Semana do Meio Ambiente

Câmara Federal celebra meio ambiente

21 de junho de 2004

Parlamentares fazem Sessão solene para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente

O primeiro a falar foi o deputado Paulo Baltazar que depois de lembrar o Dia Mundial do Meio Ambiente e os 15 anos do Ibama, reforçou a questão do saneamento. “Mais um ano se passou e os projetos de políticas nacionais de resíduos sólidos e de saneamento ambiental em tramitação nesta Casa continuam parados”. Baltazar pediu que o parlamentares acordassem para o problema. Destacou ainda a importância de se defender o meio ambiente contra os interesses imediatistas, pessoais e corporativos.


Geni nacional
O deputado João Alfredo (PT-CE) foi categórico ao dizer que as coisas não são fáceis para o Ibama “a Geni nacional”. “Ontem mesmo, em uma audiência pública, Marcus Barros dizia que se não há licenciamento, se não há desenvolvimento, se os projetos estão errados, jogam pedra na Geni, jogam pedra no Ibama, jogam pedra no meio ambiente; que seria o grande entrave ao processo de, entre aspas, desenvolvimento no nosso País”.
Hamilton Casara (PSB-RO), usando de prerrogativa de ex-presidente do Ibama, iniciou  seu pronunciamento citando o nome de todos os ex-presidentes do órgão e também fazendo questão de dizer o nome dos principais servidores do Ibama presentes no Plenário da Câmara. Casara destacou a ampliação do número de Unidades de Conservação e também a descentralização administrativa empreendida pelo Ibama, com o fortalecimento dos escritórios executivos regionais. Deu destaque também às parcerias que o Ibama vem fazendo, bem como ao esforço no combate ao tráfico de animais silvestres.
O deputado Mendes Thame (PSDB-SP) historiou o desenvolvimento industrial da humanidade, salientando que os saltos de qualidade de vida estão ligados aos conhecimentos tecnológicos desenvolvidos pelo homem. Falou das tecnologias da primeira e da segunda revolução industrial que levaram em conta a produção, mas usaram e abusaram dos recursos naturais. “Esses recursos eram abundantes e, na concepção da época, eram infinitos”, lembrou Mendes Thame. Explicou que hoje o mundo vive a terceira revolução que é a revolução do chip e do DNA. Para Mendes Thame hoje há uma preocupação ambiental concreta na legislação, na fiscalização, nos orçamentos públicos e na gestão compartilhada. Destacou a gestão compartilhada entre governos, ONGs e a sociedade – como por exemplo os comitês de bacia hidrográfica.
Energia renovável
Outro discurso consistente foi do deputado Fernando Gabeira, um ambientalista histórico, que faz do meio ambiente seu principal partido (Gabeira deixou o PT e continua sem partido).
Para Fernando Gabeira não há nenhuma garantia de que a humanidade não esteja caminhando para sua destruição. Saindo do lugar comum, disse o deputado carioca, “hoje é dia de elencar problemas e vitórias. Esse ano temos que focar na questão mais importante de todas: as mudanças climáticas. A hora é de caminhar para as energias renováveis”.
Explicou Gabeira que o Brasil tem oportunidade de oferecer ao mundo alternativas ao petróleo. “O Brasil que já move pessoas com proteínas, pode também mover máquinas com biomassas”, salientou. Lembrou que o Brasil tem que aproveitar as oportunidades de entrar no mercado de seqüestro de carbono e das energias alternativas. Antes de terminar seu pronunciamento, deu sua alfinetada no governo federal: “Um governo que gastou menos do que a lei determina em saúde e educação. Imagina só o que gastou com o meio ambiente?” E encerrou com uma metáfora: “Quando os ventos das mudanças sopram, há pessoas que constroem muros e outros que constroem moinhos de vento” e deixou no ar a escolha que cada um deve fazer.
Falaram ainda os deputados Oliveira Filho (PL-PR) Mauro Benevides (PMDB-CE), José Carlos Aleluaia (PFL-BA) Marcelo Ortiz (PV-SP) Leonardo Monteiro (PT-MG) Maria Helena (PPS-RR) Zulaiê Cobra (PSDB-SP) Alceu Colares (PDT-RS) Fernando de Fabinho (PFL-BA) Elimar Máximo Damasceno (Prona-SP)  e Ronaldo Vasconcelos (PTB-MG).
Ao encerrar a Sessão solene, Sarney Filho agradeceu a todos os parlamentares e ambientalistas presentes e depois de citar o episódio da rejeição do carregamento de soja para a China, disse que “quando nós falamos em segurança ambiental, em estruturas que precisam ser respeitadas, estamos falando de um ganho econômico e financeiro consistente”.
Lembrou que o Ibama e o MMA têm servido como um farol a iluminar esse novo amanhã, que não pode ser a continuidade de hoje. Temos que pensar num modelo diferenciado para o Brasil”.


