Boca no Trombone!
21 de março de 2005Verbas de campanhaAcho que todos os governos (o federal, estadual e municipal) deveriam ser obrigados a usar 50% de sua verba de publicidade para campanhas de utilidade pública que envolvam o social e o ambiental. Exemplos: 1) Campanhas para proteger monumentos, parques e jardins. 2) Campanhas de prevenção à Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis;… Ver artigo
Verbas de campanha
Acho que todos os governos (o federal, estadual e municipal) deveriam ser obrigados a usar 50% de sua verba de publicidade para campanhas de utilidade pública que envolvam o social e o ambiental. Exemplos: 1) Campanhas para proteger monumentos, parques e jardins. 2) Campanhas de prevenção à Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis; 3) Campanhas para que não se jogue lixo nas ruas e nem nas praias; 4) Campanhas de educação de trânsito; 5) Campanhas de boas maneiras dentro de lugares públicos como rodoviárias, shopings, aeroportos, igrejas e repartições públicas. Há, ainda, muitas outras idéias de campanhas como a questão da esmola nos sinais, educação do pedestre e respeito aos mais velhos e crianças.
Carlos Ramos Silveira – (aposentado)
Rio de Janeiro – RJ
Alô, piauienses!
Quero registrar meu protesto pelo que o governo (Incra) está fazendo ao promover assentamentos no entorno do Parque Nacional da Serra da Capivara. Conheço esse sítio arqueológico Patrimônio da Humanidade. Sei do seu valor. Pediria que todos os piauienses, sobretudo os habitantes de São Raimundo Nonato se unissem e fizessem manifestos e lutassem para defender esta preciosidade. O Brasil não merece ter administradores tão incompetentes e sem visão de passado, de presente e de futuro. Parabéns ao ministro Walfrido dos Mares Guia, do Turismo, e Gilberto Gil, da Cultura, por se juntarem à luta de Niéde Guidon. O que está fazendo a Ministra Marina Silva, na pasta do Meio Ambiente? Nada, a não ser brigar com a ciência…
Túlio F. Alvarenga Filho – Campinas – SP
Água Mineral
Os ambientalistas brasileiros, as pessoas que buscam saúde pelas águas medicinais, os médicos e os técnicos ligados à hidrologia sabem a importância das águas minerais para a saúde humana. Mas hoje o comércio “comprou” assessores, relatórios, rótulos, políticos e tanta gente mais e vende todas as águas como minerais. O Brasil vive um caso caótico e tendencioso no que diz respeito a esse tema. Estão engarrafando água da torneira, colocando gás e chamando de água mineral. Água verdadeiramente mineral deveria vir com bula e não com rótulo. Ela é remédio. O presidente Lula bem que podia colocar ordem nesse setor, para o bem das águas e dos cidadãos brasileiros.
Sérgio P. Arantes – Caxambu – MG
Unidades de Conservação
Corredor ecológico une as serras
da Capivara e das Confusões
Quem deu o nome à serra das Confusões, no Piauí, sabia das coisas. Talvez até
imaginasse que esta seria mesma uma área de muita confusão. A verdade é que a pressão e toda argumentação da cientista Niéde Guidon funcionou. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assinou portaria para a implementação de um “corredor ecológico” ligando as porções de Caatinga protegidas pelos parques nacionais da Serra da Capivara e da Serra das Confusões, no Piauí. Com 412 mil hectares, o corredor será uma espécie de “estrada verde” entre as duas unidades de conservação. Ele auxiliará a recuperar e a preservar o ambiente natural da região, facilitando a dispersão de vegetais e a circulação de animais de todos os tamanhos. Toda área preservada está correndo muito risco por causa dos
assentamentos feitos pelo Incra no entorno do Parque da Serra da Capivara. Os assentados além de cortar árvores e dizimar a fauna, colocam fogo para promover uma ocupação da área.
Segundo a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, o corredor e os dois parques nacionais formarão o primeiro “mosaico” de unidades de conservação a ter um conselho gestor legalmente formado desde a instituição do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), em 2000. A área será gerenciada pelo Ibama em parceria com representantes de órgãos dos governos federal, estadual e municipais, da Fumdham – Fundação Museu do Homem Americano, da Fetag, da Universidade Federal do Piauí, de famílias de assentados da reforma agrária, da Pastoral da Terra e do Ministério Público, entre outros. “A iniciativa permitirá associar proteção ambiental e desenvolvimento socioeconômico”, disse o diretor de Áreas Protegidas do MMA, Maurício Mercadante.
O MMA fará um investimento inicial da ordem de R$ 300 mil, com recursos do GEF Caatinga [Fundo de Meio Ambiente das Nações Unidas] e do Programa Nacional de Florestas, para estudos ambientais e assistência técnica aos assentamentos na área do corredor. Os recursos também servirão para a elaboração de um plano de manejo sustentável dos assentamentos, que deverão abrigar cerca de mil famílias em duas glebas. O objetivo principal é estimular atividades não-madeireiras, evitando desmatamentos.
Os estudos na região poderão resultar, inclusive, na ampliação da área do Parque da Serra da Capivara ou na criação de uma nova área protegida.
De acordo com Mercadante, o Incra se comprometeu a destinar as áreas de reserva legal dos assentamentos junto ao Parque da Serra da Capivara para formar um “cinturão verde”. Isso auxiliará na proteção da área. A reserva legal é uma parcela que, por lei, deve ser preservada em cada propriedade ou assentamento.
Na Caatinga, esse percentual é de pelo menos 20%. O Incra, no entanto, pretende manter uma reserva legal de 30% e destinar grande parte dos assentamentos para preservação. Todas essas ações serão encaminhadas de acordo com o Plano de Desenvolvimento Sustentável dos assentamentos, que ainda será elaborado pelo Incra e Ibama. “Não haverá espaço para queimadas e desmatamentos descontrolados ou qualquer atividade que cause degradação ambiental”, assegurou o diretor Maurício Mercadante, do MMA.