Por que investir na conservação ambiental?
26 de fevereiro de 2004Luiz Carlos Santos: “Furnas coloca as questões sociais e ambientais como parte de seu negócio”
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A evolução da legislação ambiental brasileira é uma realidade, como também é outra realidade a preocupação das empresas com a questão ambiental. Por isso, Furnas – que atende grande parte das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde se consome 66% da energia elétrica produzida no Brasil – vem aprimorando ações e procedimentos tendo por base uma visão responsável e moderna da exploração sustentável dos recursos naturais e suas repercussões nas esferas econômicas e sociais. As conseqüências são visíveis: ganho de competitividade, minimiza o desperdício e assegura qualidade de vida para as atuais e futuras gerações de brasileiros.
Explica o presidente da empresa, o ex-ministro Luiz Carlos Santos, que Furnas foi a primeira empresa do setor elétrico mundial a ter subestações conversoras certificadas com a ISO 14.000. Além de desenvolver ações integradas para proteger as nascentes das bacias dos rios que atende suas barragens, a empresa racionaliza o uso de recursos naturais e combate o desperdício de energia elétrica.
Nas áreas de influência das Usinas Hidrelétricas de Corumbá e Serra da Mesa destacam-se alguns projetos de cunho ambiental: em parceria com o Ibama e a Femago, implantou programas de preservação da fauna e da flora do cerrado; recuperação do patrimônio arqueológico histórico-cultural e pré-histórico, em parceria com as Universidades Federal de Minas Gerais e Federal Católica de Goiás, reconstituindo a história regional e preservando testemunhos pré-históricos; conservação da flora e da fauna silvestre, através de convênios com a Embrapa/Cenargen, a Universidade Católica de Goiás e a Fundação Pró-Natureza; e gestão da questão indígena: preservação do grupo indígena Avá-Canoeiro do Tocantins, através de convênios com a Funai.
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O resgate de animais em Manso
A Chapada dos Guimarães concentra 34% das 761 espécies de avifauna do MT
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Furnas acelerou as obras de Manso, sua décima usina hidrelétrica, tendo em vista a crescente necessidade de mais energia para o País. Os estudos da empresa mostraram-se corretos, e a crise de energia, com o fantasma do racionamento, está aí. Inaugurada em dezembro do ano passado, Manso projeta uma potência instalada de 210 MW. Localizada na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, Manso fez o EIA-RIMA e implementou 21 programas ambientais. Entre eles, destacam-se ictiofauna, limnologia e qualidade da água, e manejo e conservação da fauna.
No levantamento da fauna, realizado antes do enchimento da barragem, que atinge uma área de 427 Km², foram catalogadas 122 espécies de répteis e anfíbios, 259 de aves e 93 de mamíferos. A rica fauna de cupins da região e a vegetação local também mereceram atenção especial nos estudos iniciais. O resgate, Operação Tapiti, capturou até o momento mais de 18 mil animais, deste total, quase 10 mil são anfíbios. A Tapiti contou com 8 barcos, 3 veículos, 2 bases de apoio e 40 técnicos. Rádios transmissores foram implantados nos mamíferos para monitoramento. Participaram do intercâmbio científico em Manso, instituições como o Instituto Oswaldo Cruz, Instituto Butantã, Museu de Zoologia, Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, Universidade Nacional de Brasília, USP, Núcleo de Ofidiologia de Mato Grosso, Universidade Federal de Mato Grosso e Universidade de Cuiabá. Entre os mamíferos encontrados na área da usina estão macacos bugio, prego e micos. Esta região, segundo os especialistas, concentra 34% das 761 espécies de avifauna do estado do Mato Grosso.
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