O Rio Parnaíba

Expedição às nascentes do rio Parnaíba

13 de fevereiro de 2006

Está comprovado: problemas em toda a bacia, embora escassamente povoada, sofreu a colonização pela corrida do boi e pela corrida da soja. Nem o Parque Nacional das Nascentes, criado por FHC.

As belezas cênicas do rio Parnaíba de quando em vez são ofuscadas por feridas e agressões ao ecossistema


 


Folha do Meio – Você participou da exploração de dois rios importantes: o rio São Francisco e o rio Parnaíba. Foram os rios que passaram em sua vida?
Geraldo Gentil – É, eles não só passaram como entraram na minha vida. E eu na deles. A verdade é que ainda me sinto como uma gota d’água no rio, pelo muito a ser feito. Mas gratificante, mesmo, foi ter participado, nos albores do século 21, de duas grandes expedições: “Parnaíba Vivo”, em abril e maio de 2001, e “Américo Vespúcio”, em novembro e dezembro de 2001, no rio São Francisco. Ambas as expedições foram inéditas, pois navegamos de ponta a ponta os dois maiores rios que banham a região Nordeste. Expedições nunca morrem. Cada vez que navegamos um rio sua história é recontada, já dizia o grego Heráclito: “Não atravessamos um rio duas vezes, porque tanto eu como o rio já não somos os mesmos”.


FMA – Qual foi sua motivação para organizar a expedição de exploração ao Parnaíba?
GG – Não, não fui eu o idealizador. Participei como convidado e observador (e muito aprendi com eles) pela Codevasf. Os organizadores foram o juiz Marlon Reis, a advogada Rosane Ibiapino e o Centro de Defesa das Nascentes do Parnaíba [CDPar]. Foi uma oportunidade única para conhecer o rio e suas cidades ribeirinhas, sua gente, sua vida, seu folclore, sua economia, junto a uma equipe de alto nível, tanto técnico quanto representativo das comunidades que espontaneamente embarcavam e desembarcavam no porto seguinte. Sem deixar de lado o real, vejo as expedições também pelo lado do imaginário. Só assim vale a pena embrenhar-se rio a dentro…


FMA – Vamos à expedição. Quanto tempo durou, como foi a travessia da barragem de Boa Esperança e que descobertas foram realizadas?
GG -Foram 22 dias de descida, desde Alto Parnaíba, no Maranhão, Santa Filomena, no Piauí, até Parnaíba e Luiz Correia, além de Araiozes e ilha de Santa Isabel, no delta. Um delta que é um éden de canais, igarapés, ilhas, mangues e dunas. Navegávamos das sete da manhã até pelas seis da tarde. Os pernoites eram no barco ou em hotéis das cidades ribeirinhas.
Passei até por Nova Iorque. Quem estava a bordo era o jornalista Francisco José, da TV Globo. Aliás, ele até gravou um Globo Repórter da Nova Iorque maranhense, comparando o maior edifício da cidade, uma padaria de dois pisos, com o Empire State Building e as Torres Gêmeas, que daí a quatro meses desabaram. Também enviei um postal para minha filha Luana com o carimbo de NY…


Geraldo Gentil


 


 


 


 


Ainda é comum a agricultura primitiva pelo sistema “cultivo no toco”. Urge um programa de melhoria de renda e a criação de muitas unidades de conservação. Os desmatamentos e as queimadas degradam as cabeceiras e margens dos rios.


