Não dá mais para poço jorrar água à toa
1 de abril de 2004Ação da ANA e do governo do Piauí quer conter desperdício de água subterrânea
Jerson Kelman, da ANA, e o governador do Piauí, Wellington Dias, lançam o programa de redução de perdas de água, instalando reguladores de vazão em seis poços jorrantes |
?Mesmo tendo pouca divulgação essa com certeza é uma das cerimônias mais emblemáticas comemorativas do Dia Mundial da Água? explicou o presidente da Agência Nacional de Águas, Jerson Kelman, ao dar início, juntamente com o governador do Piauí, Wellington Dias, em um programa de redução de perdas de água naquele Estado, instalando reguladores de vazão em seis poços jorrantes. O volume de água perdida daria para abastecer cerca de 9.000 famílias com 100 litros de água por dia, por pessoa, informou Kelman. O evento aconteceu na bacia hidrográfica do rio Gurguéia, afluente direito do rio Paranaíba, que é uma região inserida no Polígono das Secas nordestino, mas com uma riqueza especial: um grande lençol de água subterrânea com dois aqüíferos sobrepostos, o Cabeça e o Serra Grande.
Essa água, que existe em grande quantidade, está armazenada sob pressão, o que a faz jorrar quando um poço é perfurado. “Este fato, que se apresenta como uma grande vantagem em termos de economia de energia elétrica, paradoxalmente, tem produzido uma verdadeira tragédia, pois existem entre 300 e 400 poços jorrantes com grande volume de água inaproveitado”, alerta Antônio Felix Domingues, Superintendente da ANA. Para se ter uma idéia desse volume, os técnicos da ANA e da Semar-PI estimam que, minimamente, há um desperdício ou, na melhor das hipóteses, uma subtilização, de 2.500 litros de água por segundo a partir desses poços jorrantes.
Essa é a primeira ação no sentido de controlar a vazão dos poços jorrantes. Segundo Jerson Kelman, a ação será ampliada a outros locais onde também há desperdício.
Dia Mundial das Águas no RJ Niterói faz encontro técnico sobre gestão das águas |
A gestão das águas, esse foi o tema principal do II Encontro técnico sobre recursos hídricos realizado em Niterói para debater a questão das águas na região metropolitana do Rio de Janeiro. O encontro foi coordenado pelo Departamento de Recursos Minerais (DRM) da Emater-RJ e fez parte das comemorações do Dia Mundial da Água, num ano que se dá destaque às águas subterrâneas. O principal objetivo foi alcançado: abrir discussão sobre as atividades de extensão rural com enfoque socioambiental, cultural, econômico e de políticas públicas. Um dos destaques do seminário foi a mesa redonda “A cobrança pelo uso das águas no Estado do Rio de Janeiro – A experiência do Rio Paraíba do Sul e os principais resultados”, com a presença do hidrólogo Patrick Thomas, da Agência Nacional de Águas; da professora Marilene Ramos, da Fundação Getúlio Vargas; do hidrólogo Jander Duarte, da Coppe/UFRJ; e do engenheiro agrônomo Adauto Grossmann, da Emater. Nilton Salomão, presidente da Emater-RJ fez a abertura do evento que teve a participação do diretor-presidente do DRM, Flávio Erthal. |