Rogério Rocco, por um Rio mais verde
25 de novembro de 2005Ambientalista Rogério Rocco assume Ministerio do Meio Ambiente, no Rio de Janeiro
Rogerio Rocco teve posse prestigiada no MMA do Rio de Janeiro por autoridades federais e estaduais, por ambientalistas e até pelo reitor Cândido Mendes
Funcionário do MMA, em 2000 o ambientalista Rogério Rocco exerceu a função de coordenador do Fundo Nacional do Meio Ambiente e foi secretário Municipal de Meio Ambiente de Niterói. Entre 2001 e 2003, Rocco coordenou o Projeto de Recuperação e Conservação de Manguezais da Baía de Guanabara. O representante do MMA no Rio foi também fundador e coordenador da organização Os Verdes – Movimento de Ecologia Social. Por dois mandatos, Rocco foi coordenador da Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente do RJ (Apedema) e coordenador de dois movimentos importantes: o Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais e do Movimento BAíA VIVA. Sua área preferencial de atuação é em Direito Ambiental e Política das Drogas. Várias vezes ele sofreu ameaças de morte por sua atuação firme e decidida a favor do meio ambiente.
Escritor, é autor do livro “O Que é Legalização das Drogas” (1996) e organizador do livro “Legislação Brasileira do Meio Ambiente” (2002), junto com Ronaldo Coutinho.
Primeiras medidas
De acordo com Rocco, uma das medidas que devem ser adotadas a curto prazo é a criação de um Cadastro Estadual de Unidades de Conservação, do qual devem constar todas as áreas protegidas. Isso permitirá aos gestores informações sobre cada uma dessas áreas e facilitar as ações de conservação.
Ele lembrou que o Rio abriga três importantes parques ecológicos com grande capacidade de visitação e de arrecadação com a cobrança de ingresso – o Parque Nacional da Tijuca, o Parque de Itatiaia e o parque da Serra dos Órgãos. Para ele, esses parques merecem atenção especial.
Rocco disse que o orçamento do Ministério do Meio Ambiente para investimentos em área de preservação no estado chega a R$ 20 milhões, dos quais aproximadamente R$ 8 milhões são usados no manejo e implementação das unidades de conservação, com medidas de infra-estrutura e compra de equipamentos para a fiscalização das áreas conservadas.
A Cor Verde
Entre travestis e transgênicos
Rogério Rocco – (em 11/3/2004)
“Numa comparação descompromissada, poderíamos atribuir uma correlação entre o comércio do sexo e o de alimentos. Isto é, no campo da alimentação há opções para diabéticos, carnívoros, vegetarianos e toda uma variedade para os mais distintos comportamentos degustativos. E os supermercados organizam suas prateleiras de acordo com o tipo de produto, a fim de facilitar a escolha do cliente”.
“O Código de Defesa do Consumidor determinou a obrigação do fabricante de um produto indicar no rótulo a sua composição, tendo em vista facilitar ainda mais a definição de critérios para quem o compra.Lamentavelmente, no caso dos transgênicos (Organismos Geneticamente Modificados, ou OGMs), muito pouco da lógica de respeito ao consumidor foi assegurado. Apesar da exigência do Código do Consumidor, na prática não encontramos a identificação dos alimentos com a presença de transgênicos em suas embalagens e acabamos por consumi-los inadvertidamente”.
“Assim, o eleitor do presidente Lula fica numa situação muito semelhante à do homem inexperiente que, encantado com as formas físicas de um travesti, o confunde com uma mulher e lhe direciona seus desejos sexuais. Afinal, com os resultados construídos pela base de apoio parlamentar que se formou – que certamente não comunga com as idéias originais do PT -, é possível que tenhamos nos próximos anos, além dos alimentos, também uma espécie de governo geneticamente modificado”.
Trechos de um artigo de Rogério Rocco onde ele lamenta que, no caso dos OGM, muito pouco da lógica de respeito ao consumidor foi assegurado.