“O Brasil que já move pessoas com proteínas,
pode também mover máquinas com biomassas”
Fernando Gabeira


Distrito Federal
Brasília fez mutirão de limpeza do lago, exposições e encontros


Várias exposições, um seminário sobre Ecoturismo e Cerrado, palestras em escolas e um mutirão de defesa do Lago Paranoá marcaram o Dia Mundial do Meio Ambiente no Distrito Federal. Durante a semana, outros eventos aconteceram no Plano Piloto e nas cidades satélites. No campus da UnB, pesquisadores, alunos e professores participaram de um seminário Ecoturismo: Um olhar para o Cerrado. Outro grupo da universidade partiu para a Área de Proteção Ambiental Gama e Cabeça de Veado para identificar trilhas ecológicas, espécies nativas e áreas degradadas.
Para o Lago Paranoá houve um programa especial: um mutirão de mergulhadores, estudantes e professores, todos voluntários, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, promoveu várias atividades de defesa do Lago. Além da limpeza e recolhimento de muito lixo (fotos ao lado) uma expedição partiu do Pontão Sul para, durante mais de duas horas, fazer a análise da qualidade da água em diversos pontos.
O projeto de defesa do Lago Paranoá é bem amplo e é nossa menina dos olhos, explica o presidente da Caesb, Fernando Leite. “Tão importante quanto participar do mutirão de  limpeza, é participar de um mutirão de educação e  conscientização. Não só no Dia Mundial do Meio Ambiente, mas todos os dias.
Esse dia é apenas para a gente externar nossas preocupações com as causas ambientais, fazer uma reflexão da importância de proteger a água, o solo e o ar. Protegendo a natureza, estamos protegendo a nossa própria qualidade de vida e preservando o ambiente para as futuras gerações”, salientou Fernando Leite.  “Temos que exercer nossos deveres de cidadania todos os dias, todas as horas para não poluir, não jogar lixo na rua, até ponta de cigarro jogada na rua acaba no bueiro e o final é certo: lagos e rios”, concluiu o presidente da Caesb.


Santa Catarina
Criado Parque Nacional da Serra de Itajaí


Dentro das comemorações da semana do Meio Ambiente foi criado o Parque Nacional da Serra do Itajaí, com 50 mil hectares e abrangendo nove municípios de Santa Catarina. O parque possui a terceira maior reserva de Mata Atlântica, o  bioma mais ameaçado do país, com menos de 8% da área original.
A nova unidade de conservação abriga centenas de espécies de animais e de plantas, algumas endêmicas e também ameaçadas de extinção, como a canela-preta, canela- sassafrás, xaxim, gavião-pombo, pichochó e papagaio-de-peito-roxo. Além disso, as matas garantem água para mais de 500 mil pessoas nas cidades em seu entorno. O Parque da Serra do Itajaí é o segundo parque nacional exclusivo de Santa Catarina, além do Parque Nacional de São Joaquim, criado em 1961.
A criação de uma unidade de conservação na Serra de Itajaí era discutida há pelo menos 25 anos. A proposta foi aprimorada pelo Conselho Estadual da Reserva da Biosfera e apresentada ao MMA em 2000. Em agosto de 2001, Ministério, Ibama e Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica iniciaram estudos detalhados sobre a região do Parque. O  trabalho foi concluído em dezembro de 2002.
O Parque Nacional da Serra do Itajaí  tem grande potencial para atrair atividades como o turismo ecológico, gerando empregos e revelando novas vocações para a região. A faixa de entorno prevista é composta por áreas agrícolas e pastoris, onde predominam pequenas propriedades e áreas urbanas, que desenvolvem atividades conciliáveis com a existência do parque.


Amazonas
Governo cria Unidade de
Conservação no Uatumã


Objetivo é proporcionar geração de emprego e renda,
dentro do Programa Zona Franca Verde


O governador Eduardo Braga criou a oitava unidade de conservação do estado. Na Universidade Estadual do Amazonas, em solenidade organizada pela Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentado, o governador e o Secretário Virgílio Viana assinaram o decreto de criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, como parte das comemorações da Semana do Meio Ambiente. Segundo Eduardo Braga, este ato representa a vitória das comunidades do município de São Sebastião do Uatumã (247km de Manaus) que, por meio de uma audiência pública, manifestaram o desejo de ter uma reserva às margens do rio Uatumã. Desde o ano de 1999 os moradores do entorno do rio Uatumã buscam a demarcação dessas terras pelo Ibama.
Com a criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, que possui cerca de 402 mil hectares, o Departamento de Programas Especiais da SDS, responsável pela formulação e implantação de áreas protegidas no estado, poderá realizar estudos que identificarão as vocações de trabalho dessas comunidades, aprimorar a forma de trabalho com um plano de manejo e a partir da consulta às comunidades detectar o interesse da população em trabalhar suas terras. Para o secretário Virgílio Viana, o objetivo da criação desta reserva é proporcionar geração de emprego e renda, dentro do Programa Zona Franca Verde.
Uatumã foi a oitava Unidade de Conservação criada pela gestão do governador Eduardo Braga. Em 2003, o Amazonas aumentou em 50% o volume em hectares de Unidades de Conservação. Ao todo já foram criadas mais de 4,2 milhões de hectares (ver quadro) em novas unidades de conservação, sendo uma delas, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Cujubim, com 2,4 milhões de hectares, a maior do mundo.


