Rio comemora revitalização do lago Frei Leandro
13 de fevereiro de 2004Jardim Botânico do Rio de Janeiro tem noite de beleza e música para salvar lago das Vitórias Régias
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Pela primeira vez, em 193 anos, aconteceu um evento à noite na parte interna do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A festa, dia 4 de dezembro, marcou a revitalização do lago Frei Leandro, o das Vitórias-Régias, projeto que só se tornou possível graças ao trabalho de Isabela Gatti e da arquiteta Lia Carvalho, que contou com o patrocínio do Opportunity e da Brasil Telecom. Entre os mais de 500 convidados, lá estavam Fernanda Montenegro, Caetano Veloso, Murilo Benício, Nathália Timberg, Ney Latorraca, Ivo Pitanguy, Maria Padilha, Carla Cicco e Jorge Jardim (vice-presidente da Brasil Telecom), Marieta Severo, Regina Casé, Carla Camurati, Marco Nanini, Paulo Betti, Maria Ribeiro, Domingos Oliveira e Ney Matogrosso.
Há 50 anos sem grandes tratos, o lago Frei Leandro, de 1.200m2estava precisando receber cuidados especiais. Daí o esforço de revitalização. O lago ganhou mais oito vitórias-régias, trazidas diretamente do Pará e, às vésperas do início do verão, uma boa notícia: elas já estão florescendo. O projeto incluiu ainda o desassoreamento do lago, a proteção das margens e o tratamento paisagístico de seu entorno, feito pela Fundação Burle Marx. Uma outra novidade foi a construção de uma pérgula, onde plantou-se uma trepadeira chamada Jade, espécie de planta que não existia no Jardim Botânico.
As promoters Isabela Gatti e Lia Carvalho, os empresários do Opportunity e da Brasil Telecon, juntamente com artistas, atores e atrizes comemoraram e cantaram muito durante a noite de 4 dezembro nas águas no lago Frei Leandro. Mas é bom saber não só do lago, mas também porque ele recebeu o nome de Frei Leandro.
Frei Leandro Sacramento foi o primeiro diretor do Jardim Botânico, no período de 1824 a 1829, e idealizador do lago. O Jardim Botânico do RJ deve muito a frei Leandro, um frade carmelita, que integrava as Academias de Ciências de Londres e de Munique. Ele foi professor de Botânica da Academia de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Na sua gestão, o JB-RJ firmou-se como instituição científica, pois passou de Jardim de Aclimação de plantas exóticas, criado em 1808 por D. João VI, para Instituto de Estudos Botânicos.