Diamantina a um passo de se tornar Patrimônio da Humanidade

19 de abril de 2004

A cidade mineira de JK e Chica da Silva estará junto com Ouro Preto, Olinda, Pelourinho (Salvador) e Brasília








 











O antigo Arraial do Tijuco já é considerado patrimônio do povo brasileiro desde 1938, numa decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).


A reunião do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco foi dia 12 desse mês, em Paris, e aceitou a recomendação para a inclusão de Diamantina na relação de tombamentos mundiais. A decisão final será em Marrakesh (Marrocos) em 10 de dezembro, mas o dossiê ainda será analisado nos dias 26 e 27 de novembro também lá em Marrakesh. Neste encontro, os membros do comitê analisarão o estágio dos compromissos assumidos pela prefeitura de Diamantina para complementar a estrutura da cidade, como a instalação de plano diretor (que a cidade não possui) e de projeto de preservação da paisagem do cerrado local. Esta análise será enviada ao comitê que dará a decisão final em 10 de dezembro.


Unanimidade
No entanto, o indicativo principal das chances de Diamantina foi a aceitação por unanimidade, na última semana de março, da candidatura da cidade pelos membros do Conselho Internacional de Monumentos, Cidades e Sítios Históricos (Icomos), órgão responsável pelas perícias técnicas solicitadas pela Unesco.


Pesaram na decisão o grau de preservação de suas características arquitetônicas, que se distingue das demais cidades históricas barrocas pelo seu caráter único de exploração fechada do diamante, as características ímpares de suas igrejas com apenas uma torre e até mesmo a sua intensa atividade musical e folclórica.


“Diamantina é uma jóia barroca no coração das pedras do Brasil e somente deixará de obter o título, caso ocorra, por exemplo, alguma ação danosa pelo homem ao município e à região”, diz a presidente do Icomos no Brasil, Suzana Cruz Sampaio.


Ouro Preto, Olinda, o Pelourinho, em Salvador, e o Plano Piloto de Brasília também já receberam o título e são considerados patrimônios históricos da humanidade.


Preservação
A exemplo destes locais, Diamantina será bastante beneficiada pelo incremento do turismo nacional e internacional resultante da grande repercussão mundial que o título alcança. Outro fator é a possibilidade de liberação de linhas de crédito destinadas à obras de infra-estrutura e para a preservação de um dos mais importantes conjuntos arquitetônicos barrocos formados ao longo da história colonial brasileira.




A matéria completa você encontrará na edição de julho da
Folha do Meio Ambiente