Irrigação entre o mar e o sertão

20 de dezembro de 2005

Projeto substitui o sistema de monocultura pelo cultivo integrado de frutas, legumes, hortaliças, flores e animais.

Uma mandala produz 60 tipos de culturas. No detalhe, o quintal da casa de Antonio Severo é um verdadeiro oásis no agreste, com direito a flores e frutos. 


 


A base do Projeto Mandalla é a substituição do sistema de monocultura, tradicional nos assentamentos e na cultura nordestina, pelo cultivo integrado de frutas, legumes, hortaliças, ervas e flores com a criação de animais domésticos. O objetivo, segundo Willy Pessoa, é garantir a alimentação básica às famílias e viabilizar o comércio da produção excedente.
A parceria da Bayer já rendeu ao projeto R$450 mil mais assessoria técnica, apoio logístico e um salário mínimo para os agricultores, durante os seis primeiros meses de implantação do projeto. O alvo das mandalas são as famílias que vivem em assentamentos rurais no Nordeste, que têm dificuldade em produzir alimentos por causa da escassez de água. As mandalas são formadas por nove canteiros circulares ao redor de um tanque de seis metros de diâmetro, de onde é bombeada a água para a irrigação da plantação. Essa estrutura ocupa, geralmente, um quarto de hectare.
O sistema economiza espaço e consome de cinco e a sete mil litros de água por semana, cerca de 25% do que é gasto com uma produção convencional.
Na área total da mandala é possível produzir até 60 tipos de culturas. Os resultados do projeto levaram a Bayer a investir também na capacitação de técnicos e na pesquisa de novas tecnologias.