Ano Novo, Carnaval e férias: tempo de respeitar as praias

13 de fevereiro de 2004

Para as férias e as festas serem boas, é preciso ter alegria e muita limpeza

 






Aconteceu: ao brindar o Ano Novo, muitas pessoas confundiram as areias das praias com lixeira, deixando lá garrafas, lacres de rolhas e outros objetos


Balões pela paz, carvaval, reveillon, aniversários e festas das mais diversas. Sempre é época de se enfeitar residências, ruas, praças e escolas. Um dos enfeites que mais agradam aos olhos e fazem a alegria das crianças, são os balões de ar. Mas, atenção: eles podem causar transtornos se não forem tomadas as devidas precauções. Além de causar poluição visual, quando arrebentam, vão cair em algum lugar. Pode ser nos rios, no mar, nas árvores, nas praças, nos parques e nos telhados. Aí o problema: viram lixo, entopem canos e bueiros, provocando enchentes. Pior: os restos dos balões são responsáveis pela morte de diversas espécies da fauna, como aves, peixes e tartarugas, ao serem confundidos com comida e engolidos. Causam asfixia ou impedem o animal de se alimentar.


Mas o terrível das festas não pára aí. A tradicional chuva de papel picado, que cai pela janela dos escritórios e apartamentos, no último dia do ano, também é responsável pelo entupimento dos bueiros, devido ao grande volume de lixo que é formado. Se a chuva cai, temos ai um problemão.







A garça ficou impedida de se alimentar por ter os bicos presos por amarras de um balão de ar que ela confundiu com alimento


Sempre acontece: ao brindar o Ano Novo, muitas pessoas confundem as areias das praias com lixeira, deixando lá garrafas, lacres de rolhas e outros objetos que podem ferir as pessoas.


País de Primeiro Mundo não é apenas país rico, mas é país que tem um povo civilizado.


Como é bom chegar na praia e encontrar a areia limpa, sem toco de cigarro, sem plásticos, sem embalagens de plástico e sem canudinho por toda parte?


Como é bom agradar aos visitantes, aos turistas e mostrar a eles que os habitantes e visitantes daquelas praias, daquele parque, daquela cidade cuidam de seu ambiente e são pessoas educadas?


Quando um lugar está limpo, geralmente as pessoas respeitam mais e aquele lugar continua limpo.


No caso do Rio de Janeiro, no primeiro dia do ano, os cariocas lembraram os 500 anos da chegada dos colonizadores europeus às águas da Baía de Guanabara. Foi em 1502. De lá para cá, muitas mudanças aconteceram. Mas a principal mudança deve ser de atitude, de respeito e harmonia com a natureza e com os semelhantes. Praia é o lugar mais democrático que existe. Lá se encontram o rico, o pobre, a mulher, o homem, a criança, o feio e o bonito. Quem sabe cuidar do ambiente onde vive, é porque sabe cuidar também de si próprio. Quem respeita a praia e a natureza, se respeita.