Tocantins
Várias atividades marcaram a Semana do Meio Ambiente em Palmas e Cantão


Durante a Semana do Meio Ambiente, em Palmas, foi apresentado, no auditório do CEM – Centro de Ensino Médio, um painel de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, mostrando toda política Estadual de Resíduos Sólidos, que tem por objetivo definir as diretrizes para orientação dos resíduos sólidos no Tocantins. O trabalho foi elaborado pela Seplan – Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, em parceria com as instituições que compõem o Fórum Estadual Lixo e Cidadania, e está em tramitação no Coema – Conselho Estadual de Meio Ambiente.
Nesta oportunidade foi elaborado um manifesto pelos Catadores de Lixo de Palmas em comemoração ao ato público nacional, realizado em alusão ao Dia Nacional da Mobilização dos Catadores, dia 7 de junho.
Cantão
 Em Caseara, no Centro de Recepção, aconteceu a I Semana do Meio Ambiente do Cantão. O evento teve como objetivo divulgar o Pólo Ecoturístico do Cantão, envolver a comunidade do entorno do Parque e sensibilizar os participantes para a importância da preservação ambiental e melhoria da qualidade de vida da comunidade local. Além da comunidade local, o programa buscou atingir diretamente os alunos da rede pública de ensino de Caseara e Pium. Foram realizadas exposições, palestras e apresentações de trabalhos das escolas abordando sempre temas ambientais, oficinas de reciclagem de papel e trilhas monitoradas.


Bahia
Sob o olhar da mídia


Exposições e debates sobre imprensa marcam comemorações baianas


“O Homem e o Meio Ambiente” é nome da exposição fotográfica e de textos que a jornalista Liliana Peixinho realiza em diversos espaços da cidade de Salvador. No início da Semana do Meio Ambiente, o trabalho da jornalista integrou ações do CEPE – Clube dos Empregados da Petrobras, em Stella Mares, onde houve também oficinas e exposições de trabalhos de pintura em material reciclado do artista plástico Dom Joshé Garcez. Com uma proposta transversal, interdisciplinar, Liliane Peixinho fez palestra sobre o “Papel da Mídia na Construção da Cidadania Ambiental”. Esse trabalho integra o seu projeto de pós-graduação cujo foco reforça o paradigma “Mídia, Meio Ambiente e Turismo Sustentáveis”. Reforça este trabalho a campanha “Desperdício Zero”, em parceria com a Cantina da Lua e outras instituições, com informações importantes sobre o desperdício de alimentos e água.
Durante o mês de junho, a Exposição “O Homem e o Meio Ambiente” ainda integrou os trabalhos da ONG Jogue Limpo, no evento “Semana Ambiental” que foi realizado no Hotel Sofitel, em Itapuã. Como jornalista especializada na área ambiental e coordenadora do movimento AMA – Amigos do Meio Ambiente e da RAMA – Rede de Articulação e Mobilização em Comunicação Ambiental, Liliana Peixinho participou também de um painel transversal com profissionais de diversas áreas com a palestra “O Olhar da Mídia”, ao lado de psicólogos, engenheiros, biólogos, artistas e agentes ambientais. Participaram ainda das comemorações na Bahia o ministro interino da Cultura, Juca Ferreira; o secretário de Meio Ambiente da Bahia, Jorge Khoury; Fátima Espinheira, do Fórum Lixo e Cidadania; o cientista social Gey Espinheira; o historiador Cid Teixeira e muitos ambientalistas. O evento foi coordenado pela equipe formada por Thiago Siqueira, André Papi e Juliana Gallucio, da ONG  Jogue Limpo.


Minas Gerais
Licenciamento ambiental pela Internet


Minas Gerais quer reduzir prazo de licenciamento para três meses


O Governo de Minas Gerais abriu a Semana do Meio Ambiente divulgando como vai funcionar o Sistema Integrado de Informações Ambientais (SIAM), um novo modelo adotado pelo Estado que integrará e descentralizará os sistemas de autorização e fiscalização ambiental através de ferramentas de tecnologia moderna. Com o sistema, garante José Carlos Carvalho, Secretário de Meio Ambiente, Minas terá o mais moderno aparato tecnológico de monitoramento ambiental do Brasil.  Segundo o coordenador do SIAM e diretor de Monitoramento e Controle do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Rubens Vargas Filho, o novo modelo vai diminuir o prazo de liberação dos projetos que, antes, levavam até cinco anos. “Agora, o tempo médio é de seis meses e nossa intenção é que ele seja reduzido para três meses”, observa.
Vargas informa que o primeiro passo para a solicitação de autorização de qualquer empreendimento que afete de alguma forma o meio ambiente em Minas é o preenchimento do Formulário de Caracterização de Empreendimento Integrado (FCEI). A partir dele é concedida, ou não, a Autorização para Exploração Florestal (APEF). Hoje, o FCEI ainda tem de ser entregue e protocolado no Conselho de Política Ambiental, na sede do IEF. Com a disponibilização do SIAM, esse processo poderá ser feito integralmente pela internet. O Sistema facilitará o acompanhamento dos processos autorizativos para os empreendedores e para a sociedade em geral. “A disponibilização dos dados na internet permitirá que qualquer pessoa possa acompanhar o andamento de um processo”, explica.


