Caro leitor:
29 de abril de 2004Recordar é viver. Pela décima vez, a Folha do Meio Ambiente participa das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente. Desde 1989, quando saiu a primeira edição da Folha do Meio, fazemos desta data um momento especial para refletir sobre o pesadelo da destruição, sobre as formas e fórmulas para melhorar a qualidade de vida… Ver artigo
Recordar é viver. Pela décima vez, a Folha do Meio Ambiente participa das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente. Desde 1989, quando saiu a primeira edição da Folha do Meio, fazemos desta data um momento especial para refletir sobre o pesadelo da destruição, sobre as formas e fórmulas para melhorar a qualidade de vida no planeta.
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O presidente Fernando Henrique Cardoso, como havia prometido, deu uma entrevista exclusiva à Folha do Meio. Falou-se de vários temas como Amazônia, regulamentação da Lei da Natureza, criação da Agência de Água, blocos comerciais dos países e o meio ambiente, orçamento curto para o setor e, até, como o Presidente administra seu lado intelectual e político. Na verdade, faltou um tema que ficou para uma próxima entrevista: o caso dos transgênicos. A entrevista é ampla e está nas páginas 7, 8 , 9 a 10.
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Nessa edição, voltamos a falar de um problema que corrói as entranhas de nosso planeta: a poluição dos lençóis freáticos. E, no caso do Brasil, como a corrupção e a péssima gestão dos recursos hídricos faz de uma cidade litorânea e banhada por dois rios importantes, um centro urbano sitiado pela falta d’água. Pois é, Recife tem água sobrando nos seus rios e tem água sobrando no seu subsolo. Mas uma e outra estão sendo poluídas e chegou ao cúmulo de ter que importar água da Bahia. Hoje, navios partem de Salvador com conteiners cheios de água. Até trem está levando água para matar a sede da Capital de Pernambuco. Nessa mesma reportagem, o alerta na resposta de duas perguntas básicas: como os lençóis freáticos estão sendo contaminados? Quais os principais focos de poluição? E, veja bem: são mais de 300 anos para despoluir um lençol freático. Páginas 22 e 23.
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Turismo é o novo nome da Paz. Turista não quer saber de guerra, de miséria e de sujeira. O turista só vai onde há segurança e alegria. Ecoturismo é a palavra mágica contra o estresse, que gera emprego, interioriza a economia, faz dinheiro e educa e preserva o meio ambiente. É a atividade econômica que mais perspectivas econômicas traz para o Brasil. Mas é bom que o ecoturismo cresça com ordenamento. Um bom planejamento é fundamental. Com essa finalidade, a Embratur firmou um acordo com o Ibama e a Associação Brasileira de Agentes de Viagem – ABAV, no sentido de criar uma política nacional para o turismo. Veja no Suplemento de Ecoturismo respostas para algumas perguntas importantes: como despertar o interesse popular para o rico patrimônio ambiental brasileiro? Como incentivar e recuperar áreas e espaços públicos com potencial para o ecoturismo? Como criar serviços e atrações turísticas na busca de uma atividade econômica rendosa e auto-sustentável? Mas, para aproveitar e percorrer esse país que é o campeão mundial do ecoturismo é preciso conhecer os segredos de uma boa trilha e a melhor forma de se defender e de respeitar a natureza. Tudo isso e muito mais está no Suplemento de Ecoturismo desta edição que comemora a Semana do Meio Ambiente.
Lembre-se sempre: ninguém deve deixar de fazer por só poder fazer muito pouco. Boa leitura!
Silvestre Gorgulho
SUMMARY
To remember is to live. For the tenth time the Folha do Meio Ambiente is participating in the commemorations of World Environment Day. Since its first publication in 1989, the Folha do Meio has made this date a special occasion to reflect upon the nightmare of destruction, upon the forms and formulas for bettering the quality of life on this planet.
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As promised, President Fernando Henrique Cardoso has given an exclusive interview to the Folha do Meio. He spoke on a variety of issues such as Amazônia, the implementation of the Law of Nature, the creation of the Water Agency, international commercial blocks and the environment, the short-term budget for this sector and even how the President reconciles his intellectual and political lives. To tell the truth, only one topic was left out, to wait for the next interview: the case of transgenetics. The interview is wide-ranging, and can be found on pages 7, 8, 9, 10.
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In this edition we return to speak of a problem that eats at the belly of our planet: the pollution of the subsoil aquifers. In Brazil’s case, corruption and mismanagement of water resources has turned a coastal city bathed by two important rivers into an urban center besieged by lack of water. As it is, Recife has plenty of water in its rivers and plenty of water in its subsoil. But both are being polluted to such a degree that it must import water from Bahia. Indeed, nowadays ships steam from Salvador with containers full of water. Even trains are used to carry water to satisfy the thirst in the capital of Pernambuco. In this same report, an advisory on two basic issues: how are these aquifers being contaminated?
What are the principle focal points of this pollution? And beware: it will take 300 years to clear a subsoil aquifer of pollution. See pages 22 e 23.
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Tourism is the new face of Peace. Tourists do not want to be near war, misery or filth. The tourist will only go where there is security and tranquillity. Ecotourism is the magic word to break the spell of stress, at the same time generating jobs, developing the rural economy, making money, and educating and preserving the environment. It is the economic aspect that is attracting investors to Brazil. But it would be wise to manage the growth of ecotourism in an orderly manner. Good planning is essential. Towards this end, Embratur has entered a partnership with Ibama and the Association of Brazilian Travel Agents (ABAV) towards the creation of a national policy for tourism. In the Ecotourism Supplement, read some answers to important questions, such as: how to awaken public interest in the rich natural heritage of Brazil? How to encourage the preservation and recuperation of public areas with potential for ecotourism? How to create profitable and self-sustaining services and attractions for tourists? But to make the most of a crossing of this country which is the champion of ecotourism requires a knowledge of the secrets of the trail and the best way to protect it and to respect the surrounding nature. All this and more is found in the Ecotourism Supplement in this edition commemorating World Environment Day.
And remember: leave no act undone simply because it is a small act. Good reading!