Mídia cidadã
20 de dezembro de 2005Nomes importantes do jornalismo brasileiro são agraciados com troféu Cidadão do Mundo
Gilberto Dimenstein (Projeto Aprendiz), Ziraldo, Washington Araújo (Comunidade Bahá`í), Ângela Bastos (Diário Catarinense), Roberto Monte (DHNet), Marcelo Canellas (TV Globo), Suzana Parreira (TVE), Herilda Balduíno (OAB), Venus Pezeshk (Comunidade Bahá`í), Iram Alfaia (FENAJ).
Na categoria profissional, tiveram seu trabalho reconhecido os jornalistas: Alberto Dines – diretor e apresentador do programa Observatório da Imprensa; Ângela Bastos – Diário Catarinense, do grupo RBS; Eugênio Bucci – presidente da Radiobras; o jornalista Gilberto Dimenstein – coordenador do projeto Aprendiz e colunista da Folha de S. Paulo e CBN; Marcelo Canellas, da Tv Globo; e Ziraldo, cartunista e escritor.
Na categoria “instituições”, foram homenageadas: a Ong DHNet – rede eletrônica de informações sobre direitos humanos; a TV Educativa; e a Revista Viração – tem conselhos editoriais em 12 capitais brasileiras e a participação de jovens na elaboração e confecção de suas edições. De acordo com os ganhadores, o Prêmio contribui para o fortalecimento de um jornalista mais humanista e com o enfraquecimento do estigma de que o jornalismo só noticia assuntos negativos.
“Receber um prêmio com esse viés, reforça o lado humanista do jornalismo. Confirma essa vocação do jornalismo”, afirma o jornalista Marcelo Canellas. Já Gilberto Dimenstein diz que o Prêmio mostra que “o papel da mídia não é só o de dar má notícia”. “É importante ter esse reconhecimento, principalmente pela qualidade do júri, que conhece as necessidades do Brasil e atua a favor dos direitos humanos”, ressaltou Dimenstein. Ziraldo aproveitou seu discurso para lembrar da situação das escolas públicas brasileiras. “Falta vontade política para a educação do Brasil dar certo. Países como a Coréia, a França e Japão, estão preocupados com a escrita e a leitura. Só o Brasil ainda não deu a devida atenção à questão. Não é possível chegar a Internet sem antes ensinar devidamente a ler e a escrever”, diz Ziraldo.
O Editor-chefe da Revista Viração, Paulo Lima, recebeu o prêmio acompanhado de representantes do Vira-Jovem de Brasília. Lima falou sobre a teimosia que é preciso ter para tornar realidade um projeto social impresso. “É preciso ter teimosia coletiva para realizar um projeto como esse, num mercado editorial que não encara os jovens como produtores de mídia”.