Facilidades
Com o SIAM, os técnicos do IEF terão acesso a uma lista de trabalho que incluirá todos os detalhes sobre os processos que estão sendo analisados. “O sistema oferecerá ao técnico uma série de informações sobre o local onde está localizado o empreendimento bem como do seu entorno. Em breve, o SIAM indicará, pelas coordenadas geográficas indicadas pelo produtor, se um terreno está, por exemplo, localizado em área de preservação ambiental e se é possível, ou não, qualquer intervenção naquele local”, explica Vargas.
“Com o sistema, Minas Gerais terá o mais moderno aparato tecnológico de monitoramento ambiental do Brasil e um dos mais importantes da América Latina”, observa o diretor geral do IEF, Humberto Candeias Cavalcanti. “Além da agilidade na análise dos processos, teremos informações básicas confiáveis e permanentes sobre o espaço geográfico do estado e uma ferramenta de apoio a decisões técnicas com o uso intensivo de geoprocessamento e monitoramento das atividades por diversos atores, inclusive prefeituras e outros estados brasileiros”.  Uma Base de Dados Georeferenciada já está disponível no site da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável www.semad.mg.gov.br. Nela são encontradas informações sobre processos em andamento no estado e uma série de dados sobre as características físicas de todas as regiões de Minas.


Belo Horizonte
Marina visita Parque
Ecológico da Pampulha


No dia 08 de junho, o Parque Ecológico da Pampulha recebeu a visita da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, quando foram assinados convênios entre a Prefeitura de BH e o Ministério do Meio Ambiente. Na oportunidade foram apresentados projetos da Bacia do São Francisco, como o Museu Virtual. Dentro da programação, a Ministra Marina Silva repassou recursos de R$541.108,14 para o Aquário de Peixes da Bacia do São Francisco. Um projeto pioneiro no Brasil, o Aquário será um atrativo para a realização de pesquisas, criação e manutenção de peixes em cativeiro ealém de proporcionar mais uma opção de lazer em Belo Horizonte. O empreendimento terá aproximadamente 2.300m2 e, em dois pavimentos, abrigará 24 tanques de volumes variados com uma ambientação que reproduzirá a vegetação das margens do São Francisco. Contará, ainda com auditório para 150 pessoas, biblioteca, espaços de exposição lúdicos, jardins, laboratório, lagoa de jacarés, lanchonete e lojinha. Os visitantes terão a oportunidade de conhecer novas espécies de peixes e obter informações sobre o “Velho Chico”.


No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, foi ao Morro do  Corcovado, no Rio de Janeiro, para anunciar a ampliação da Floresta da Tijuca, a  maior mata em área urbana no mundo. O aumento foi de 753 hectares, a mata passou de 3,2 mil ha para 3,95mil ha, tamanho equivalente a quatro mil campos de futebol. Com a ampliação, a Floresta, que já abriga diversos símbolos turísticos da cidade e do País, como o Cristo Redentor e a Vista Chinesa, ganhou também o Parque Lage e o conjunto conhecido como Pretos Forros/Covanca.  Na foto, dentro do bondinho do Corcovado, a ministra Marina e o Secretário do Meio Ambiente da cidade do Rio, Alfredo Sirkis.


Paraná
Roberto Requião e Cheida lançam política de proteção à fauna


Livro Vermelho da Fauna Paranaense faz um diagnóstico das 344 espécies ameaçadas de extinção


O Paraná acaba de instituir a Política Estadual de Proteção à Fauna Silvestre. O governador Roberto Requião e o secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, assinaram decreto estabelecendo o primeiro Sistema de Proteção à Fauna em nível estadual. Segundo o Secretário Luiz Cheida, o Paraná ocupa atualmente a segunda colocação em número de animais traficados no país.
Durante o evento no Palácio do Iguaçu, em Curitiba, foi feito o lançamento da edição revisada do Livro Vermelho da Fauna Paranaense. O projeto “Estudo da situação das espécies da fauna e sua conservação no estado do Paraná”, é formado por um diagnóstico sobre 344 espécies ameaçadas de extinção. Nesta nova versão foi incluída a análise do status das espécies de todos os grupos de vertebrados, como peixes e anfíbios, que não estavam presentes na versão anterior, que era de 1995. 
Foi assinado, ainda, uma resolução estabelecendo o grupo de trabalho para a instituição do Conselho Estadual de Conservação da Fauna Silvestre. O Conselho, formado por representantes do governo e da sociedade civil, vai orientar as ações para a preservação da fauna paranaense.


São Paulo
Gincanas no Parque da Mônica


O Parque da Mônica , em São Paulo, comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente de uma forma bem especial: com gincanas para a criançada. As brincadeiras eram relacionadas às questões ambientais, com  sorteios e mensagens de conscientização. O WWF, a Sabesp e a Editora Globo participaram da ação oferecendo brindes e material para as brincadeiras.
Lançado há quatro anos, o Projeto “Preservando a Natureza” reflete essa preocupação constante do Parque da Mônica. Além de atividades especiais realizadas no Parque, nas escolas e secretarias de educação, a Turma da Mônica apresentou o show “Água… que Falta Faz!” no Teatro do Parque. Na peça, os personagens mostram atitudes que fazem a diferença no consumo deste bem tão precioso.
A coleta seletiva de lixo e o amor aos animais também já foram temas de shows apresentados pela Turma da Mônica nos últimos anos. Um animador, com um figurino especial, ficou interagindo com as crianças e com os adultos.


Com o Greenpeace
CARVÃO MINERAL, POLUIÇÃO GLOBAL


Integrantes do Greenpeace foram às ruas de Florianópolis para alertar para os problemas que a instalação de novas termelétricas a carvão podem trazer ao meio ambiente e à saúde das pessoas. Cerca de 20 ativistas representaram as vítimas do carvão no centro da capital de Santa Catarina, estado que abriga a maior termelétrica a carvão do País.


