Gente do Meio
5 de março de 2004Speranza da Mata, a esperança do meio Speranza França da Mata, diretora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenadora do GEA-Grupo de Educação Ambiental, conseguiu com sua tenacidade transportar a Educação Ambiental para fora dos muros do Departamento de Educação da Universidade. Para Speranza, a bandeira da Educação… Ver artigo
Speranza da Mata, a esperança do meio
Speranza França da Mata, diretora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenadora do GEA-Grupo de Educação Ambiental, conseguiu com sua tenacidade transportar a Educação Ambiental para fora dos muros do Departamento de Educação da Universidade.
Para Speranza, a bandeira da Educação Ambiental se confunde com o objeto da cidadania, incluindo reivindicações de direitos, e que a crise ambiental é um questão de ética. A fim de incutir nos meios científicos e tecnológicos a necessidade de discutir a transversalidade da educação, será realizado o "IX Seminário de Educação Ambiental".
Este ano, pelo terceira vez consecutiva, esse seminário acontece no Instituto Militar de Engenharia-IME (RJ) – um dos melhores centros tecnológicos do país com o tema a "Transversalidade em Questão", sob sua coordenação. A proposta é discutir, em âmbito nacional, a presença e a importância da Educação Ambiental nas diversas áreas do conhecimento, nos dias 4, 5 e 6 de outubro.
J. Marcos, fotógrafo da natureza
J. Marcos, fotógrafo eclético por natureza, não se deixa intimidar pelo discurso teórico da estética. Em suas andanças, além da plácida Mantiqueira e mesmo em "ambientes" longínquos, o fotógrafo está sempre atento ao inusitado, às cenas prosaicas do dia-a-dia, retratando as belezas da Natureza-Viva, na tentativa de preservá-las, talvez como um alerta para melhoria do meio ambiente no planeta em que vivemos.
É bom acompanhar J. Marcos nesta caminhada constante em busca da revelação de seu ver sensitivo, através da câmera fotográfica.
Agora em outubro, de 5 a 25, J. Marcos promove uma exposição de seus trabalhos em Barbacena-MG. Nome da mostra: Ambiente do Meio.
Mário Pontes, o andante da vida
Ler um livro na língua original do autor é sempre um privilégio. Mas dizem que ler a tradução, se essa foi feita pelo jornalista e escritor Mário Pontes, também não deixa de ser um privilégio. Como tradutor, Pontes consegue manter o sabor original do estilo do autor. Escritor nato, Mário Pontes é um jornalista visionário que antecipou em muito as preocupações da sociedade moderna com a questão ambiental.
Cearense, autoditada por excelência, que se tornou jornalista aos 16 anos, Pontes é ambientalista de primeira hora. Sempre se preocupou com a finitude dos recursos naturais e com a poluição. Em abril do ano passado, Mário Pontes confessou em entrevista à Folha do Meio que é um introspectivo. Assim só é possível conhecer suas inquietações com o ambiente, pelo que escreve. E sua obra sempre mostra um pouco sua origem indígena quando o assunto é consumismo.
O primeiro livro que escreveu, na década de 70, "Milagre na Salina", já era um apelo contido para que aprendamos olhar mais para o nosso entorno. Agora, em "Andante com Morte", que está sendo lançado dia 26 de setembro em Brasília (Café Martinica – CLN 303, às 19 horas), condena a violência e ironiza a irracionalidade do homem em relação ao uso dos recursos naturais.
Mário Pontes foi quase 20 anos o editor do Suplemento Livro, do Jornal do Brasil, que é hoje o Caderno Idéias.
Eliseu Alves
Ciência e o Ambiente
Não há como preservar o meio ambiente sem uma ação efetiva em duas mãos: apoio à ciência para o desenvolvimento de tecnologias limpas e educação para a formação cidadã das pessoas. É a tecnologia que dá por exemplo, a oportunidade de se trocar um pequeno pacote de laptops de última geração pela carga de um imenso navio de minério de ferro. O país que não investe em ciência, condena seu povo a sobreviver com o suor de seu rosto. A ciência democratiza e a tecnologia liberta. Aprendi essas lições com Eliseu Alves, o pesquisador que ajudou a criar a Embrapa, e que acaba de ganhar com outro pesquisador, Alexandre Lima Nepomuceno, o Prêmio Santista 2000. Instituída em 1995, a comenda tem o objetivo de estimular a produção intelectual e incentivar a divulgação e a preservação da memória das Ciências, Letras e Artes no Brasil.
Eliseu Alves, presidente da Embrapa entre 1979 e 1985, foi escolhido pelo júri como vencedor na área Desenvolvimento Agropecuário e Agronegócios, por suas pesquisas e suas publicações sobre política agrícola.
Já Alexandre Lima Nepomuceno, pesquisador da Embrapa Soja, unidade da empresa em Londrina (PR), foi o vencedor do Prêmio Santista Juventude, destinado a pesquisadores de até 35 anos.
O júri, composto de 47 personalidades, foi presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Velloso.