Boca no Trombone!

24 de maio de 2004

Às vezes, não dá para segurar. Só mesmo o desabafo para protestar e exigir respeito ao meio ambiente. Este é um espaço reservado aos leitores inconformados.

Cabo Branco
“Quero fazer um apelo aos homens de boa- vontade e à autoridades fiscalizadoras de plantão: aos poucos estão aterrando a Ponta do Cabo Branco. A prefeitura de João Pessoa pretende fazer uma obra na barreira do Cabo Branco, na tentativa de conter a erosão. Para isso quer construir quatro quebra-mares com cerca de 150m cada um e aterrar uma faixa de mais de 2km. O projeto foi feito por pesquisadores do Ceará que pouco conhecem a realidade local. Para construir essa obra serão necessários 190 mil caminhões de areia que será depositada sobre arrecifes rochosos, estes sim protetores naturais da costa. A área é um criatório natural para muitas espécies de algas, crustáceos, moluscos, estrelas-do-mar, cavalos-marinhos, corais e até peixe-boi. Além do perigo que a obra vai ocasionar a vida marinha, haverá um forte impacto ambiental em outras praias, principalmente na Ponta do Seixas, Tambaú e Manaíra. O aterramento da praia será irreversível e as conseqüências serão desastrosas. Nós moradores do Cabo Branco estamos indignados e nem fomos informados sobre este trágico projeto”.
Jacqueline Ramondot – (83) 216-7082
Cabo Branco – PB


Transversalidade
“Gostaria de mandar um recado para todos os funcionários de outros ministérios da República brasileira: meio ambiente é estratégia de governo, é ação coletiva e deve ser estudado, planejado e executado por todo funcionário público, seja ele da Polícia Federal, da Funai, do Ministério da Fazenda, da Infraero, do Ibama, do Ministério da Cultura, da Educação e até do CNPq. Eu acho que não devia existir Ministério do Meio Ambiente e sim uma Secretaria Nacional do Meio Ambiente em cada um dos ministérios. Não há como o Ministério dos Transportes agir sem levar em conta a questão ambiental…”
Cássio L. Furquim – Rio de Janeiro – RJ


Educação
“Viver num país de primeiro mundo é viver entre pessoas limpas, educadas e solidárias. Não precisa ser pessoas ricas, famosas, influentes ou poderosas. Basta ser civilizadas e cordiais. As pessoas podem ser pobres, mas não precisam ser sujas e nem violentas”.
Margarete Medeiros
São José do Rio Preto – SP