VENENO DOMÉSTICO


Em Brasília, o Greenpeace divulgou pesquisa mostrando que a poeira coletada em casas de quatro importantes cidades brasileiras, em gabinetes de deputados e senadores e no prédio do Ministério do Meio Ambiente contêm quantidades significativas de substâncias químicas perigosas. O relatório “Substâncias Químicas Tóxicas na Poeira de Lares e de Ambientes de Trabalho no Brasil”, da Campanha Veneno Doméstico, revela que os locais pesquisados estão contaminados por substâncias químicas que são usadas na fabricação de utensílios domésticos utilizados no dia-a-dia pelos consumidores, como tecidos, televisores, cosméticos e brinquedos.
Substâncias químicas perigosas não poderiam estar em nenhum produto. “A incorporação dos princípios da substituição e da precaução por leis, decretos e normas é fundamental para que as indústrias parem de utilizar o meio ambiente e a nossa saúde como campo de provas para substâncias perigosas”, disse o coordenador da campanha Veneno Doméstico, John Butcher.


Focando o meio ambiente pelo mundo


Concurso internacional de fotografia
ONU lança concurso para fotógrafos profissionais e amadores


 


Foto: Mares e oceanos: morto ou vivo?


Como parte das comemorações anuais do Dia Mundial do Meio Ambiente,  o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (UNEP) lançou seu quarto Concurso Fotográfico Internacional sobre o Meio Ambiente.  O Concurso 2004-2005 da UNEP acontecerá até 24 de outubro de 2004 e está aberto a todas as nacionalidades e idades. Apóiam o concurso, além da Canon Inc, a Japan Airlines, TIME Magazine, National Geographic Society e Earth Report/Television Trust for the Environment.
 Um prêmio de US$20.000 será concedido ao ganhador da categoria geral, que está aberta a candidatos com idade igual ou superior a 25 anos. Também há categorias separadas e prêmios em dinheiro para “Jovens” e “Crianças”.
Para o diretor-executivo da UNEP, Klaus Toepfer, os três últimos concursos obtiveram grande sucesso, gerando enorme interesse da comunidade fotográfica e significativa conscientização pública sobre questões ambientais em nível global.
Fujio Mitarai, presidente e CEO da Canon Inc., afirmou que a filosofia da empresa é o kyosei, que significa viver e trabalhar juntos para o bem comum. “De acordo com essa filosofia, acreditamos que uma coexistência harmoniosa com a natureza e o meio ambiente é essencial para que a sociedade alcance o desenvolvimento sustentável”.
 
Fonte de inspiração
Para devolver a saúde ao planeta Terra, às pessoas, aos animais e aos ecossistemas, são necessárias ciências, avaliações e políticas aprofundadas, sugere Toepfer. “Mas também é necessária uma expansão do espírito humano, com sua capacidade de compaixão, justiça e respeito. As imagens, desde os tempos primitivos, têm sido fontes de inspiração e de contemplação capazes de revelar a alegria e a tragédia do nosso lugar no mundo”, acrescenta.
“Espero que as fotos enviadas ao quarto concurso, como as dos concursos anteriores, possam ajudar a catalisar as mudanças políticas e sociais necessárias para alcançar nossos objetivos e nossas metas sobre questões que vão desde água e saneamento até a vida selvagem, o lixo e a redução da pobreza. Espero que elas também deleitem e iluminem e, ao mesmo tempo, revelem ao mundo nomes e uma nova geração de fotógrafos talentosos”, disse.
Jurados – A banca de jurados, liderada por Takeyoshi Tanuma, do Japão, contará com Sebastião Salgado, do Brasil, Raghu Rai, da Índia, Susan Meiselas, dos Estados Unidos, e Enny Nuraheni, da Indonésia, todos fotógrafos de renome mundial.
Cidades do concurso
África: Dacar, Nairóbi, Pretória
América: Buenos Aires, Cidade do México, Nova Iorque, Rio de Janeiro
Ásia: Bancoc, Beirute, Moscou, Nova Délhi, Pequim, Seul, Tóquio
Europa: Barcelona, Genebra, Londres, Paris, Sófia
Oceania: Sydney
 Mais informações:
1 – O novo concurso não fará distinção entre diferentes tecnologias, julgando lado a lado trabalhos analógicos e digitais.
2 – Divisão de Comunicação e Informações Públicas da UNEP: www.unep.org/wed/2004
[email protected]  [email protected]
3 – No Brasil: Andreoli/ Manning, Selvage & Lee Melissa Vieira  (11) 5088-3082/ 3400


Semana do Meio Ambiente nas empresas


Empresas participam da Semana do Meio Ambiente
Iniciativa privada também vê importância em ter responsabilidade socioambiental


Da redação
Ecologia, meio ambiente e desenvolvimento sustentado passaram a ser preocupação mundial a partir da década de 70, mais precisamente a partir da primeira reunião de cúpula da ONU, realizado em Estocolmo, em 1972. Foi já no século XIX que um biólogo alemão Ernst Haeckel (1834-1919) criou formalmente a disciplina que estuda a relação dos seres vivos com o meio ambiente, ao propor, em 1866, o nome ecologia para esse ramo da biologia. Junção das palavras gregas oikos (casa) e logos (estudo), a disciplina ficou restrita aos meios acadêmicos até bem pouco tempo. Ela só veio ganhar dimensão social após um acidente de grande proporção, que derramou 123 mil toneladas de óleo no mar, na costa da Inglaterra, em 1967, com o petroleiro Torrey Canion. Muita coisa nova surgiu, em decorrência dessa popularização, quando a ecologia começou a priorizar o debate em torno da relação do homem com a natureza.


