Folha do Meio Ambiente

Durante a solenidade, no Palácio do Planalto, dia nove último, o presidente FHC foi categórico: “Não basta crescer. É preciso desenvolver, mas sempre com a preservação ativa do meio ambiente”. E explicou a importância do desenvolvimento sustentável “que tenha bases sadias para a continuidade de vida das futuras gerações”.

O relatório
A edição do relatório é um balanço geral sobre as atividades voltadas para o desenvolvimento sustentável das empresas vinculadas ao CEBDS, com ênfase nos indicadores sócio-ambientais. Para o presidente do Conselho, Félix de Bulhões, o objetivo do Conselho é ajudar o governo a elaborar políticas que permitam que o país produza mais e melhor a custos reduzidos, com menos poluição e melhor utilização dos recursos energéticos.
O livro engloba ações de empresas dos setores siderúrgico, mineração, química, petroquímica, papel e celulose, energia elétrica, bebidas, telecomunicações, eletrônica, transporte e processamento de documentos.

Sinergia
O presidente do Conselho, Félix de Bulhões, se mostrou otimista com o trabalho. Para ele, se os empresários continuarem neste caminho, toda a cadeia produtiva, em breve, estará imbuída dessa mesma sinergia, com um objetivo claro: reduzir o desperdício, gerar menos poluição, utilizar melhor os recursos naturais, diminuindo a pobreza e melhorando as condições de bem-estar social e a qualidade de vida.
“Não queremos e não podemos ser o país das crises. Buscamos é o comprometimento de todas as forças que compõem o Brasil numa mesma direção” assinala Félix de Bulhões, para concluir: “Precisamos cobrar das instituições e do governo, uma garantia de nossas ações, para que elas tenham eco, para sermos ouvidos em todo o mundo como o Brasil da criatividade, um Brasil que vai para frente e quer andar rápido para o caminho certo. Um país que busca o crescimento econômico, valorizando o produto nacional, protegendo o meio ambiente e lutando por uma melhor qualidade de vida da população”.

Passado e futuro
Para o vice-presidente do Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável, Fernando Almeida, o desafio está posto. Foi justamente buscando um padrão de desenvolvimento para o Brasil, mais justo com os homens e com a natureza, revendo inclusive equívocos dos últimos séculos, que o CEBDS começou a agir. Foi buscando liderar o empresariado nacional no rumo da ecoeficiência, que o Conselho nasceu há dois anos, vinculado ao WBCSD (World Business Council for Sustainable Development) com sede em Genebra. O CEBDS é hoje a melhor referência na América Latina.
Explica o empresário Fernando Almeida que em 1992, vinte anos após a Conferência de Estocolmo, a classe empresarial se apresentou na Rio’92 já disposta a inovar seu conceito de desenvolvimento. Cinco anos depois, na Rio+5, o mesmo empresariado mostrou casos concretos de vitórias na área de gestão ambiental. “Mas os desafios são grandes, cada vez maiores, e dizem respeito à qualidade de vida das próximas gerações, à preservação das espécies, à mudança climática ao uso racional da água e à destruição ambiental. Todos esses temas são de nossa responsabilidade como líderes empresariais. E o vice-presidente do Conselho deixa no ar a pergunta: Como vamos nos apresentar em 2002, no evento da RIO+10, que acontece 30 anos depois?