Preservação

Parque ecológico do Gama-DF corre risco

29 de abril de 2004

A área está localizada no Setor Sul, ao lado das Quadras 12 e 06. O Parque do Gama foi criado pela luta de um morador que busca preservar o cerrado

Um novo desafio para comunidade do Gama, DF, é recuperar uma área degradada e evitar que sejam depositados lixos próximos à avenida Contorno, onde está sendo criado um Parque Ecológico. Esse novo parque está nascendo na Cidade Satélite do Gama. Trata-se do Parque Ecológico e Vivencial da Ponte Alta do Gama, garantido pela lei 1202 de 20 setembro de 1996, aprovada pela Câmara Legislativa e sancionada pelo então governador do Distrito Federal Cristovan Buarque e de autoria do ex-deputado Distrital Antonio José Cafu. Esse parque foi criado graças ao trabalho do jornalista Vicente Vecci, morador da quadra 12 do Setor Sul. “Há necessidade de recuperar aquela área e evitar invasões e assentamentos, preservando o ecossistema ainda existente”, explica Vicente Vecci. Demarcação Falta o GDF demarcar o parque e definir sua poligonal. Isso deve ser feito em parceria com a Fundação Jornal do Síndico, que está sendo criada para traçar metas sobre a sua recuperação e preservação. Os moradores do Gama têm pressa na demarcação do Parque, porque além da criação de um núcleo de educação ambiental e de preservação de espécies do Cerrado, há necessidade de um local para passeios e recreação. Inicialmente o maior problema a ser enfrentado pelos interessados na conservação da área, é a proibição de seu uso para depósito de lixo na sua lateral. Segundo Vicente Vecci, o local é propício à geração do mosquito da dengue e outras doenças oriundas do rato. Para os moradores da Satélite, a Administração Regional do Gama, até agora tem dado soluções paliativas ao problema, eventualmente, cobrindo esse local com terras, movimentadas por uma motoniveladora. Falta na área uma fiscalização ostensiva.


Jardim Botânico do DF
na luta pelas águas


Com o apoio do Ministério do Meio Ambiente, o Movimento de Cidadania pelas Águas criou, durante a Semana do Meio Ambiente, o primeiro Centro de Referência de Brasília, que vai funcionar no Jardim Botânico, hoje uma verdadeira escola de educação ambiental ao ar livre.
É justamente nas proximidades do Jardim Botânico que nasce o córrego Gama-Cabeça de Veado, fonte de abastecimento para mais de 30 mil pessoas que vivem no bairro do Lago Sul, em Brasília. Esse foi um dos motivos que levou o Movimento de Cidadania pelas Águas a atender o interesse do Jardim Botânico em sediar o Centro.
A educação ambiental vai fazer parte dos planos do novo Centro, pois o JB recebe, em média,  24 mil visitantes por ano. Com a instalação do Centro de Referência, o Jardim Botânico de Brasília terá condições de levar a filosofia de preservação e recuperação dos recursos hídricos para todas as pessoas e grupos de escola que visitam o  local.
De acordo com a diretora do Jardim Botânico, Anajúlia Heringer Salles, o primeiro passo será o de envolver no trabalho a comunidade próxima ao Jardim e os visitantes. “Depois, pretendemos estender este trabalho a toda população do Distrito Federal”, afirmou a diretora. O Centro de Referência  será uma ótima oportunidade para as pessoas começarem a discutir o problema de poluição e de preservação das águas no Planalto Central. A criação do Centro é uma forma de discutir mudanças de hábito da população e de mostrar a cada um a importância de tratar os recursos hídricos como um bem finito.