FIAT planta árvores com alunos e professores


A Fiat Automóveis criou um programa ambiental chamado Você Apita. O programa é uma ação desenvolvida pela empresa que leva às escolas temas como Meio Ambiente, Mobilidade, Questões de Convivência Urbana e Direitos Fundamentais. O programa coloca a seguinte questão aos participantes: de que forma prática alunos e professores podem responder a questões do cotidiano de suas comunidades, levantando ações efetivas que façam alguma diferença?
Mais de 20 mil alunos que participam da ação educativa. Neste ano, dentro das comemorações da semana do meio ambiente, a Fiat Automóveis plantou e distribuiu 1,3 mil mudas de árvores em escolas, praças, parques e avenidas.
“O Você Apita faz parte do nosso compromisso com a educação do jovem, além da promoção da cidadania”, afirma Cledorvino Belini, superintendente da Fiat Automóveis para a América Latina. “A consciência ambiental é um dos pilares do programa, que felizmente está envolvendo tantos jovens país afora.”
Em 11 cidades – Belo Horizonte, Betim, Brasília, Caxias do Sul, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Salvador, Santa Luzia, São Paulo e Sorocaba – foram plantadas mudas frutíferas e nativas, como pau-brasil, ipê roxo e amarelo.
A atividade envolveu jovens de 198 escolas públicas que participam do Você Apita nestes municípios.
Em Maringá e mais três cidades já citadas – Belo Horizonte, Betim e Caxias do Sul -, outros 800 alunos foram às praças e avenidas, nas regiões de suas escolas, distribuírem mudas à comunidade.


MWM discute energia elétrica
A MWM Motores Diesel reúne os colaboradores para falar de meio ambiente


A MWM Motores Diesel, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, promoveu debates e palestras sobre Energia Elétrica (energia solar e energia na cidade de São Paulo e seu reaproveitamento) para mais  1.600 colaboradores. “A economia de eletricidade traz benefícios ao meio ambiente. Pretendemos conscientizar nossos colaboradores sobre isto para que eles adotem algumas medidas de precaução no trabalho e em casa”, explica Rubens Marquezini, gerente de Manufatura e representante da Administração para Gestão Ambiental da MWM.
Para contribuir com a redução no consumo de energia elétrica, a MWM adotou alguns métodos de economia, como a instalação de termostatos nos aquecedores de água na lavagem de peças. “Assim que a água atinge uma certa temperatura, a resistência do aquecedor é desligada até que a água resfrie. Nesta hora, a resistência é novamente ligada e começa todo o processo”, comenta Marquesini.
Além disso, a empresa adquiriu um gerenciador de energia, que consegue verificar quais máquinas ou processos estão consumindo em excesso. Este equipamento permite que seja verificada alguma avaria nas máquinas, que elevaria o consumo de energia. Atualmente a empresa também está investindo em um novo sistema de aquecimento solar de água para os vestiários. Mesmo sem o risco de apagão, a economia de energia se faz necessária.


Associação Brasileira de Embalagens de Aço faz campanha de esclarecimento


Na Semana do Meio Ambiente, a Associação Brasileira de Embalagens de Aço (Abeaço) faz campanha para informar a população através de seu website http://www.saudenalata.com.br que as empresas brasileiras estão redescobrindo as vantagens da embalagem de aço sobre os demais materiais, principalmente para o meio ambiente e a saúde dos consumidores. Na Europa o consumo de embalagens de aço é de 10 quilos/ano, contra 4 quilos/ano no Brasil.
A reciclabilidade das embalagens é fundamental para avaliar o impacto que cada material causa sobre o meio ambiente. As latas fabricadas em aço, além de 100% recicláveis, são as únicas que não poluem ao serem dispensadas na natureza. Entre cinco e dez anos, quando expostas a determinadas condições de temperatura e umidade, voltam à forma de óxido de ferro. Para efeito de comparação, as embalagens PET demoram até 450 anos para se decompor, conforme mostra a tabela abaixo:
Tempo que o ambiente leva
para degradar cada material


Latas de aço 10 anos
Alumínio 200 a 500 anos
Isopor indeterminado
Plásticos até 450 anos
Vidros indeterminado


Philips comemora com responsabilidade social


A Philips promoveu duas ações em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente: a série de exposições Expobiodiversidade, que acontece durante todo o mês de junho em escolas públicas de São Paulo (SP), Mauá (SP), Manaus (AM), Recife (PE) e Varginha (MG), e o lançamento da nova edição dos Folhetos sobre Parques Nacionais do Brasil.
Na Expobiodiversidade, os alunos expõem os trabalhos realizados até nas atividades do projeto Aprendendo com a Natureza. Já os Folhetos sobre os Parques Nacionais do Brasil são produzidos desde 2000, por meio de uma parceria entre a Philips, o Ibama e a Editora Horizonte Geográfico. A nova edição de cada folheto é distribuída gratuitamente aos visitantes dos 13 parques nacionais. Os impressos têm como objetivo auxiliar na educação ambiental dos leitores, trazendo informações atualizadas sobre fauna, flora, geografia, história e dicas para não poluir ou danificar a área de cada parque nacional.
A área de Responsabilidade Social da Philips se baseia em três pilares: Educação, Meio Ambiente e Saúde.


