Empresas & Meio Ambiente
5 de março de 2004Renner DuPont inaugura fábrica de tintas ecológicas Considerada a mais moderna unidade de produção de tintas ecológicas da América do Sul, a Renner DuPont investiu US$ 20 milhões no “Projeto Água” e terá capacidade de produzir 1.200 toneladas de tinta/ano. O nome Água no Projeto tem um significado importante: a linha de produção de… Ver artigo
Renner DuPont inaugura fábrica de tintas ecológicas
Considerada a mais moderna unidade de produção de tintas ecológicas da América do Sul, a Renner DuPont investiu US$ 20 milhões no “Projeto Água” e terá capacidade de produzir 1.200 toneladas de tinta/ano. O nome Água no Projeto tem um significado importante: a linha de produção de tinta usa a água ao invés de solvente em sua formulação.
A indústria fica em Guarulhos e vai atender a necessidade das indústrias automotivas que hoje contam com políticas mundiais de preservação do meio ambiente.
A tecnologia foi desenvolvida na Alemanha e já atende hoje cinco plantas industriais: além do Brasil, três na Alemanha, uma na França e outra nos Estados Unidos.
Para Antônio Carlos de Oliveira, vice-presidente da Renner DuPont, é importante ressaltar que o uso desta tecnologia pode reduzir em até quatro vezes a quantidade de solventes emitidos pelas tintas automotivas. E o diretor de pesquisas, Christian Pinner, completa: “a previsão é que em 5 anos, 25% do mercado nacional utilize tinta com solução em água nos automóveis, pois todas as fábricas têm forte preocupação ambiental.”
SAMARCO
lança Casa da Árvore
A Samarco Mineração e a TV Top Cultura de Ouro Preto criaram o programa Casa da Árvore sobre meio ambiente e para o público infanto-juvenil.
A estréia do programa foi no último Dia Mundial do Meio Ambiente – 5 de junho – e será apresentado pelas gêmeas Mara e Marana Toffolo, de 13 anos, com a participação de atores do Instituto de Filosofia e Artes Cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto.
Rio Paraíba:
o milagre pode acontecer
Os governos de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro deram-se as mãos para uma missão difícil: despoluir o Rio Paraíba do Sul, um dos vales mais importantes do país, pela concentração de grandes indústrias e empresas.
O Paraíba é o rio onde foi encontrada a imagem de Nossa Senhora Aparecida, em 1717, e que hoje recebe cerca de 1 bilhão de litros diários de esgoto sem tratamento, além das cargas industriais.
Prazo para fazer o trabalho de despoluição: 10 anos.
“Só a vida ensina que leva-se um certo tempo para construir confiança, mas apenas segundos para destruí-la. E que, em poucos segundos, você pode fazer coisas, das quais se arrependerá pelo resto da vida”.
Willian Shakespeare
Usina nuclear e o impacto ambiental
No caso da energia nuclear, algumas contradições estão no ar:
No Brasil, entra em operação a segunda usina nuclear e o país se prepara para concluir Angra 3.
O acordo nuclear brasileiro foi feito com a Alemanha, na década de 70, e hoje a própria Alemanha – fornecedora da tecnologia – começa a desativar suas centrais nucleares, o que promete fazer até 2021.
Mais uma contradição: a Alemanha está abandonando seu programa nuclear mais por questão política do que por questão tecnológica: o atual chanceler (primeiro-ministro) Gerhard Schröder exerce o poder graças a uma coalizão com o Partido Verde, que lhe garante maioria no Parlamento.
E as contradições continuam: no caso da Alemanha, com o fechamento de centrais nucleares, a alternativa energética virá das termoelétricas, que queimam carvão, e emitem dióxido de carbono, considerado uma das causas do efeito estufa.
Quanto à energia nuclear, vários cientistas tem garantido que se há um fator importante na geração desse tipo de energia é justamente a questão ambiental. O motivo é simples: o impacto ambiental é controlado em todas as etapas do processo de geração.
Carlos Coutinho responde
Para Carlos M. Coutinho, Diretor Executivo da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Técnicas e Industriais nas Áreas Nuclear e Térmica, a coisa não é bem assim. E rebate:
O custo do kWh gerado pelas usinas nucleares no Brasil será da ordem de R$ 42,00 perfeitamente compatível com os de qualquer novo empreendimento hidroelétrico e menor do que o previsto para as termelétricas a gás.
Angra 1 jamais sofreu um incidente que colocasse em risco seus operadores ou a população local.
As condições de armazenamento dos rejeitos em Angra garantem que não há a menor possibilidade de ocorrer o que aconteceu com o Césio, em Goiânia.
As usinas nucleares norte-americanas estão obtendo aprovação para estenderem sua vida útil por mais 20 anos.
Na França, as centrais nucleares foram responsáveis por 76% da energia elétrica gerada em 1999, o que prova que não está obsoleta.
GM implanta nova fábrica seguindo normais ambientais
Meio ambiente é cultura e tecnologia. Por isso as empresas responsáveis e cidadãs, grandes e pequenas, começam a colocar a gestão ambiental na ordem do dia. E os objetivos são claros: evitar perdas de energia, reduzir desperdício, minimizar os impactos ambientais e, também, melhorar a própria imagem perante a sociedade.
Segundo José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da GM, quando todas essas ações começam a fazer parte do negócio, significa que a empresa está promovendo um sistema de gestão ambiental. E é verdade, nada mais agressivo ao ambiente do que a implantação de uma planta industrial, quando máquinas poderosíssimas abrem grandes clareiras e removem imensas quantidades de terra. E depois? Aí vem a questão dos estacionamentos, dos efluentes, dejetos tóxicos, saneamento, área verde, abastecimento de água e energia.
Na implantação de sua mais nova indústria no mundo, inaugurada pelo presidente FHC dia 20 em Gravataí-RS, a General Motors, segundo Pinheiro Neto, fez questão de rezar na cartilha dos ambientalistas e construir um complexo automotivo ecologicamente correto:
1 Dos 385 hectares do complexo automotivo, 120 estão destinados à área verde e recreação, sendo 50 hectares de estação ecológica, onde foi construída uma escola de educação ambiental
2 Houve transplante de 117 figueiras, algumas com mais de 30 toneladas. A tarefa foi delicada e inédita. Nasceu assim na indústria, o Parque das Figueiras.
3 Houve preservação das margens dos arroios.
4 Os aterros de 26 metros de altura, movimentando cerca de 10 milhões de m3 de terra, foram feitos de forma a preservar os mananciais. A água continuou correndo no leito natural dos riachos.
5 Efluentes, uso de produtos químicos, pintura, lixo, tudo recebeu tratamento de última geração.
Fábrica da VW reduz emissão de poluentes
A Fábrica de Motores da Volkswagen do Brasil em São Carlos (SP), uma das primeiras da indústria brasileira a receber a ISO 14001, sobre gestão ambiental, adotou metas mais severas para o tratamento da água.
Este ano a unidade vai aumentar de 80% (que é o mínimo exigido em lei) para 95% a remoção de todo material orgânico da água que vem de sanitários, esgoto interno e linhas de produção.
Da mesma forma, reduzirá pela metade (de 90 para 40 miligramas/litro) a concentração de óleos e graxas nos esgotos. A lei estabelece um máximo de 100 miligramas/litro.
A unidade adotou, ainda, medidas para reaproveitar a água no processo produtivo, reduzindo desperdícios e o volume de efluente lançado no coletor de esgotos da cidade, de 1,18 para 0,64 metros cúbicos/hora.