetivo de preservar e transformar em parque uma área remanescente de Cerrado. A área, de aproximadamente 22 hectares, começa em frente à Quadra 8 do Sudoeste, próximo à Capela Rainha da Paz, prolongando-se até o terreno da Caesb, margeando a pista Sul do Eixo Monumental de Brasília.

A Associação Parque Ecológico das Sucupiras (Apes), mobilizando moradores e autoridades, tem promovido mutirões de limpeza e outras ações no sentido de conscientizar a população do valor deste insubstituível patrimônio natural. Também conseguiu que fosse apresentado um projeto de lei, que já tramita na Câmara Distrital, propondo a criação do Parque Ecológico. Alguns políticos visitaram a área quase sempre acompanhados do próprio presidente do Comparques, Ênio Dutra, do diretor de Parques e Jardins da Novacap, professor Ozanan Coelho e do administrador do Sudoeste, Nilo Cerqueira.

O presidente da Apes é o jornalista e chargista Fernando Lopes que ajudado pela fundadora da associação, Maria da Costa, tem promovido visitas de autoridades e mutirão de limpeza pelos moradores da área. "Apesar de nossos esforços e da articulação com a Administração do Cruzeiro e com a recém-criada Administração do Sudoeste, a área do futuro parque está bem abandonada e sujeita a um intenso processo de destruição, pois é usada por carroceiros, como depósito de lixo e entulho, e por jardineiros para coleta de terra para vasos de plantas e jardins", explica Fernando Lopes.

Evidente que para coroar todos estes problemas, existe a questão da segurança, "pois muitos moradores preferem retirar a vegetação nativa para terem mais visibilidade e evitar os roubos que acontecem com certa freqüência.

Fernando Lopes enumera as vantagens de se preservar a área para criação de um parque ecológico:

  • O significado histórico desta área de vegetação nativa, que ainda conserva características observadas nas imagens da primeira missa rezada no Cruzeiro, próximo ao memorial JK.
  • Manutenção de corredores ecológicos para as aves que vivem nas áreas de proteção ambiental.
  • Promover a educação ambiental e a valorização do Cerrado pela rede de ensino local
  • Promover atividades turísticas, facilitadas pela localização privilegiada da área.
  • Preservação e melhoria da qualidade de vida.