Mutirão ecológico na bacia do rio Corumbá
19 de dezembro de 2005Mais de 400 estudantes, órgãos governamentais e ONGs promovem oficinas, plantam a mata ciliar e tiram 6 toneladas de lixo dos córregos Santa Maria, Paiva e Alagado
O presidente da Caesb, Fernando Leite, resolveu comandar pessoalmente mais de 2 mil pessoas, entre estudantes, ONGs e voluntários que participaram do mutirão ecológico de limpeza e plantio de mata ciliar na bacia do rio Corumbá.
O Projeto Nascentes do Corumbá foi lançado pelo governador Joaquim Roriz, em setembro passado. Segundo Fernando Leite, presidente da Caesb, o projeto tem como objetivo acabar e reverter os impactos da degradação dos cursos d’água que fazem parte das sub-bacias hidrográficas que formam a barragem de Corumbá IV, futura captação de abastecimento de água do DF e Entorno. Além dos voluntários do mutirão, o evento contou ainda com a participação, apoio técnico e logístico da Administração de Santa Maria, das Prefeituras do Novo Gama e Valparaízo, Caesb, Saneago e Belacap.
O mutirão
Durante o mutirão de limpeza, foram montadas oficinas de cerâmica, reciclagem de papel e lixo, garrafas PET e caixa de papel, teatrinhos infantis, vídeos educacionais, oficina de “rap ecológico”, mostra de animais e plantas e vídeos educacionais e espaço de leitura. Também foram divulgados os resultados do levantamento de dados e diagnóstico sanitário e ambiental feito pela Caesb em mais de mil propriedades rurais localizadas ao longo de cerca de 30 cursos d’água da Bacia do Corumbá. Foram colhidas informações detalhadas da qualidade da água e lançamentos de dejetos animais, esgotos, águas servidas e lixo, desmatamentos, assoreamento e outras degradações ambientais, além da orientação sanitária e ambiental recomendada em cada propriedade visitada.
O início das atividades de recuperação ambiental dos córregos Santa Maria, Alagado e Paiva foi marcado pelo plantio de 10 mil mudas e pelo mutirão de retirada, separação e destinação do lixo destes cursos d’água.
Foram ainda assinadas ordens de serviço para recuperação de grandes áreas degradadas por erosões na região e para a desobstrução e desocupação de áreas de preservação permanentes (APP) ao longo dos cursos d?água da região, além de Convênio de Cooperação Técnica entre os Governos do Distrito Federal e de Goiás.