A falta de gerência nos parques é fogo!
24 de março de 2004Todo incêndio florestal é um problema, mas a grande maioria deles poderiam muito bem ser evitada. Sobretudo nos parques nacionais, como o que aconteceu no mês passado no Parque Nacional do Itatiaia. Ocasionado por turistas perdidos no parque, o incêndio acabou alcançando graves proporções justamente por falta de pessoal. Imaginem que o Parque do Itatiaia precisa… Ver artigo
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Todo incêndio florestal é um problema, mas a grande maioria deles poderiam muito bem ser evitada. Sobretudo nos parques nacionais, como o que aconteceu no mês passado no Parque Nacional do Itatiaia.
Ocasionado por turistas perdidos no parque, o incêndio acabou alcançando graves proporções justamente por falta de pessoal.
Imaginem que o Parque do Itatiaia precisa de pelo menos 60 agentes de defesa florestal. Atualmente só tem quatro.
Pior: quatro em idade de se aposentar, com mais de 30 anos de serviço.
Por culpa do governo, do Ibama e da sociedade, os incêndios começam justamente na burocracia.
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Transposição, já era
Todo projeto eleitoreiro é assim mesmo.
E o desvio de águas do Velho Chico foi para onde já devia ter ido: p’ras cucuias! Para que não se diga que o brasileiro tem memória curta, quando ele voltar a ser badalado, se é que tem a audácia de voltar, lembremo-nos que o tema já cansou a boa vontade dos leitores e eleitores.
O que o rio São Francisco precisa é de revitalização; que os múltiplos usuários de sua grande e rica bacia tenham mais consciência e saibam que a preservação e o respeito pelas nascentes, pelas matas ciliares e pela utilização de suas águas para energia e irrigação sejam mais racionais.
Outros projetos, como o programa para a seca (Proágua Semiárido) tem mais chance de transpor e conseguir resultados positivos.
Questão de pura racionalidade e gerência.
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Por que parou? Parou por quê?
O Conselho Nacional de Recursos Hídricos vinha em excelente ritmo de trabalho, por suas câmaras técnicas e reuniões plenárias.
Subitamente, e sem maiores explicações, o seu secretário executivo, Raymundo Garrido, interrompeu esse fluxo de ação.
Algumas perguntas vão por água abaixo: A quem interessa isso? Onde está a gestão participativa? Quando serão retomados os trabalhos?
Tanto os conselheiros como outros interessados no problema estão à procura de respostas para estas perguntas.
Em vão!
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Transarmação
O apelido foi dado por baianos e mineiros à transposição.
Depois da passagem transposicionada de Fernando Bezerra pelo Ministério de uma obra só, resta no ar uma perguntinha: a que mesmo veio o Ministro Tebet?
As más línguas dizem que ele veio para demonstrar, com sua sofreguidão, que só vai trabalhar para o Pantanal, e assim mesmo só na parte sul desse bioma.
Pobre Ministério que nasceu como o projeto da transposição. Morto.
“Não jogue lixo no seu papel de Cidadão” |
Namorando a ANA
Na edição passada, esta coluna deu, em primeira mão, a possível ida de Kelman para a ANEEL.
E que Vinícius Benavides e Benedito Braga aspiravam o atual lugar de Jérson Kelman.
Agora, sabe-se, há outros candidatos para a cadeira da ANA: Jair Sarmento, Superintendente da própria Agência, e Marcos Freitas, diretor para o Rio de Janeiro.
Enfim, os apoios políticos não se sabe de onde vem, mas é sabido que essas modificações devem ficar mais para o fim do ano.
Para quando as chuvas voltarem.
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Mais ou menos estratégico
A Agência Nacional de Águas realizou, recentemente, uma jornada de planejamento estratégico.
Nada mais razoável para um órgão público complexo e que acaba de ser instalado.
O internamento deu-se na Fundação Israel Pinheiro, em Brasília.
Só que o trabalho ficou por menos da metade em termos de alcance, pois alguns diretores estiveram alheios a esse processo de planejamento.
Como cada diretoria é estruturada por divisão geográfica, pode-se facilmente saber o nome destes diretores: a área de atuação dos mesmos é de cerca de cinco milhões de quilômetros quadrados.