Aterro sanitário

Aterro provoca polêmica na fronteira

12 de fevereiro de 2004

Local escolhido para aterro sanitário gera protestos de produtores rurais e Ministério Público entra na briga com executivo

Há dois anos, o Executivo municipal contratou uma empresa especializada em aterros ambientais para estudar e indicar ao Ibama e à Fepam – Fundação de proteção ao Meio Ambiente – áreas disponíveis no município para a transferência do lixão, com a criação de um aterro sanitário.  Três áreas foram indicadas, mas estudos técnicos do Ibama  apontaram a localidade de Passo do Guedes como a mais propícia para  abrigar o aterro.  Foi quando a polêmica se instalou: moradores (a maioria se dedica a fruticultura,  com duas grandes vinícolas na região)  protestaram e criaram uma associação para representá-los. O Ministério Público, por sua vez, vem acompanhando de perto a situação e quer medidas concretas para recuperação do atual lixão. O promotor  Marcelo Gonzaga, na primeira semana de abril, determinou que dois assessores ambientais vistoriassem o lixão para a posterior redação de um documento que fixará  prazos e estabelecerá quais as medidas a serem tomadas de forma mais imediata para a recuperação do lixão, por parte do Executivo municipal.


O aterro sanitário
Diante da polêmica causada pela indicação de Passo do Guedes como o local apropriado para a instalação de um aterro, a prefeitura municipal tem aberto a discussão para ouvir moradores e entidades ambientais. Mesmo porque  o executivo municipal pleiteia verbas federais para concretizar a obra que tem um custo elevado: em torno de R$ l milhão. Uma comissão de vereadores da cidade esteve reunida com o Ministério Público para ver qual o melhor caminho legal a percorrer.


 O vereador Glauber Lima, PT, teme que os parcos recursos materiais e econômicos do município (caminhões velhos,  falta de pessoal etc.) transforme o futuro aterro sanitário num novo lixão.  O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara de Vereadores, Bernardo Fontoura, baseia-se nos riscos ambientais que o aterro pode trazer aos produtores rurais de Passo do Guedes.