Gestão ambiental

Linha Verde da Petrobras contra a poluição

23 de fevereiro de 2005

Protocolo de Kioto apressa ajustes e incrementa Centros de Combate a Poluição por Óleo e Centros de Defesa Ambiental

Durante muito tempo, a lógica do lucro levou o modelo de exploração e produção de petróleo às últimas conseqüências, pouco se importando com a saúde e o meio ambiente. Mas o mundo é cativo do “ouro negro”. Só ele viabiliza o transporte coletivo e individual, fazendo uma interface com a indústria automobilística. Mesmo independentes, uma não vive sem a outra. Mas a conscientização ambiental chegou. A busca do desenvolvimento sustentável bateu à porta de governos e empresários. O Protocolo de Kioto finalmente entrou em vigor. Daí, empresas – como a Petrobras – estão chamando para si essa responsabilidade social e ambiental.
Exploração – Os trabalhos exploratórios ficam justamente no mar, na terra e no meio das florestas. Daí há que haver um cuidado preventivo das equipes, pois todas as atividades devem interferir o mínimo possível no ambiente natural e nas comunidades vizinhas.
Transporte – Essa é outra atividade que requer muito cuidado, pois para o petróleo e derivados chegarem tanto às refinarias como aos consumidores, a Petrobras opera uma extensa rede de dutos, navios, vagões e caminhões, que exige rigorosas medidas de prevenção. Desde os armazenamentos, carregamentos, descarregamentos e abastecimentos.
Medidas – Neste sentido, a Petrobras criou centros de combate à poluição por óleo, instalando nos principais terminais marítimos pontos de segurança em caso de emergências. Em São Sebastião, litoral norte do Estado de São Paulo, foi construído um centro-modelo, que treina empregados e de outras organizações para dar combate imediato e especializado a vazamentos acidentais de petróleo ou derivados.
Os centros de combate à poluição dos possíveis acidentes decorrentes da atividade petrolífera foram criados para evitar danos ao meio ambiente. São eles: Centros de Combate a Poluição por Óleo (CDPOs) e Centros de Defesa Ambiental (CDAs).


Combate a emergências
Segundo o presidente José Eduardo Dutra, a Petrobras seguiu os mais modernos padrões internacionais e instalou no país nove CDAs (Centro de Defesa Ambiental), cujo objetivo é assegurar máxima proteção a suas unidades operacionais em caso de emergência. Os CDAs cumprem uma função de apoio. Ou seja, complementam os planos de contingência locais já existentes nos terminais, refinarias e demais unidades de negócio e de serviço.
Os Centros de Defesa Ambiental representam um reforço para os planos de contingência regionais da Petrobras. Devido à sua proximidade do Aeroporto de Guarulhos, o maior do país, o CDA de São Paulo pode dar suporte, quando necessário, aos demais CDAs, aumentando ainda mais a capacidade de resposta da empresa em caso de acidentes.
Todos os CDAs estão equipados com barcos recolhedores, balsas, dispersantes químicos, agentes bioremediadores e até 20 mil metros lineares de barreiras de contenção e absorção de óleo, que podem rapidamente ser deslocados para combater emergências em todo país. Em média, cada CDA é operado por 20 profissionais treinados e que, se necessário, podem comandar até 1.000 pessoas numa operação.
Pelas análises de comportamento de marés, ventos, correntezas e da sensibilidade ambiental os CDAs estão em constante desenvolvimento, de modo a abreviar ao máximo o tempo de resposta e os impactos ambientais decorrentes de acidentes.


    LINHA VERDE contra a poluição


O Centros de Defesa Ambiental em todo o Brasil estão 24 horas no ar e os telefones são esses:
Amazônia                          (92) 616.4128
Maranhão                         (98) 217.3300
Rio Grande do Norte        (84) 235.5555
Bahia                               (71) 642.3344
Centro-Oeste                   (62) 206.8743
Bacia de Campos         (22) 2773. 6411
Rio de Janeiro             (21) 2677. 2002
Sul                                 (47) 341.3590
São Paulo                     (11) 6460.5812
Alpina Briggs                  08007039133


Cultura antidesperdício
chega às escolas
Em março, antidesperdício vai ser
 programa didático em 6 mil escolas


Em São Paulo, foi criado um programa antidesperdício de petróleo e gás natural, desenvolvido pela Petrobras, para atuar em 6 mil escolas. O programa é o resultado de uma parceira inédita entre o Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural e a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. O programa vai ser aplicado a partir de março, quando professores dos seis mil colégios serão treinados por profissionais capacitados, com o objetivo de disseminar a cultura antidesperdício de derivados do petróleo e gás natural. Segundo o coordenador do projeto, Perival Gomes Bezerra, São Paulo foi escolhido por ser o Estado com maior índice de desperdício de combustíveis. O alvo são professores e estudantes de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e das escolas técnicas da rede pública, que também serão os primeiros beneficiados pelo mais novo formato do programa, reformulado em agosto de 2004.
Além da modificação de todo o material didático utilizado na capacitação dos professores, a nova versão do programa prevê apenas um dia de treinamento, em vez de três, e uma surpresa para os alunos e seus familiares: um evento no final do ano letivo para que os alunos exponham os trabalhos desenvolvidos com base no que aprenderam, com direito a uma apresentação interativa de um “show de energia”. “Continuamos priorizando a capacitação de quem ensina, mas decidimos enfatizar também o retorno quanto ao aprendizado do aluno”, explica Perival Bezerra.