Renault promove atividades ambientais
para funcionmários e população


Da redação
Ao longo da Semana do Meio Ambiente, a Renault promoveu diversas atividades visando conscientizar seus funcionários e a população próxima às suas fábricas com exposições e divulgação de materiais informativos. Além disso, a empresa realizou a tradicional Corrida do Meio Ambiente e a inédita Caminhada do Meio Ambiente, ambas abertas à
participação de atletas profissionais e amadores da região metropolitana de Curitiba. Localizado no município de São José dos Pinhais-PR, o Complexo Ayrton Senna, da Renault, foi concebido sob a orientação de preservar a natureza dentro de seu perímetro, com cerca de 1,5 milhão de metros quadrados de área verde.


Dentre os projetos que têm forte apelo ambiental está o  “Programa de Gestão do Ciclo de Vida do Carro”. Implementado no início do ano, visa ampliar a quantidade de peças recicláveis dos veículos fabricados no Brasil, para evitar a poluição e buscar a conservação dos recursos naturais.
Segundo a Renault, neste novo processo de produção, a utilização de metais pesados, tais como chumbo, cromo 6, mercúrio e cádmio, sera evitado. Já o alumínio nos motores e o plástico nos revestimentos do carro ganharão cada vez mais espaço. O objetivo é de, até 2010, equipar os produtos Renault do Brasil com 95% das peças recicláveis.


Rio de Janeiro
A cidade do Rio de Janeiro está sendo contemplada com um amplo trabalho coordenado pela Renault e lançado pelo Banco Mundial. Trata-se do Projeto “Ar Limpo nas Cidades da América Latina”, que visa apoiar cidades latino-americanas na busca de propostas e ações para a melhoria da qualidade do ar. Iniciado em dezembro de 2002, o trabalho permitirá delinear, por meio de um amplo estudo, o atual cenário de impacto das emissões atmosféricas na poluição do ar no Rio e nos municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Magé, Nilópolis, São João do Meriti, Nova Iguaçu, Queimados, Mesquita, Japeri, Niterói e São Gonçalo. 


Reciclagem
São reaproveitadas e recicladas por ano 30 mil toneladas de resíduos, o equivalente a cerca de 95% dos materiais gerados pelas fábricas. São produtos que variam desde madeira, papelão, plástico até papel toalha e blocos de motor. Com a coleta seletiva, foram recicladas no ano passado 3.010 toneladas de madeira e 2.194 toneladas de papel e papelão.
Em parceria com a Embrapa Florestas, a Renault dará início à recuperação do solo de uma área de 10 mil m2. A preservação da mata nativa da região de São José dos Pinhais foi uma prioridade da indústria. A instalação de suas três fábricas, em locais anteriormente utilizados como pastagem, é um exemplo. Dos 2,5 milhões de m2,  cerca de 60% são reservados à preservação ambiental.


Sindigraf busca melhor gestão ambiental
Sistema Abigraf/Sindigraf reforça o compromisso do segmento gráfico com a ecologia e a produção limpa durante semana do meio ambiente


A informação é do presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (Sindigraf-SP), Sílvio Isola: a entidade vem desenvolvendo ações que visam à preservação do meio ambiente pelo segmento gráfico. Dentre elas, destacam-se a elaboração do Guia Técnico Ambiental da Indústria Gráfica, dirigido a empresários e técnicos, com informações sobre práticas destinadas a tornar a produção mais limpa e sustentável; e a campanha Coleta Seletiva de Lixo, orientada a sensibilizar as empresas do setor para a importância da separação do lixo.
Explica Sílvio Isola que desde a aprovação da lei que reclassificou a indústria gráfica quanto ao potencial poluidor, no final de 2000, o Sindicato discute a questão ambiental, principalmente com relação à gestão dos resíduos.
A idéia de lançar o guia foi para dirimir inúmeras dúvidas, desde as mais simples, como descartar os panos utilizados em limpeza das máquinas, aos complexos controles ambientais de emissão atmosférica, ruídos, vibração, radiação etc, seguindo os conceitos do desenvolvimento sustentado, ou seja, produção mais limpa, redução na fonte, reutilização e reciclagem.
O guia foi elaborado pelo Sindigraf-SP, em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente do governo paulista, por intermédio da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental  – Cetesb, e com a Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo.
O trabalho, pioneiro no segmento, contou ainda com o apoio técnico da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica.
Os resultados positivos obtidos pelas empresas que implantaram Sistema de Gestão Ambiental vão muito além da redução dos custos. Fortalecimento da marca, maior aceitação do produto pelo mercado e aumento das oportunidades comerciais são alguns dos benefícios apontados por especialistas do setor. Além de disseminar o processo, a meta do Sindigraf-SP é estimular empresários e colaboradores a levarem a idéia também para suas casas e comunidades.


