Parque Municipal dos Pássaros

No mundo das aves

21 de março de 2005

Maior viveiro de pássaros do Brasil recebe espécies nativas da Mata Atlântica encaminhadas pelo Ibama e pelo Zoológico do Rio de Janeiro


 


 


 


 


Fotos O canarinho-da-terra é cobiçadíssimo pela beleza e pela bravura,
 por isto corre muito risco pelo excesso de captura 


Eliane Barbosa explica que antes de entrar no viveiro, as aves se submetem a um processo de quarentena num hospital veterinário da região. Todos são submetidos a uma coleta de sangue para a pesquisa de hemoparasitas e, em seguida, vermifugados. São observados, ainda, a saúde e o comportamento da ave até que ela complete o período de quarentena e possa ser liberada no viveiro sem criar problemas para os demais habitantes. A alimentação é toda preparada no próprio parque, onde existe uma sala anexa ao biotério. Ali são criados alimentos vivos para as aves, como insetos, vermes e larvas. No interior do viveiro foi construído um lago artificial com 400 m3, com o objetivo de recriar habitats naturais para as aves aquáticas. Nele, foram introduzidas espécies de peixes e rãs para alimento das aves ictiófagas [que se alimentam de peixes]. Entre frutas de todo o tipo, sementes e insetos são gastos semanalmente cerca de R$ 700,00.


O viveiro pode abrigar 500 aves de 180 espécies


 


 


 


 


O espaço pretende abrigar 500 aves distribuídas em 180 espécies. No momento, o viveiro conta com 200 aves de 40 espécies.
O cuidado com o bem-estar das espécies é tanto que apenas 10 pessoas por vez e acompanhadas de um monitor podem caminhar pela trilha que leva ao viveiro. As caminhadas acontecem a cada 30 minutos. O parque abriga, no total, duas trilhas com percursos somados superiores a 1 km. Uma trilha em direção ao viveiro, onde são admitidas 80 pessoas ao dia  e a outra para observação da mata de restinga, com sua variedade de espécies da flora e fauna. Esta última recebe, diariamente,120 visitantes.


O viveiro de pássaros tem cerca de 80m de comprimento, 30m de largura e 20m de altura


O Parque Municipal dos Pássaros foi criado a  partir da demanda da comunidade na II Conferência de Meio Ambiente de Rio das Ostras, pela necessidade de preservação dos fragmentos da  mata de restinga remanescentes


Para a diretora executiva da FBCN Anna Meyer “a criação do viveiro vai contribuir para ensinar as crianças as riquezas de nossa fauna e flora, estimulando-as a protegê-las. Como elemento de educação ambiental, foi editado um guia de identificação das aves do viveiro, na forma de um livro com desenhos coloridos de todas as espécies que serão criadas no local.”


Projeto arquitetônico
do viveiro


Logo que chega ao parque, o visitante se impressiona com a grandiosidade da estrutura do viveiro, que pode ser visto à distância. De perto é constatado o cuidado com sua estrutura construída dentro dos mais modernos conceitos internacionais. O viveiro de pássaros tem cerca de 80m de comprimento, 30m de largura e 20m de altura. Perfaz um volume total de 40 mil metros cúbicos. É envolto por uma tela de aço galvanizado, revestido com pvc verde escuro. Treze mastros grandes de aço carbono galvanizados a quente sustentam esta tela.


