Meio ambiente no topo das prioridades da UE
10 de fevereiro de 2004A Comissão Européia apresenta pesquisa sobre atitude dos europeus em relação ao meio ambiente
Comentando a pesquisa, a representante para assuntos ambientais da Comissão Européia, Margot Wallströn, disse que os europeus vêem claramente meio ambiente como prioridade e querem mais ações em nível de excelência. E essa visão expressa na pesquisa – continua Margot Wallströn – será obviamente levada em consideração nas futuras iniciativas políticas sobre assuntos ambientais. “A Europa tem um papel de liderança na proteção ambiental, mas nós temos que avançar mais ainda e não podemos descansar sobre esse prestígio. Essa pesquisa mostra que ainda há muito a se fazer”, salienta Wallströn.
A pesquisa “Eurobarômetro” mostra que os europeus estão cada vez mais conscientes em relação aos importantes temas ambientais. Pelos números da pesquisa, pode-se analisar tais preocupações. Veja os números entre os entrevistados: os desastres nucleares estão no topo das preocupações: metade (50%) dos entrevistados teme por esse tipo de acidente. Logo em seguida, com 45%, estão as preocupações com os desastres industriais. Outros mencionaram estar preocupados com muitos outros problemas ambientais, como poluição do ar, desastres naturais, poluição das águas e a eliminação das florestas tropicais. Uma mudança interessante constatada por essa última pesquisa é o fato da Grécia ser hoje o país membro da UE mais preocupado com o meio ambiente. A Holanda passou a ser o menos preocupado. Respondendo o que pode ser feito para melhorar a situação, as opiniões se dividiram: 50% disseram acreditar que ações isoladas da sociedade com a participação individual de cada cidadão poderiam ajudar a reverter as tendências ambientais. Os outros 50% disseram que suas ações não fariam nenhuma diferença. Um outra questão: que importância tem ações conjuntas da sociedade? Resposta: 65% dos europeus disseram que suas ações poderiam ter impacto se outros também se comprometessem a agir.
Quanto ao futuro, 44% dos entrevistados disseram ser pessimistas e 45% expressaram otimismo de que as mudanças de padrões de comportamento virão. Como conseguir melhores resultados? 48% mostraram preferência por normas e leis mais severas; 45% disseram que as mudanças só vão acontecer com a educação e a melhoria na informação, pois são estas ações que podem trazer uma maior consciência ambiental e maior envolvimento no processo das tomadas de decisões. Para os outros 7%, basta as autoridades aplicarem corretamente as leis já existentes.
Em relação à tomada de decisão para um melhor gerenciamento ambiental, se este deve ser feito em nível de UE, ou isoladamente pelo governo de cada país ou pelos governos locais (províncias e municípios) 33% dos europeus acham que a UE é a melhor alternativa; 30% dos entrevistados acham que a gestão do setor deve vir de cada governo nacional, pois assim seriam melhores aplicadas, e 27% acham que deve ser em nível de governo local.
Um dado interessante da OMS, que no fundo tem a ver com a questão ambiental (mas que não fez parte da pesquisa), é o fato de que doenças como alergias, asma e diarréias estão crescendo especialmente entre as crianças européias.
De acordo com a OMS, a prevalência de sintomas de asma em criança na Europa aumentou em 200% entre os anos 70 e 90.