Honda ajuda na melhoria do IDH dos ribeirinhos
de Manaus


A Moto Honda da Amazônia comemorou a Semana do Meio Ambiente, em Manaus, com ações voltadas à conscientização e à educação ambiental. As atividades fizeram parte do Projeto Green Factory, no qual a empresa investiu US$ 13 milhões nos últimos cinco anos. A abertura das comemorações ocorreu, com visita à Reserva Adolpho Ducke, em Manaus. O evento, coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisa Amazônica (INPA), contou com o apoio da Honda e da Prefeitura Municipal. Os participantes tiveram a oportunidade de percorrer trilhas pela reserva e participar de oficinas de educação ambiental, assistir a apresentações teatrais e show de música. Nas margens do rio que corta o Pólo Industrial de Manaus, equipes formadas por moradores e funcionários de várias empresas, entre elas a Honda, atuaram  na coleta seletiva do lixo.
 O grupo que conseguiu recolher a maior quantidade de material para reciclagem ganhou duas toneladas de alimentos fornecidos pela Fundação Rede Amazônia, governo e empresas patrocinadoras. O evento teve como objetivos a melhoria no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e a conscientização da população de Manaus residente às margens de igarapés, incentivando a utilização racional dos recursos naturais e o manuseio e o destino do lixo doméstico.


Amda: lista dos sujões de 2004
Associação Mineira de Defesa do Ambiente – Amda divulga a 12a versão da Lista Suja


Da redação
A Lista Suja da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda)  nasceu em 1982 para denunciar os maiores responsáveis pela degradação
ambiental. No início, só de Minas Gerais, a partir de 1999 a Amda decidiu apontar fatos degradadores em todo país. Para a Amda, a Lista mostra à sociedade que a degradação ambiental “não cai do céu”. Ao contrário, tem responsáveis que devem ser denunciados, cobrados e punidos. Até 1999, a Lista denunciava empresas e órgãos públicos. Em 2000 a Amda decidiu mudar esse enfoque: a Lista passou a denunciar “atividades ou fatos” degradadores e, obviamente, apontar os responsáveis pelos mesmos.
Em função disso, sua divulgação em out-doors e cartazes passou a exigir mais espaço e os nomes foram reduzidos para seis, ao invés dos 12
divulgados até 1999. A lista é composta a partir de sugestões da sociedade, de matérias da imprensa e de ações da própria Amda. A definição dos nomes é de responsabilidade do Conselho Consultivo da Amda e o processo acompanhado por uma comissão de auditores independentes.


>> DNIT – Departamento
Nacional de Infra-Estrutura de Transportes
Descaso ambiental ao longo das rodovias federais em MG, representado pelas centenas de áreas de empréstimo e taludes não reabilitados, que são fontes constantes de erosão, poluição de corpos d’água e riscos aos usuários das rodovias. É a sétima vez que o DNIT (ex DNER) integra a Lista Suja da Amda.


 >> INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
Incentivo à devastação da Mata Atlântica, por meio de omissão, tolerância e legitimação de áreas invadidas. A Fazenda Barriguda, em Arinos, é um grave exemplo. Os invasores derrubaram grande parte da vegetação ciliar e da Reserva Legal da propriedade e o INCRA legitimou essa ação. O órgão federal integrou a Lista Suja da Amda nos anos de 1993, 1994, 1996, 1998 e 1999.
 
>> Indústria Frigorífica Norte de Minas Ltda
 Poluição hídrica decorrente do lançamento de efluentes industrial e doméstico, sem tratamento, no Rio Mucuri, em desacordo com a DN 010/86, do Copam/MG. Disposição inadequada de resíduos sólidos industriais, provocando contaminação de solos, águas superficiais e subterrâneas, lançamento na atmosfera de gases procedentes da caldeira, com emissão de material particulado (óxido de enxofre, óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos e monóxido de carbono). 


>> Curtumes
Poluição hídrica e contaminação do solo por emissão de efluentes líquidos, gasosos ou resíduos sólidos, em desacordo com os padrões definidos pelo Copam/MG. Os resíduos e efluentes líquidos apresentam alto índice de DQO (demanda química de oxigênio), o que provoca absorção do oxigênio contido na água, matando toda a forma de vida, além de conter o metal pesado cromo, que se mantém na cadeia alimentar. Quanto aos resíduos sólidos, produzidos em grandes quantidades pelo setor, destacam-se a serragem de rebaixadeira, pó de lixadeira, lodo seco das estações de tratamento de efluentes líquidos, aparas de couro, sal do batimento das peles e carniça originada no descarne.


>> Grupo Séculus/Sorte Imóveis
Destruição da Mata Atlântica e degradação de recursos hídricos por poluição e assoreamento. Como exemplos, os loteamentos em Brumadinho, localidades de Piedade do Paraopeba e Casa Branca, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os empreendimentos Recanto do Lazer, Quintas do Retiro e a intervenção na Fazenda Riacho Fundo são irregulares, pois não têm licença ambiental exigida por lei.
 A divulgação do sexto integrante da Lista Suja 2004 aguarda decisão judicial.


Quer conhecer a Lista Suja dos outros anos? Vá ao nosso site:  www.folhadomeio.com.br ou ao site:  www.amda.org.br


Conheça a Lista Suja 2003


1 – Indústria Cataguases de Papel Ltda. Contratada pela empresa Empreendimentos e Participação Ltda. – Poluição do ar, água e solo;
 
2 – Grupo Itaminas/Replasa Reflorestadora – Poluição do ar, água e solo/destruição de florestas para produção e consumo de carvão vegetal;
 
3 – Sinérgica/Foscalma – Poluição do ar, água e solo/destruição de florestas para consumo de carvão vegetal;
 
4 –  Cia. Fabril Mascarenhas – Poluição do rio Piracicaba.