Rio Grande do Sul: o estado da aventura
12 de fevereiro de 2004A partir do programa maior “Viajando pelo Rio Grande”, que fez um diagnóstico da situação turística do estado, está surgindo o plano de trabalho “Rio Grande do Sul – o estado da aventura”. Recentemente, a secretaria estadual de turismo promoveu um seminário com 40 operadores ecoturísticos de ar, água e terra, classificando e cadastrando… Ver artigo
A partir do programa maior “Viajando pelo Rio Grande”, que fez um diagnóstico da situação turística do estado, está surgindo o plano de trabalho “Rio Grande do Sul – o estado da aventura”.
Recentemente, a secretaria estadual de turismo promoveu um seminário com 40 operadores ecoturísticos de ar, água e terra, classificando e cadastrando atividades e roteiros que até então nem se ouvira falar.
Desenvolvimento participativo
O diagnóstico feito para o setor contemplou quatro grandes problemas a enfrentar, relata o secretário estadual de turismo, Milton Zuanazzi:
1. A falta de consciência das comunidades sobre o turismo e como se organizar para receber os visitantes;
2. A falta de uma política integrada para o setor, gerando ações desencontradas e competição pelo turista inercial, aquele que está passando, sem a busca de novos visitantes de fora para dentro;
3. A baixa profissionalização do setor, tanto na área pública como privada;
4. A indefinição na comercialização do produto turístico, sendo o setor formado 90% por micros e pequenos empresários.
O caminho encontrado para enfrentar esses problemas foi unir esforços institucionais e comerciais num trabalho coletivo e participativo. Um dos resultados mais visíves é o aumento do número de agências de turismo trabalhando com receptivo em todo o estado: se há poucos anos eram em torno de meia dúzia, agora chegam a 60.
O trabalho envolveu a criação de um fórum com quatro delegados de cada uma das 22 regiões administrativas, num total de 88 pessoas. Buscando integrar turismo, transportes e meio ambiente, buscou-se a participação de 18 órgãos governamentais e 15 universidades.
Cada uma das regiões administrativas criou o seu fórum regional de desenvolvimento participativo, com as entidades representativas do setor, ONGs, agências e instituições de ensino.
Com essa estrutura foi possível chegar a políticas comuns, promovendo intercâmbio entre as agências e capacitando profissionais com apoio do Senac e do Sebrae.
No ano passado, já deu para mostrar que é possível fazer turismo organizado no estado para o próprio gaúcho, quando se promoveu em Porto Alegre o I Salão Gaúcho de Turismo. Este ano, o evento acontece em sua segunda edição não mais em junho, quando o frio é de lascar, mas em abril, quando a temperatura está amena. A mudança é estratégica para que o salão receba agora participantes de fora do estado num clima mais propício para realizar negócios e se aventurar nos roteiros.