Semana da Água

Amazonas educa para bom uso dos rios

1 de abril de 2004

Governo do Amazonas promove oficinas de pesca esportiva e busca integração de órgãos para preservar as águas

 







Virgílio Viana: a água em abundância não pode significar nem desleixo, nem desperdício e nem poluição



Para o secretário executivo adjunto de recursos hídricos da SDS, Paulo Lóes, falar de pesca esportiva, que é uma atividade emergente no turismo amazonense, é um tema oportuno para discutir e trabalhar conceitos de preservação da água e dos recursos florestais da Amazônia para o público da Oficina. “As crianças que chegam aqui têm uma aula de meio ambiente, descobrem que a água potável do planeta está acabando e que aqui está uma boa parte destes recursos hídricos”, explicou Paulo.


Poluição de rios com resíduos sólidos, noções de ecologia e práticas de pesca esportiva sustentáveis são outros temas que as crianças aprendem na oficina e um kit com camisa, boné e um certificado de participação garantem que as idéias de preservação do meio ambiente sejam lembradas e multiplicadas a diante.


Mesmo com tantos alertas da falta de água no planeta, de acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Virgílio Viana (foto) o Amazonas está em uma situação privilegiada em relação ao mundo, onde a política de recursos hídricos do Estado não está diante de um problema de escassez da água. ?Temos água abundante e de qualidade. Nosso desafio é evitar a poluição, a pesca predatória e o desmatamento que possam comprometer esse valioso e estratégico patrimônio do Amazonas?, disse o secretário Virgílio Viana.


Parque vira palco das comemorações pela água


Mudança de comportamento. Esse é segredo da transformação a favor do meio ambiente. E a mudança vem pela educação. Essa foi a maior lição recebida pelos 250 alunos das escolas estaduais, no Parque do Mindu, pelo Dia Mundial da Água. A secretária de Estado de Educação, Vera Edwards, apontou as prioridades do governo para os projetos voltados ao meio ambiente desenvolvidos nas escolas da rede estadual de ensino.


Vera Edwards explicou que por muito tempo as pessoas desenvolviam a idéia de que os bens naturais eram inesgotáveis. “Hoje temos consciência do cuidado que devemos ter com a água, especialmente aqui no nosso Estado, que engloba parte significativa da água potável de todo o planeta. Temos passar isso para os nossos alunos”, salientou a secretária Vera Edwards.


Amazonas quer regulamentar lei


Regulamentar a Lei Estadual de Recursos Hídricos, por meio da implementação de seus instrumentos e da composição do sistema de gerenciamento, definir ações para a recuperação de igarapés em áreas urbanas de Manaus, promover o desenvolvimento sustentável da atividade de pesca esportiva são parte das atividades desenvolvidas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimentos Sustentável – SDS.


Dentre os instrumentos da Política Estadual de Recursos Hídricos a SDS vem discutindo a implementação da outorga dos direitos de uso e a cobrança pelo uso dos recursos hídricos. As minutas de lei e decretos encontram-se em fase de análise pela Procuradoria Jurídica da SDS.


Considerando que a bacia hidrográfica é a unidade base para toda e qualquer atividade de gestão desta política, o Amazonas trabalha na delimitação das bacias hidrográficas do Estado. A proposta do Grupo de Trabalho Interinstituciona, criado pelo Secretário Virgilio Viana, em 2003, que visa elaborar a proposta do Plano de Bacias do Amazonas, será apresentada e definida, brevemente. Contará com a participação do Estado, sociedade civil e usuários.


A recuperação dos igarapés que drenam a cidade de Manaus vem sendo discutida de forma integrada com representantes do poder público, das instituições de ensino e das comunidades que habitam essas áreas.


Para a Bacia do Tarumã, a SDS realiza, inicialmente, um diagnóstico ambiental a partir do qual serão definidas políticas de gestão ambiental, destinadas a frear as ações ilegais e salvar a bacia da crescente degradação ambiental. Estado e Prefeitura, Universidades, ANA, Inpa, Incra, IBGE e CPRM são algumas das instituições envolvidas no processo.