“No Brasil, até o passado é imprevisível!”
15 de julho de 2005De um atento cidadão assistindo na tevê a primeira CPI transmitida ao vivo e em cores, sobre os desmandos nos Correios para pagamento do “mensalão” a políticos.
Sem caixa-d?água
Quem tiver a possibilidade de visitar o serviço de abastecimento d?água de Munique deve fazê-lo, por três motivos:
Primeiro porque está situado nos pés dos Alpes e é um parque maravilhoso. Segundo porque a “fábrica de água” – como eles chamam – é uma verdadeira fonte de água mineral: a água que abastece a capital da Bavária é buscada no subsolo dos Alpes, por isso não leva nem uma gota de cloro ou de outro produto químico. Chega à casa das pessoas, pura como saiu da terra;
Terceiro porque se pode aprender coisas interessantíssimas. Por exemplo: quem tem propriedade na área de recarga, recebe 240 Euros por hectares/mensais para praticar um tipo de atividade econômica autorizada pelo governo. Este subsídio é pago para 110 fazendas de tamanho médio de 25 ha.
Outra coisa: na Alemanha (e em outros países europeus) ninguém tem caixa d?água. Aliás, é proibido ter caixa d?água. Motivos: 1) Existe pressão suficiente na distribuição de água; 2) Há garantia de 100% no abastecimento; 3) e, mais importante, caixa d?água é sempre uma fonte de contaminação.
Deve ser duro viver num país assim!
Perdas média de água
Por falar em água, vale a pena lembrar um dado catastrófico para o Brasil.
Enquanto as perdas de água na Alemanha são as menores do mundo, o Brasil parece campeoníssimo:
Brasil ————— 45%
Inglaterra ————— 29%
Itália ————— 27%
França ————– 25%
Dinamarca ————– 9%
Alemanha ————– 8%
Aves trocadas
O povo deu um sugestivo nome (depois a mídia incorporou esse nome) a essas engenhocas eletrônicas colocadas em postes pelos Detrans para flagrar motoristas infratores.
São os “pardais”. Mas, pensando bem, o nome não é o mais apropriado…
“Bem-te-vi” faria muito mais sentido.
São Francisco! Orai por nós!
Belo o folheto feito pelo MMA para divulgar o programa do governo para a revitalização da bacia do rio São Francisco.
Dobrado, com cinco páginas além da capa, o folheto traz os conceitos, diretrizes, estratégias, público alvo e muitas fotos coloridas.
Uma das páginas é totalmente dedicada a dar o nome de todos os órgãos envolvidos no programa de revitalização: nada menos do que 53 entidades.
Se for nomear uma a uma as universidades federais e estaduais e as secretarias e institutos dos sete estados da bacia, o número de entidades vai subir, pelo menos, para mais de 100.
Com certeza, haverá muitas reuniões, relatórios, viagens e blá-blá-blá.
Revitalização, mesmo, só nos discursos. Muitos discursos…
Prêmio von Martius
O Prêmio ambiental von Martius está na sua 6a edição.
Com uma auditoria independente realizada pela PriceWaterhouseCoopers, a premiação, segundo Ricardo Rose, diretor da Câmara Brasil Alemanha, vai manter a mesma disposição das outras cinco edições.
Serão três categorias: Humanidade – desenvolvimento do Ser Humano, como programas de divulgação e educação ambiental; Tecnologia – desenvolvimento de tecnologias ambientalmente positivas como projetos de melhorias no processo produtivo; e Natureza – preservação e conservação do meio natural.
Mais detalhes: www.premiovonmartius.com.br ou pelo telefone (+11) 4702-9006.