Presos ajudam a natureza
21 de outubro de 2005Eles recuperam duplamente a natureza: a pessoal e o meio ambiente em que vivem. Detentos de uma das unidades do sistema penitenciário de Brasília participam de projeto para recuperar a vegetação que protege mananciais de água. Eles cultivam mudas nativas que serão replantadas nas matas de galeria – vegetação que protege os mananciais – de diversos… Ver artigo
Eles recuperam duplamente a natureza: a pessoal e o meio ambiente em que vivem.
Detentos de uma das unidades do sistema penitenciário de Brasília participam de projeto para recuperar a vegetação que protege mananciais de água.
Eles cultivam mudas nativas que serão replantadas nas matas de galeria – vegetação que protege os mananciais – de diversos pontos do Distrito Federal.
O projeto é fruto de uma parceria entre a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso, Sistema Integrado de Vigilância, Preservação e Conservação de Mananciais do DF (Siv-Água) e o Jardim Botânico de Brasília.
Taí um exemplo que tem tudo para ser levado a outras penitenciárias do País.
Devagar com o andor…
Os senadores fizeram uma importante ação em defesa da floresta, ao decidirem alterar a futura legislação que permitirá a concessão de grandes áreas da Floresta Amazônica para serem exploradas por empresas nacionais e de capital estrangeiro.
As principais mudanças previstas são três:
1) Concessões de áreas acima de 2.500 hectares terão de ser confirmadas pelo Congresso Nacional;
2) O Conselho de Defesa Nacional dará a palavra final quando as permissões para uso ocorrerem na faixa da fronteira entre Brasil e países vizinhos;
3) Ampliação de cinco para onze do número de componentes do Conselho de Gestão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal.
As medidas serão apresentadas em um novo Projeto de Lei a ser elaborado pelo senador Jefferson Peres (PDT-AM).
“Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela, mas há também aqueles que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol”.
Pablo Picasso
Poço de problema
A abertura indiscriminada de poços artesianos sempre dá problemas. Na zona sul de São Paulo, 11 poços de empresas acabam de ser interditados pela Vigilância Sanitária.
Motivo: a água dos poços está contaminada por substâncias cancerígenas. Gravidade: na área estão localizadas indústrias farmacêuticas e de cosméticos, como Avon, laboratório Biosintética, Baxter Hospitalar, e Gillette.
Além de possível consumo pelos funcionários, essa água pode ter sido usada em produtos.
O primeiro foco de contaminação foi localizado pela Cetesb na Gillette, que está instalada numa área antes ocupada pela Duracell, fabricante de pilhas. Também operou na área a Caterpillar.
Segundo a fiscalização, o lençol freático foi contaminado por agentes clorados, produtos tóxicos para rins, fígado, sistema nervoso central e considerados agentes cancerígenos.
As empresas foram notificadas e as multas variam de R$ 100 a R$ 500 mil. Há três meses, sete dos 60 poços da região paulista também foram lacrados pelo mesmo problema.
A pergunta que fica: e como ficam os muitos poços de outros estados onde não existe a mínima fiscalização?
Lagoas da Barra
Tijuca, Camorim, Jacarepaguá e Marapendi são quatro lagoas da Barra da Tijuca. Outrora lindas, hoje elas estão ameaçadas por uma degradação constante e progressiva.
Desafio: a sobrevivência das lagoas continua quase impossível porque dos três principais projetos idealizados pelo poder público para combater a poluição, dois estão parados e um está atrasado.
Pior 1: a dragagem da Lagoa da Tijuca está embargada há quatro meses.
Pior 2: o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro não saiu do papel.
Pior 3: As obras para o emissário submarino da Barra estão atrasados. Inauguração, dizem, só no final do ano que vem.
Como na propaganda, meio ambiente e Rio de Janeiro não combinam.
Lembrete ecoturista
Quem gosta de fazer trilhas, seguir pegadas de bichos , tomar banho de cachoeira, acampar e explorar cavernas tem que ter em mente quatro coisas básicas de orientação aos ecoturistas no sentido de preservar a natureza:
Cuidado com o fogo: Não queimar nada, além de calorias.
Plantas e bichos: Não tirar nada, além de fotografias.
Em relação ao lixo: Não deixar nada, além de pegadas.
Proteção da fauna: Não matar nada, além de tempo.