Folha do Meio Ambiente

Foto: Sessão especial da Assembléia de Santa Catarina debate Complexo Lagunar

Em visita oficial a Santa Catarina, o ministro Sarney Filho, do Meio Ambiente, conheceu de perto os problemas ambientais do Complexo Lagunar Sul Catarinense, quando recebeu das mãos de Leonardo Morelli, Presidente da Sociedade Amigos da Lagoa de Imaruí, documento assinado por entidades ambientalistas de Imaruí, Laguna e Imbituba, relatando os principais crimes ambientais cometidos na região.
O ministro se manifestou solidário com a causa, afirmando que não permitirá que o licenciamento ambiental da obra de Duplicação da BR 101 seja feito pelo IBAMA  sem uma solução ambiental para o aterro criminoso da Ponte da Cabeçuda. Confirmou, ainda, sua presença no GRITO DAS ÁGUAS – a maior jornada em defesa do meio ambiente no Sul do Brasil – que ocorrerá em novembro próximo no município de Imaruí.

Suplemento Especial da Folha do Meio sobre Complexo Lagunar

A Folha do Meio Ambiente está produzindo um Suplemento Especial dedicado às questões ambientais ligadas à água em Santa Catarina.
Temas a serem abordados:
.Complexo Lagunar e Duplicação da BR 101;
.O debate sobre a hidrelétrica de Cubatão em Joinville; a poluição na Baía da Babitonga;
.O funcionamento dos comitês de bacia;
.Impactos e alternativas ambientais para a produção limpa do carvão;
.O crescimento da certificação de empresas Catarinenses com a ISO 14000.
O Suplemento irá enfocar a qualidade de vida das principais cidades catarinenses e os principais roteiros de Ecoturismo no estado e trará ainda a fantástica história de Fritz Muller, ecologista alemão que, no século passado, veio ao Brasil com o doutor Blumenau, fundador da cidade catarinense que levou seu nome.

Saiba mais sobre o Complexo Lagunar

O Complexo Lagunar Sul Catarinense sempre foi visto como um apêndice da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão, o que não é verdade, na medida em que através do complexo Lagunar é que, na realidade, a Bacia do Rio Tubarão tem acesso ao Oceano.
No Complexo Lagunar, encontram-se três ambientes distintos: marinho, costeiro e de água doce, associados. Trata-se de um problema internacional, que deveria ser acompanhado de perto pelo PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Vale salientar que no PNUMA, há um programa específico para proteção do meio marinho frente às atividades baseadas em terra na região do Atlântico Sudoeste. Esse programa refere-se diretamente a atividades que afetam os ambientes marinhos, costeiros e de água doce associados como é o caso do Complexo Lagunar que age como o diafragma de um pulmão e faz a Bacia do Rio Tubarão respirar.
A morte desse Complexo – provocada pelo assoreamento e pela falta de vazão das águas – certamente trará sérios reflexos no ecossistema global em que se encontra a Bacia do Rio Tubarão. Há ainda, na região, uma importante reserva de mata, cujos recursos hídricos – para serem preservados – dependem da vida do Complexo. Trata-se do Parque Estadual Serra do Tabuleiro (Uma área de Conservação permanente que vem recebendo recursos do BIRD).