Mananciais em alerta 1
19 de abril de 2005· A proliferação de algas comprometendo a qualidade água dos mananciais e os altos investimentos para torná-la própria ao consumo, têm sido objeto de estudo de entidades civis, indústria de produtos de limpeza e governo. · Por isso, o Conama estabeleceu novos critérios de redução da quantidade de fósforo nos detergentes em pó.· O excesso… Ver artigo
· A proliferação de algas comprometendo a qualidade água dos mananciais e os altos investimentos para torná-la própria ao consumo, têm sido objeto de estudo de entidades civis, indústria de produtos de limpeza e governo.
· Por isso, o Conama estabeleceu novos critérios de redução da quantidade de fósforo nos detergentes em pó.
· O excesso de nutrientes, provocado pela concentração deste componente, é apontado como um dos responsáveis pela eutrofização das águas.
Medidas para minimizar impactos são boas. Restringi-las a um único segmento, porém, é inócuo.
Mananciais em alerta 2
· No Brasil, apenas 2% das 1,4 milhão de toneladas de fósforo são usados na fabricação de sabão em pó. O restante é utilizado em fertilizantes, ração animal, indústrias alimentícias e farmacêuticas.
· Segundo Maria Eugênia, diretora executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins, “é consenso trabalhar a questão da eutrofização como um todo, identificando outras fontes de poluição. Experiências mostram que a melhoria na qualidade das águas ocorre quando implantados sistemas de coleta e tratamento terciário de esgotos, possibilitando a retirada de maior quantidade de fósforo”.
· Isto é que complica. Só funciona com uma eficaz Política de Saneamento.
Vida nova no rio Paraíba
· O crescimento industrial e urbano no Vale do Paraíba do Sul custou caro para o rio e para a sociedade.
· Durante décadas, o lançamento de efluentes, de esgoto doméstico, a ocupação das várzeas e a exploração dos portos de areia degradaram de maneira assustadora o rio Paraíba do Sul.
· Em sua bacia hidrográfica está 180 municípios de três estados (SP, MG, RJ) e mais de três mil indústrias, só em São Paulo.
· Para ajudar a salvar este patrimônio, a emissora de tevê e rádio da região Band Vale criou, em 2004, a campanha Rio Vivo. Obejtivo: ajudar na preservação do Paraíba do Sul.
· Como bom exemplo de responsabilidade socioambiental, foram tomadas as seguintes iniciativas:
· Promoção do concurso “Recriando”, incentivando o debate sobre os problemas e soluções da água e do lixo;
· Criação de um selo premiando empresas que adotam boas práticas ambientais;
Envolvimento da rede pública e particular de ensino em trabalhos educacionais para gerar propostas de ações efetivas de recuperação do rio.
Ecossistema em colapso
· A questão hoje é atingir ou não as Metas do Milênio.
· Parece que os esforços planetários para enfrentar os desafios globais no campo econômico, social e ambiental a serem cumpridos até 2015, estão comprometidos.
· Com base no Relatório da Avaliação Ecossistêmica do Milênio, encomendado pela ONU, se não for alterado rapidamente o manejo dos recursos naturais, na produção de bens e serviços, torna-se impossível chegar-se a bons resultados.
· Como conseqüência, as populações pobres, serão as mais prejudicadas.
· Mesmo reconhecendo alterações significativas para aumentar a oferta de alimentos e o acesso a água limpa, as estratégias não foram capazes de promover o crescimento sem superexplorar os recursos naturais e evitar a degradação dos sistemas.
Essa degradação continuada significa uma barreira ao alcance das metas.
Consumo consciente
· O Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, reuniu dados, informações, estudos, trabalhos sobre consumo consciente e responsabilidade social nas empresas.
· Ainda este mês, irá colocar a disposição este acervo, através de um Centro de Referência.
· As informações serão apresentadas em três módulos. Se você deseja ser um consumidor consciente, acesse a biblioteca www.akatu.net e irá encontrar textos comentados do ponto de vista do consumidor.
· Se o seu interesse for Responsabilidade Social, será possível conhecer as práticas e políticas das empresas brasileiras de forma bem simples e em linguagem compreensível.
· E, através dos Indicadores Akatu do Consumo Consciente, você poderá conhecer o seu estágio de consciência como consumidor e mudar.
É só querer.
Pneus: responsabilidade compartilhada
· Fabricantes, revendedores e importadores são obrigados a atender a legislação que os obriga coletar e dar destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis.
· Mas a Resolução Conama 258 é totalmente aplicável?
· Estudos feitos pelo IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP – mostram que o volume de pneus inservíveis realmente disponíveis para serem recolhidos é menor do que foi considerado passivo ambiental: 100 milhões de unidades.
· Por muito que a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos amplie os Ecopontos (mais de 80 municípios), estimule e apóie novas aplicações (defensas viárias, asfalto, cimenteiras etc) grande quantidade de pneus continua dispersa.
· Parte é encaminhada para reforma e retorna para uso e outra parte fica com o consumidor, motivo de grande preocupação.
Segundo o diretor geral da ANIP, Vilien Soares, “é necessário alterações na resolução quanto as metas de recolhimento. Ter como referência o volume de pneus usados e não produzidos, para maior agilidade no cumprimento dos objetivos fixados.”
Velhos aparelhos:
uma ameaça
· A indústria brasileira não produz mais geladeiras, nem ar condicionado com CFC (clorofluorcarbono).
· Mas preocupa o Ministério do Meio Ambiente, aparelhos fabricados antes de 1999. O Brasil tem compromisso de eliminar CFCs até 2007, estabelecidos pelo Protocolo de Montreal e terá que cumprir.
· Esse gás, solto na atmosfera provoca buracos na camada de ozônio. Responsável pela entrada dos raios ultravioleta do sol na Terra, causa doenças como câncer de pele, glaucoma, afetando animais e plantas.
· Para evitar a liberação desses gases, o MMA em parceria com o Senai, já iniciou treinamento de técnicos em refrigeração, para recolhimento/reciclagem e reposição de CFCs.
· Iniciativa ainda em teste, pretende capacitar 35 mil profissionais nos próximos anos e buscar soluções para comunidades que não possuem profissionais qualificados.
Sucata eletrônica:
nova ameaça
· A era da informação prometia um mundo mais limpo. Livre de toneladas de papel e equipamentos cheios de graxa e tinta.
· Mas, ao contrário do que se imaginava, as lixeiras continuam crescendo.
· É o novo lixo digital. Aliás, tão ou mais tóxico que as peças descartadas no passado.
· A Itautec Philco, uma das principais fabricantes no Brasil, calcula que sejam descartados três milhões de computadores todo ano.
· Só no Estado de São Paulo, até 1999, 12 milhões de baterias de celulares já tinham ido para o lixo.
· No mínimo, cinco substâncias tóxicas estão sendo enterradas. Se incineradas, são dioxinas – substância tóxica e cancerígenas – acabam na atmosfera.
· Por mais que o Conama obrigue os fabricantes a coletar, armazenar e reciclar, o crescimento de venda dos eletrônicos é muito maior que a logística de recolhimento.