Poluentes Orgânicos Persistentes

Entrou em vigor a Convenção de Estocolmo

25 de maio de 2004

Brasil ratificou o tratado internacional que quer banir os “doze sujos” e proibir a criação de novos POPs – Poluentes Orgânicos Persistentes

A Convenção sobre Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs), também conhecida como Convenção de Estocolmo ou Tratado dos POPs, foi assinada em 23 de maio de 2001, por mais de 100 países, incluindo o Brasil.
A lista inicial de 12 substâncias tóxicas do documento inclui pesticidas e substâncias químicas industriais, como o DDT, aldrin, dieldrin, clordane, endrin, heptacloro, hexachlorobenzeno, mirex, toxafeno, PCBs (bifenilas policloradas), e as dioxinas e os furanos. A Convenção de Estocolmo também visa a proibir que novos POPs sejam criados.
A cada dia, mais substâncias químicas tóxicas são introduzidas no meio ambiente e no nosso organismo por isso é necessário agir, urgentemente, para mudar essa situação. "É necessário a substituição das substâncias tóxicas por alternativas sustentáveis", disse John Butcher.
No Brasil, a convenção foi ratificada e agora o documento deve ser levado para a secretaria geral do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), em Nova York.
John Butcher, do Greenpeace alerta que no caso do Brasil, existe uma substância que permanece na lista de exceções – o heptacloro. A lista de exceções é uma solicitação feita pelo país signatário da convenção para que a referida substância não faça parte, por um período, das discussões ou dos planos de ação de banimento do país em questão. Segundo John Butcher "não podemos aceitar que esta solicitação permaneça e é necessário que tal exceção seja retirada do documento o quanto antes".
O acordo é fundamental para que as indústrias parem de utilizar o meio ambiente e a saúde das pessoas como campo de provas para substâncias perigosas, das quais muitas são, inclusive, cancerígenas. "Nosso meio ambiente e nossa saúde dependem da efetiva implementação deste acordo internacional", concluiu John Burcher.
Mais informações:  www.pops.int