Ciência e Meio Ambiente, em revista
5 de março de 2004É tempo de comemorar (e bem) o 10º aniversário da revista Ciência & Ambiente, editada na Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Edições temáticas, abordagem multidisciplinar dos temas tendo o meio ambiente como referência, participação de renomados intelectuais brasileiros e estrangeiros, apoio empresarial, cuidados com o visual e com a… Ver artigo
É tempo de comemorar (e bem) o 10º aniversário da revista Ciência & Ambiente, editada na Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul.
Edições temáticas, abordagem multidisciplinar dos temas tendo o meio ambiente como referência, participação de renomados intelectuais brasileiros e estrangeiros, apoio empresarial, cuidados com o visual e com a qualidade dos textos, são alguns dos ingredientes que explicam a trajetória bem sucedida da revista, segundo o seu editor, professor Delmar Bressan.
Desde o seu primeiro número, em 1990, Ciência & Ambiente já tratou de grande diversidade temática – Tecnologia e Poder, Gestão do Meio Ambiente, Processo de Produção Agrícola, Cidades, Educação Ambiental, Sítios Plentológicos, Desertificação, Viajantes Naturalistas, Direito Ambiental, Lixo Urbano, entre outros.
A última edição da revista dedicada ao Brasil, composta por treze ensaios e entrevista, apresenta diferentes visões do mundo acadêmico sobre o nosso complexo país. O artigo de abertura é assinado pelo presidente da República Fernando Henrique Cardoso, texto publicado originalmente na Folha do Meio Ambiente. Seguem-se três outras seções, todas acompanhadas de ilustrações. A primeira dedicada ao olhar do outro sobre nós e que conta com a participação de historiadores e especialistas em literatura como Sandra Pesavento, Miriam Moreira Leite, Luiz Antonio de Assis Brasil, Zília Scarpari e Jean Marcel Carvalho. No segundo caderno, voltado à análise do processo de formação do país, merecem destaque os artigos assinados por Marília Caldas, Lúcia Lippi e Antonio Carlos Robert Moraes. Na última seção é apresentada entrevista com o físico e ex-ministro José Goldemberg. Trata-se, portanto, de material de leitura obrigatória para quem acha que o passado não está atrás de nós, mas sim na nossa frente, à espera de novos sentimentos que podemos lhe conferir.
Mais informações:
(55) 220 81 15 (Josmar Borges)
Samarco: reciclagem reduz 29%
dos custos com óleos lubrificantes
Desde dezembro do ano passado, a Samarco tem reciclado os óleos industriais e automotivos utilizados nos equipamentos da planta de pelotização, nas duas usinas da unidade de Ponta Ubu, em Anchieta (ES). O resultado é a redução de 29% na receita da empresa destinada à aquisição deste insumo, no período de janeiro a junho deste ano. Nestes meses, a Samarco recuperou 43 mil litros de óleo, economizando cerca de U$ 80 mil.
Segundo Delson Mathias, engenheiro da Samarco, a cada quatro meses, os lubrificantes dos motores, sistemas hidráulicos, turbinas e redutores das máquinas e todo e qualquer tipo de óleo – desde que não contenha substâncias que alterem as suas características químicas – são analisados para avaliar a troca. Detectada a necessidade de substituição, os óleos são filtrados e centrifugados em máquinas, que retiram água e impurezas sólidas encontradas.
Depois de tratado, o óleo é reaproveitado nas usinas de pelotização. Os lubrificantes não apropriados são encaminhados ao departamento de meio ambiente que os redireciona para as empresas autorizadas na compra de resíduos derivados de petróleo.
Mais informações:
www.samarco.com.br
Teksid, fundição barra limpa
No dia 4 de agosto a Teksid tornou-se a primeira fundição do Brasil a ser recomendada para a ISO 14001, a certificação ambiental conferida a empresas cujos processos produtivos são reconhecidamente realizados dentro de uma política de proteção e preservação do meio ambiente. A recomendação foi feita pelos auditores da DNV – Det Norske Veritas. "É um momento histórico, de extrema importância para o futuro da empresa", comemora Giacomo Regaldo, superintendente da Teksid.
A certificação ISO 14001 é uma questão de responsabilidade da empresa e de cada um de seus empregados com o futuro. Ela não é marketing e vai além das exigências do mercado. "Trata-se de uma mudança cultural que desenvolvemos junto com todos os empregados, em todos os níveis de responsabilidade, para o comprometimento com ações de preservação ecológica", afirma Regaldo.
Quando a empresa decidiu partir para a ISO 14001, no início de 1999, sabia que o desafio era tremendo. O processo produtivo em qualquer fundição do mundo é um trabalho que gera muitos resíduos sólidos que requerem tratamento para sua disposição final. Na Teksid do Brasil são gerados mensalmente cerca de 15 mil toneladas de resíduos sólidos. O que acontece com tudo isso? Uma parte é regenerada, outra é disposta em depósito licenciado pelo estado e controlado, ou encaminhada para empresas especializadas para disposição final. A empresa, hoje, desenvolve projeto para a regeneração quase total deste volume de resíduos.
Mais informações:
(31) 529-8111
Reciclagem, solução para o lixo
No Brasil, são coletadas 120 mil toneladas de lixo por dia. Desse número, estima-se que 80% são depositados em céu aberto, nos chamados lixões. Para o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Tito Bianchini, a reciclagem é uma parcela importante para a solução da diminuição da quantidade de dejetos descartados em aterros e a economia de energia, dinheiro e matérias-primas.
A reciclagem de latas, vidros e papel já é bastante conhecida, mas o que poucos sabem é que até os resíduos orgânicos podem ser transformados e reaproveitados.
As principais vantagens da implantação de um programa de reciclagem de lixo são o aumento de vida útil dos aterros sanitários, a redução de consumo de energia para indústria e a diminuição dos custos de produção.
"Outros importantes benefícios alcançados com a reciclagem são a redução de impactos ambientais e a melhoria das condições de saúde pública", completa o presidente da Abrelpe, Tito Bianchini. Para chegar a essa conclusão, basta analisar o tempo que a natureza leva para "digerir" os diferentes materiais.
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Vidro: não é biodegradável e representa 3% dos resíduos urbanos. No total são reciclados cerca de 35% do material, o que diminui a quantidade de emissão de poluentes no ar e na água.
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Papel: a reciclagem reduz não só a derrubada de árvores, mas também a poluição do ar e da água. O papel demora de um a quatro meses para ser consumido pela natureza.
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Plástico: o plástico é um dos materiais que mais ocupam espaço nos aterros sanitários e leva de 200 a 450 anos para se biodegradar. Reciclado, ele pode ser útil como embalagens de produtos de limpeza, brinquedos, revestimentos de automóveis e engradados.
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Lata de alumínio: esse material corresponde a menos de 1% do lixo recolhido e leva de 100 a 500 anos para desaparecer. Desse número, 64% são reciclados. A lata de alumínio pode ser reciclada infinitas vezes sem perda de nenhuma de suas características.
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Lata de aço: soma 3% do lixo domiciliar e 35% desse total são recicladas, o que representa cerca de 250 mil toneladas por ano. As latas de aço demoram quatro anos para se decompor.
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Composto orgânico: o material orgânico representa 60% do lixo produzido no Brasil sendo que apenas 1,5% vai para as usinas de compostagem. Quando reaproveitado, transforma-se em excelente adubo, rico em húmus, e é mais barato que os fertilizantes químicos.