Amazônia: assinado acordo para melhorar a qualidade de vida dos povos amazônicos
23 de fevereiro de 2005Foto: Rosalía Arteaga Serrano: “Para se ter uma idéia da biodiversidade na Amazônia, só um hectare de terra lá tem mais diversidade do que todo o território europeu “Para o mundo, a Amazônia é uma das regiões mais valorizadas e mais ameaçadas, fundamental para a sobrevivência de muitas espécies, inclusive a humana. Mas, além do… Ver artigo
Foto: Rosalía Arteaga Serrano: “Para se ter uma idéia da
biodiversidade na Amazônia, só um hectare de terra lá tem mais diversidade do que todo o território europeu
“Para o mundo, a Amazônia é uma das regiões mais valorizadas e mais ameaçadas, fundamental para a sobrevivência de muitas espécies, inclusive a humana. Mas, além do seu valor ecológico e turístico é, por sua vez, reserva de vírus e bactérias, de potenciais agentes perigosos para o homem, assim como de agentes terapêuticos naturais”, explicou Roses Periago. “Isso determina sua importância essencial para a saúde publica”, acrescentou.
Para a Secretaria-Geral da OTCA, a assinatura do acordo com a OPAS possibilitará o início de um programa conjunto sustentável na área de saúde, com o apoio de outras agências dedicadas ao tema. “Devemos trabalhar na infra-estrutura social da região, com uma visão integral da bacia Amazônica, e não apenas com um olhar unilateral”, acrescentou.
Entre as áreas de cooperação técnica, se incluem: Saúde Ambiental; Doenças Transmissíveis, com ênfase na malária e na rede de vigilância epidemiológica; Desenvolvimento sustentável dos territórios da Amazônia e Melhoria da qualidade de vida e acesso aos serviços de saúde das populações amazônicas.
Os projetos mais imediatos das duas entidades são os de combate à malaria e o controle epidemiológico nas fronteiras dos oitos Estados Membros da OTCA.
Entre os casos de malaria registrados nas Américas, 85,5% ocorrem nos países amazônicos. Apesar de que existam na região programas nacionais de combate à doença, é necessário implementar um programa regional.
Alem disso, as duas organizações pretendem criar uma rede de Vigilância Epidemiológica para a região, considerando que as doenças não respeitam fronteiras nem políticas e nem geográficas.
“Para ter uma idéia do potencial dessa região, cabe destacar que um só hectare do Amazonas possuiu mais diversidade que todo o território europeu”, assinalou Rosalía Arteaga.