Um Núcleo de
Educação Ambiental


Inaugurado em 20 de dezembro de 2004, o projeto consumiu entre obras, paisagismo, urbanização, viveiro, treinamento, contratação de pessoal e mobiliário, entre outros, R$ 4 milhões de reais. A área, com cerca de 8 hectares recebeu em menos de um mês mais de cinco mil visitantes. O espaço conta com cinco prédios com arquitetura moderna que abrigam as áreas de Educação Ambiental, Biblioteca Virtual e Centro de Visitantes, além de dois prédios científicos. Tem, ainda, um amplo estacionamento e parada de ônibus.
A sinalização foi toda padronizada com passarinhos estilizados e o Centro de Visitantes, é aberto a todos, e além de dispor de um simpático coffee shop, também conta com  pessoal treinado para atender e orientar os visitantes.
No Núcleo de Educação Ambiental estão sendo desenvolvidos programas e atividades educativas e de capacitação, para professores, alunos, técnicos, monitores, guias mirins e educadores ambientais, além de dispor de oficinas preparatórias de reciclagem. O Núcleo atuará também na geração de material educativo, didático e técnico, para divulgação do parque como uma Unidade de Conservação Ambiental. Neste local há ainda um auditório para apresentação e realização de eventos culturais e técnico-científicos.
 O Parque Municipal dos Pássaros foi criado pela demanda da comunidade na II Conferência Municipal de Meio Ambiente, em Rio das Ostras, em 2002, que mostrou a necessidade de preservação dos fragmentos da  mata de restinga remanescente na área. É uma Unidade de Conservação que visa preservar as áreas com matas ciliares, de brejo e alagados, que servem de abrigo e a reprodução de espécies de pássaros ameaçadas de extinção. A iniciativa contribui, ainda, para a preservação e conservação de florestas e vegetação específica de restinga e para dar continuidade aos corredores ecológicos de Mata Atlântica no estado do Rio de Janeiro.


Rio das Ostras e a preservação do meio ambiente


A consciência da questão ambiental cresce a cada dia. Rio das Ostras tem investido continuamente na preservação do meio ambiente. Além do Parque Municipal dos Pássaros, criou outras áreas de conservação, que visam a manutenção dos recursos naturais, da flora e da fauna.
Área de Preservação Ambiental – APA da Lagoa de Iriry, com uma área de 76,03 hectares, um dos maiores atrativos turísticos da região. Esta unidade busca compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. O projeto de revitalização visa preservar a região e conta com quiosques, praças, ciclovia e também grandes áreas de vegetação de restinga preservada e locais de contemplação.
Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE de Itapebussus,  compreende a faixa de terra que vai do Loteamento Enseada das Gaivotas até o limite do município, na Lagoa de Imboassica, perfazendo uma área total de 986,76 hectares. A região, agora preservada, foi apontada como de extrema importância biológica para conservação de mamíferos pelo documento de avaliação e ações prioritárias para conservação da biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente em 2000. A ARIE de Itapebussus conserva as bacias hidrográficas de três lagoas – Salgada, de Itapebussus e Margarita – e parte da bacia do Rio das Pedras e da Lagoa de Imboassica e tem como vegetação, predominantemente, de restinga, que mantém íntima relação com os ambientes lagunares e a extrema importância para a manutenção de espécies da fauna e flora.
 O Monumento Natural dos Costões Rochosos compreende uma faixa de 368.756,37 metros quadrados, que vai da Praia do Remanso até a Praia da Joana. O objetivo de sua criação é o de preservar uma das mais exuberantes paisagens de Rio das Ostras, que ainda conserva características primitivas, abrigando um ecossistema muito importante para a biosfera.
O Parque Municipal de Rio das Ostras tem uma área total de cerca de 32 hectares de área verde. Além da sede administrativa, podemos encontrar também estufas para produção de mudas; estufa de hidropônica; jardins; brinquedos infantis; pequenos animais domésticos; quiosque; horta experimental; e uma área reservada de Mata Atlântica intocada, com trilhas para passeios ecológicos. Lá são produzidas mudas de plantas de espécies nativas, ornamentais e hortaliças.


Informações
Parque Municipal dos Pássaros
Endereço: – Rua Petrópolis s/n°, Bairro Jardim Mariléa, Rio das Ostras
Telefone: (22) 2760-6920
Horário de funcionamento:
de 3ª a domingo de 9h às 17h