Coluna do Meio

Olha o tubarão…

22 de julho de 2004

 Os tubarões não dão trégua nem aos sufistas das praias de Recife, nem aos pesquisadores e muito menos aos estatísticos. No salão nobre da Universidade Federal Rural de Pernambuco, cerca de 400 pessoas, incluindo os maiores especialistas em ataque de tubarões no Brasil e no mundo e os membros do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes… Ver artigo

 Os tubarões não dão trégua nem aos sufistas das praias de Recife, nem aos pesquisadores e muito menos aos estatísticos.
 No salão nobre da Universidade Federal Rural de Pernambuco, cerca de 400 pessoas, incluindo os maiores especialistas em ataque de tubarões no Brasil e no mundo e os membros do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), passaram dois dias num Workshop Internacional de Ataques de Tubarões, discutindo a questão que hoje aflige a população da Grande Recife.
 Para o período de 1992 a 2004, o Corpo de Bombeiros disse que foram 49 ataques de tubarão com 14 mortes.
 A UFRPE relatou 44 ataques com 13 mortes.
 O IML apresentou 97 ataques com 63 mortes.
 Após um exaustivo dia de reunião entre os representantes de todas essas entidades, os dados foram finalmente unificados: 44 ataques com 16 mortes.
 Cá prá nós: bandidos continuam atacando e matando bem mais do que os tubarões.


Ações para proteger as florestas


 O governo federal enviará ao Congresso Nacional projeto de lei para definir as ações de preservação e acesso às florestas da União e dos estados.
 O anúncio foi feito pela Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao participar de café da manhã com os deputados integrantes da Frente Parlamentar Mista para o Desenvolvimento Sustentável e Apoio às Agendas 21 Locais, que comemorou recentemente um ano de fundação.
 A ministra afirmou que as florestas vivem uma grave crise, decorrente da exploração predatória, mas é possível reverter esse quadro, através da recuperação das áreas degradadas a partir do plantio de espécies que tenham valor econômico.


Educação ambiental


 Chegou a época da seca e dos incêndios florestais.
 Todos os anos acontecem queimadas por falta de educação, desleixo e até falta de civilidade. Não é que tem gente que joga ponta de cigarro na beiras das estradas, jardins e gramados?
 Se você não está disposto a combater os incêndios, pelo menos os combata (orientando e ensinando) aqueles que provocam os incêndios.
 Já é uma grande ajuda e a natureza agradece.


“As leis ambientais são como as cercas de arame: Quando é muito forte a gente
passa por baixo e quano é fraquinha a gente passa por cima”
   De um madeireiro desafiando o Ibama


Decisão adiada: BR 163


 A sociedade terá mais tempo para discutir o Plano BR-163 Sustentável.
 A rodovia, que liga Cuiabá, no Mato Grosso, a Santarém, no Pará, é alvo de um plano de desenvolvimento sustentável que busca a inclusão social, por meio da geração de emprego e renda, e a conservação dos recursos naturais.
 As audiências públicas para a discussão do EIA-RIMA sobre o asfaltamento da rodovia, que seriam realizadas de 19 a 23 de julho, foram transferidas para agosto: dia 02/08, em Guarantã do Norte (MT), dia 4/08, em Novo Progresso (MT), e  dia 6/08, em Santarém.
 A explicação para o adiamento é o de sempre: dar mais tempo ao debate e aproveitar melhor o resultado das consultas públicas sobre o assunto.
 A Rodovia Cuiabá-Santarém tem 1.765 quilômetros, dos quais cerca de 800 quilômetros estão asfaltados, e atravessa uma das áreas mais importantes da Amazônia em potencial econômico, diversidade social, biológica e riquezas naturais.
 Na região são encontrados os biomas do Cerrado e da Floresta Amazônica e três bacias hidrográficas (Teles Pires/Tapajós, Xingu e Amazonas).