PELO BRASIL

23 de abril de 2004

Terra da Gente Uma nova mídia ambiental, PREMIO IMPRENSA Jornalismo de qualidade de vida, Primeiros tubulões no emissário da Barra da Tijuca, Orquídeas do Planalto Central Brasileiro

Terra da Gente


Uma nova mídia ambiental


Foto: Os jornalistas Ciro Porto e Liana Jonh lançaram, no Congresso Nacional, Terra da Gente a mais nova revista ambiental brasileira.


 


A família da mídia ambiental acaba de ganhar um novo membro. Saiu dia 13 de abril o número zero de Terra da Gente, um filhote – segundo seu diretor, o jornalista global Ciro Porto – do programa que tem o mesmo nome e nasceu regional (EPTV de Campinas) em junho de 1997 e virou nacional. Hoje Terra da Gente, na tv, é exibido por emissoras afiliadas da TV Globo e pode ser visto pelas parabólicas em todo o Brasil e pelos 26 países que acessam a Globo internacional.
O lançamento da revista Terra da Gente foi no Congresso Nacional com a presença de vários
parlamentares, diretores do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente. Falaram na ocasião o ex-ministro, deputado Sarney Filho (PV-MA), o secretário executivo do MMA, Cláudio Langone, o diretor de redação da revista, jornalista Ciro Porto, e o diretor da EPTV de Campinas, Antônio Carlos Coutinho Nogueira.
Ciro Porto, conhecido no Brasil inteiro por suas participações no Globo Repórter, fez um discurso de jornalista: curto e objetivo. Disse que não são as regras e leis que fazem do homem um conservacionista, mas essa é uma tarefa feita pela educação. “Para se ter a consciência de conservação é preciso conhecer a natureza: quem conhece admira, quem admira ama, quem ama respeita e quem respeita conserva”, garantiu Ciro Porto que também é diretor da APVS – Associação de Proteção da Vida Selvagem.
“Não somos alheios à natureza – explicou o jornalista-ambientalista – não somos inimigos dos bichos e das matas, somos sim responsáveis por compartilhar a vida não só entre nós humanos, mas também entre todas as criaturas”.
A nova revista será pautada pela natureza, pois segundo a editora-executiva Liana John, que deixou o jornal O Estado de S. Paulo para participar do projeto, as inúmeras atividades humanas têm que colocar a questão ambiental no centro. “Sem levar em conta o meio ambiente, qualquer negócio é mau negócio”, diz Liana John. E para concluir, Ciro Porto deixou sua marca de Globo Repórter: “A Terra da Gente vai sempre nos lembrar não apenas que a Terra é da gente, mas que a gente também é da Terra. E para esta Terra continuar abundante, depende só da gente”.


PREMIO  IMPRENSA


Jornalismo de
qualidade de vida


Os temas serão estes: meio ambiente, saneamento básico, habitação, saúde preventiva, educação de 1o grau e inclusão bancária. Os patrocinadores: Caixa Econômica Federal e Revista Imprensa. Cinco categorias: mídia impressa, rádio, tevê, foto-jornalismo e web. Os prêmios: R$ 10 mil para a melhor matéria em cada categoria e um prêmio especial para a melhor das melhores no valor de R$ 20 mil.
Prazo final para inscrição: 10 de julho de 2004.
Mais detalhes: www.portalimprensa.com.br


Foto: Sinval de Itacarambi Leão, diretor da Revista Imprensa, e o vice-presidente da Caixa, Aser Cortines


 



Primeiros tubulões no emissário da Barra da Tijuca


Tetê Duche


 


Já estão assentadas sob o píer da praia da Barra da Tijuca os dois  primeiros tubulões do emissário submarino com 518 metros de extensão cada um. A obra chega com um ano de atraso e rendeu muita briga entre Estado e  município com direito  a dezenas de
manifestações de populares. “Um alívio” –  afirmou o
vice -presidente da Câmara Comunitária da Barra, David Zee, sobre a retomada das obras.Vinte anos de atraso acumularam o passivo
ambiental que vemos em muitos trechos como o da Baixada de Jacarepaguá,
por exemplo.
O emissário submarino “é apenas parte do saneamento básico”, contesta Zee. A Estação de Tratamento de Esgoto -ETA – está somente  40% pronta e a Rede Coletora apenas 10%. Estou
preocupado com os prazos
já que essas obras fazem
parte do pacote do
Pan-Americano de 2007″.  
No ano passado, uma Comissão Pró-Emissário foi montada na Assembléia Legislativa e o Ministério Público chegou até abrir inquérito. A Companhia Estadual de Água e
Esgoto-Cedae espera que o emissário possa lançar, em uma primeira etapa, até 5,1 mil litros de esgoto tratado por segundo em alto mar.
A estação vai cuidar dos
resíduos do Itanhangá, Joatinga, Centro da Barra, Jardim Oceânico, Marapendi, Novo Leblon, entre
outros trechos. A Cedae  já gastou  R$ 78 milhões no programa de saneamento dos bairros e as obras terminarão  em dezembro de 2004.


 


Orquídeas do Planalto  Central Brasileiro


Uma dica: quem quiser conhecer o mundo fascinante das orquídeas do Planalto Central do Brasil tem duas maneiras de fazê-lo: primeiro, como aventura, embrenhando-se pelos cerrados,  parques e reservas da região; segundo, de maneira mais fácil, lendo o livro que acaba de ser lançado pela engenheira florestal, ecóloga e botânica do Ibama, Lou Menezes: Orquídeas do Planalto Central Brasileiro. Há ainda uma teceira maneira bem mais interessante: pegar o livro e sair com ele debaixo do braço pelo Cerrado,  vendo, comparando e estudando a variedade de orquídeas do Centro-Oeste.
Lou Menezes é autora das fotos e do texto sempre bem didático, com dados científicos e todos traduzidos para o inglês. Apesar das 304 páginas, Lou diz que seu trabalho ainda merece ser complementado, por isso prepara novas edições.
A grande contribuição da autora ao estudo da flora de orquídeas do Planalto Central brasileiro está na apresentação correta da diversidade orquidácea da região e na forma fácil e prática do livro como guia de identificação de grande parte dessa rica família.
Oscar V. Sachs Jr., editor de revistas de orquídeas, diz muito bem no depoimento que abre a edição: “No confronto entre o progresso e a natureza, muitas orquídeas vão desaparecer. No caso do Cerrado, certamente a pata do boi e o pé de soja ainda vão ocupar muito chão, poucas vezes sem devastar a natureza. Mas a preservação necessária dos ecossistemas regionais não é tarefa exclusiva do Ibama, é responsabilidade de todos nós, é assunto de cidadania”.
Já o senador Pedro Simon, autor do prefácio, faz referência à construção de Brasília, à ocupação do Cerrado, a importância desempenhada pela Embrapa, pelo Ibama e elogia o trabalho de Lou Menezes: “Somente com a multiplicação de trabalhos como esses é que será possível preservar a rica biodiversidade da região, ameaçada hoje pelo avanço formidável da agricultura e da pecuária”.
Orchids/Orquídeas – Planalto Central Brasileiro
Autoria: Lou Menezes < [email protected]>
Impressão: Charbel Gráfica Editora
Fone(61)343-2100