Retrospectiva Ambiental de MG

9 de junho de 2005

Maria Dalce considera muito importante a publicação de suplementos setorizados, porque estes servem como referência para que ambientalistas de outros estados possam fazer uma avaliação de sua trajetória na área ambiental. Ela ressaltou também a diversidade tanto dos temas tratados quanto das pessoas que foram entrevistadas para produção do suplemento. Dalce destacou, como aspecto positivo… Ver artigo


Maria Dalce considera muito importante a publicação de suplementos setorizados, porque estes servem como referência para que ambientalistas de outros estados possam fazer uma avaliação de sua trajetória na área ambiental. Ela ressaltou também a diversidade tanto dos temas tratados quanto das pessoas que foram entrevistadas para produção do suplemento.
Dalce destacou, como aspecto positivo do trabalho, sua preocupação em mostrar a retrospectiva histórica e a situação atual. Foi um momento particularmente importante para a Amda, que lançou, recentemente, campanha para a revisão da Lei Florestal. A atual lei, de acordo com a superintendente-executiva da Amda, é falha porque tem um brecha que permite que as empresas consumam até 100% de carvão oriundo de matas nativas desde que paguem a taxa de reposição florestal em dobro.
Autor, entre outros projetos, do que instituiu o ICMS ecológico em Minas, Ronaldo Vasconcellos também elogiou a publicação por retratar com precisão os fatos mais importantes ocorridos no Estado nos últimos 30 anos. “A Folha do Meio Ambiente foi muito feliz por fazer a retrospectiva”, afirmou o vice-prefeito de Belo Horizonte, que destacou Minas como um Estado pioneiro no aspecto ambiental em relação a outras unidades da federação.
Ronaldo Vasconcellos define a estrutura ambiental de Minas como uma das mais modernas e competentes do país, em contraposição à postura que vem sendo adotada pelo governo federal na área ambiental, especialmente em função da decisão do governo Lula de implementar o projeto de transposição do Rio São Francisco. “Acho que o governo federal, o ministro Ciro Gomes e o presidente Lula estão equivocados, desinformados em relação à transposição”, afirmou o vice-prefeito de BH, que prevê a ocorrência de um sério desgaste entre o governo Lula e os ambientalistas caso este decida levar adiante o projeto sem primeiro investir na revitalização do rio.
A série de reportagens da retrospectiva mostrou como era Minas quando não havia preocupação com a preservação do meio ambiente e como foi a implementação dos primeiros órgãos de controle ambiental do governo de Minas, na década de 70. Mostrou também o surgimento das primeiras ONGs e a eclosão do conflito aberto entre as entidades ambientalistas, empresas privadas e o poder público, na década de 80. Em seguida, resgatou de que forma se deu, já no final dos anos 80, a abertura de um entendimento entre as partes envolvidas no conflito, bem como tratou de temas atuais, como a água, saneamento, desmatamento e a reestruturação do sistema estadual de defesa do meio ambiente.