Folha do Meio Ambiente

· A embalagem, cartonada considerada um dos grandes problemas do reaproveitamento pós-consumo, ganha novo fôlego.
· Com a aplicação da alta tecnologia de plasma desenvolvida no Brasil, o alumínio e o plástico se separam, revolucionando o modelo atual de reciclagem das embalagens tipo longa vida.
· Pioneira no mundo, já se pode prever que sua aplicação poderá alcançar um aumento em 12 mil toneladas no reaproveitamento da celulose e a recuperação em torno de oito a 10 mil toneladas de plástico e alumínio.
· Totalmente separados, papel, alumínio e plástico serão reintroduzidos na cadeia produtiva como matéria prima.
· Gerenciada pela TSL Ambiental, Tetra Pak, Klabim e Alcoa, a primeira unidade instalada em Piracicaba/SP, aposta na venda desses insumos para a indústria de transformação e geração de uma receita anual próxima a U$$7,8 milhões.
· A Alcoa, uma das financiadoras do projeto irá absorver toda a produção de alumínio. A parafina, outro sub-produto, será vendida para a indústria petroquímica.
· A meta é, em cinco anos, reciclar 65% de embalagens cartonadas, obter ganhos econômicos significativos e contribuir para o financiamento da cadeia de catadores.

Tratamento de esgoto simples e barato

· Um sistema de tratamento de esgoto eficaz foi desenvolvido pela Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, utilizando apenas areia e bambu.
· A simples confecção de cilindro preenchido com bambus cortados em pequenos pedaços, funcionam como um reator. Nesse reator, ocorre o metabolismo sem oxigênio de degradação, propiciando a ação de bactérias que consomem a matéria orgânica presente no esgoto.
· Associados a este reator estão filtros de areia que completam a limpeza dos poluentes.
· A análise da água resultante da implantação desse sistema, indicou que, mesmo não sendo própria para consumo humano, pode ser empregada em diferentes usos.
· E quando despejada nos rios, não gera poluição.
· Outras vantagens apontadas em relação ao uso do material são a leveza e resistência.
Ficou comprovado que depois de três a quatro anos o bambu se mantêm intacto e serve de suporte para as bactérias que atuam no sistema.

Municípios poluídos e desprotegidos

· Queimadas, desmatamentos, falta de saneamento, contaminação do solo, são alguns dos problemas mais freqüentes em 80% dos municípios brasileiros.
· A situação é ainda mais preocupante quando se reconhece que apenas 6% das cidades contam com órgão específico para cuidar do Meio Ambiente.
· E não podemos esquecer de mencionar o número ínfimo e pouco qualificado de servidores para tratar do assunto.
· Quanto às verbas públicas, essas são mínimas para a fiscalização. O que contribui e muito para o aumento dos crimes ambientais.
· Mas a situação de degradação não é muito diferente em municípios onde há órgãos de controle, como mostra o levantamento feito pelo IBGE.
· Dos 5.560 municípios pesquisados, 121 apresentaram algum tipo de comprometimento em áreas legalmente protegidas.
· Este é um indicativo de um conjunto de ações desarticuladas, que envolve prefeituras e estado.
· Desde falta de prevenção, de falta de fiscalização, de falta de legislações específicas.
· É muita “fartura” para pouca competência até em punir os responsáveis.

Bioembalagens
· Será instalada em breve na cidade de Serra – ES, a primeira fábrica e embalagens e calços de sustentação a partir de papel 100% reciclado pós- consumo.
· Os equipamentos foram importados da Coréia e a técnica na fabricação das bioembalagens será a prensagem a quente, diferente da convencional que é a  frio.
· São produtos de polpa moldada, como as bandejas de papel  para ovos, porém com tecnologia e acabamento diferenciados. Vem justamente para substituir o isopor.
· As expectativas de sucesso vão além do forte apelo ecológico. Pesam também  razões econômicas.
· Pelas características da polpa moldada, será mais fácil acompanhar as rápidas mudanças de mercado. Principalmente no setor eletroeletrônico, onde os equipamentos mudam com freqüência exigindo embalagens diferenciadas.
· No momento, os segmentos preferenciais serão os hortifruti, perfumes, cosméticos, calçados e eletroeletrônicos em geral.
A fábrica será abastecida por cooperativas de catadores, com previsão inicial de produção em torno de 53 toneladas.

Guerra aos efeitos
do chumbo
· Um composto químico a base de fosfato, o ARS – Agente Recuperador de Solos – desenvolvido por pesquisadores do Depto. de Física da Unesp, é a nova opção para enfrentar a ameaça de contaminação provocada por chumbo, quando lançado no ambiente.
· A reação química que esse composto promove imobiliza essa substância e neutraliza seus efeitos nocivos.
· Para testar sua aplicabilidade, já estão sendo realizados testes. Os resultados obtidos mostram que a imobilização do chumbo no solo acontece 30 dias  após a aplicação.
· Esse composto foi desenvolvido a partir da degradação em líquido de uma matriz de vidro fosfato e que reage quimicamente com o chumbo presente no solo, transformando-o em mineral.
· A partir dos trabalhos testados em campo pela Ájax Ltda, ficou comprovada a eficácia contra a contaminação superficial do solo e em laboratório, efeitos bem positivos até 20cm da superfície. 
· Outra avaliação favorável é em relação à técnica e processo de imobilização de metais poluidores no próprio local contaminado, permitindo uma solução mais barata e ecologicamente menos agressiva.
· Só ainda não foi possível quantificar o potencial desta imobilização.