Saia justa
20 de dezembro de 2005O presidente da Codevasf, Luiz Carlos Everton de Farias, não sabe o que fazer para acalmar o mercado das vaidades na estatal. Em abril de 2004, a Folha do Meio Ambiente contou com detalhes, em matéria de capa, a verdadeira história da nascente do rio São Francisco. Muitos jornais e revistas republicaram a matéria que foi… Ver artigo
O presidente da Codevasf, Luiz Carlos Everton de Farias, não sabe o que fazer para acalmar o mercado das vaidades na estatal.
Em abril de 2004, a Folha do Meio Ambiente contou com detalhes, em matéria de capa, a verdadeira história da nascente do rio São Francisco. Muitos jornais e revistas republicaram a matéria que foi capa, novamente, na edição da FMA de maio, com o título “A Nascente Histórica e Geográfica”.
Agora em dezembro de 2005, depois que a TV Globo e a Folha de S. Paulo ratificaram a matéria da Folha do Meio, o assunto virou um Deus nos acuda, na Codevasf.
Muita gente quer ser pai da criança cada vez mais bonita.
Hidroelétricas no Madeira
Estão marcadas para este 2006 as licitações para duas usinas hidroelétricas em Rondônia, com capacidade de 6.450 megawatts.
A previsão é que o leilão das duas usinas – Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira – ocorra entre maio e junho e que o empreendimento comece a funcionar em 2011.
O Ibama já aprovou a abrangência do complexo hidrelétrico e agora irá analisar o mérito.
O pedido foi feito por por duas empresas: Furnas e o grupo Odebrecht.
Desmatamento vai valer dólar
Parece que a partir de 2008 o Brasil terá mais um bom motivo para evitar o desmatamento.
É que foi aprovado na reunião da 11ª COP (Conferência das Partes) um mecanismo da Convenção do Clima da ONU que estimula os países subdesenvolvidos a reduzir o desmatamento em suas florestas.
A vantagem é que haverá um corte, por tabela, das emissões de gases de efeito estufa.
As discussões sobre o assunto começam logo no início de 2006.
O preço da distração
“O ambientalismo ainda não se aprende no colégio e sim nos meios de comunicação. O problema é que a mídia diária cobre mal o assunto”.
De Kevin Coyle, ex-presidente da National Environmental Education and Training, lembrado por Marcos Sá Corrêa na sua coluna no www.oeco.com.br.
SOS reserva do Gurupi
Mais um grito de socorro. Mais uma reserva que se deteriora por exploração ilegal de madeira, plantação de maconha e até desmanche de carros.
Ambientalistas e pesquisadores do Maranhão estão alarmados com a devastação da Reserva Biológica do Gurupi, um dos últimos remanescentes de floresta amazônica a leste do Rio Tocantins.
E olha que pela lei, nesta área só pode ter pesquisa científica e educação ambiental.
A reserva tem 3.400km2 e abriga mais de 60 espécies de mamíferos.
Não adianta o Ibama considerar Gurupi a reserva mais ameaçada do País. Tem é que agir. E rápido!
Quadrilhas por todo lado
E a imprensa noticia que a Polícia Federal prendeu uma quadrilha que agiu 20 anos no Incra de Rondônia.
Essa quadrilha tinha um esquema fraudulento de emissão de documentos de posse de terras da União.
O grupo teria transferido ilegalmente áreas que somam 1 milhão de hectares das melhores terras do Estado.
A PF interditou toda a divisão técnica da superintendência do Incra, prendeu o ex-superintendente Antônio Renato Rodrigues e oito funcionários de carreira do órgão.
Como sempre, os beneficiários da fraude são madeireiros, pecuaristas e autoridades do Judiciário estadual.
Êta Brasil…
Aliciamento de índios
A convivência entre madeireiros e índios é um perigo.
Mais de 800 hectares de floresta protegida já foram explorados por madeireiros dentro da aldeia Terra Nova, dos índios trumai, no Parque Indígena do Xingu.
Ambientalistas e as próprias tribos do Parque condenam a atitude dos trumai.
Imagens produzidas pelo satélite CBERS-2 e analisadas pelo Instituto Socioambiental (ISA) evidenciam a abertura de várias estradas clandestinas, entre agosto de 2004 e julho de 2005.
Pelo que se sabe, o próprio líder da aldeia teria aberto a porta para os madeireiros em troca de dinheiro.
Segundo André Villas-Boas, a aldeia Terra Nova caiu na rota da marginalidade.