FMA – E a viagem?
GG – Olha, navegando o lago de Boa Esperança de Uruçuí a Porto Alegre, e daí a Nova Iorque e Guadalupe, cruzamos a grande barragem num arriscado traslado do barco PIPES Navegação. O barco era de um verdadeiro herói brasileiro,  anônimo, chamado Pedro Iran Pereira Espírito Santo. Tinha 15 toneladas e chegou para navegar numa carreta Scania. Aqui descobrimos uma eclusa inacabada, cheia de mato, barrando a navegação. Se o rio Parnaíba tem enorme potencial hidroviário, a conclusão desta obra pela Chesf poderia alavancar o também enorme potencial de turismo fluvial e ecológico em toda a sua extensão, gerador de emprego e renda.
 São descobertas como estas, somadas à beleza cênica da paisagem, que mantinham os expedicionários alertas, boquiabertos e perplexos. Todos de prancheta, GPS e máquinas de filmar em punho. A propósito, tenho já pronto o projeto de turismo “Caminho do Velho Monge”, à semelhança do Caminho de Santiago e Caminho da Estrada Real, só que fluvial. Meus relatos de bordo são um brado de alerta e uma viagem gastronômica rio abaixo com suas peixadas ao cheiro verde, o “arroz maria-isabel”, a cajuína, a “manguerinha”, e claro, suas lendas: o “papagaio falador” de Amarante, o touro marruás de Porto, o cabeça de cuia…
(A PIPES também executou em 2001, a expedição Américo Vespúcio, percorrendo o rio São Francisco da nascente à foz. Até hoje, a PIPES não recebeu pelo trabalho prestado, que foi terceirizado à Domo Arquitetura e Projetos Culturais ,de Salvador-BA)


FMA – E as descobertas de gente, de povo, de ribeirinhos?
GG – Pelo lado humano, a maior lembrança é da pequena Jisuis (Jesus), uma criança de nove anos com aparência de seis, filha de pescadores de Porto. Era curiosa e vivaz, mesmo subnutrida. Guardo dela a alegria ao entrar no grande barco e ao receber uma bonequinha que compramos junto ao cais. Também um senhor que pediu para descer até Amarante – terra do poeta Da Costa e Silva – e arrependido e tremendo, confessou um desmatamento ciliar recente ao juiz que descia a bordo… São pessoas muito honestas que nem mesmo sabem a gravidade das agressões ambientais. Também o banho no igarapé na fazenda da Estiva à luz de lamparinas.
Jamais me esquecerei dos prefeitos nos recepcionando com bandas de música nos cais, e dos anfitriões hospitaleiros que nos recebiam em suas casas com comidas típicas, além dos bailados folclóricos, os bailes ao som da música brega e do reggae  maranhense.


FMA – Qual era a situação do rio naquela época?
GG – Olha, para falar a verdade, era de um rio ainda vivo, no alto curso, nas cabeceiras. Mas, sobrevoando a região, se pode ver o mosaico, a colcha de retalhos da soja lá embaixo, ocupando espaços.
Mais a baixo, o rio mostra os estertores da agonia nos terços médio e inferior. É impressionante a queda de barrancos no terço médio. Registramos os esgotos lançados de alto a baixo, as matas ciliares inexistentes em longos trechos, redes e “currais de peixes” nas desembocaduras de afluentes.
As próprias belezas cênicas eram ofuscadas por feridas e agressões aos ecossistemas ainda autóctones, como lavouras do agronegócio, até a altura de Uruçuí. Na região do baixo curso o deslumbrante complexo lacustre vem sendo drenado para cultivo de arroz e pastagens.
Na Área de Preservação Ambiental e na Reserva Extrativista [Resex] do delta do Parnaíba, o Ibama está alerta para manter sob controle a carcinocultura nos “salgados”, os cultivos tradicionais, a cata do caranguejo e o impacto do crescente turismo.


FMA – O senhor tem acompanhado a vida do rio após a expedição?
GG – Após a expedição voltei a Balsas para um seminário em que as lideranças e a comunidade pediam unidades de conservação nas cabeceiras do rio. Participei de outros encontros no Baixo Parnaíba até o delta. Desde a foz do rio Longá até o oceano, abrangendo 16 municípios.
Mas tenho acompanhado meio de longe a vida do rio. Hoje me dedico mais ao programa de revitalização do rio São Francisco. Nesses três anos e meio pós-expedição foram realizados dois grandes levantamentos pela Codevasf e o Governo do Piauí, visando o planejamento para o desenvolvimento sustentável da bacia: o Planap e o Zoneamento Ecológico-Econômico do Cerrado.
Mais recentemente voltei ao Núcleo de Desertificação de Gilbués no alto curso dos rios Uruçuí Vermelho e Gurguéia, em uma visita com vários técnicos de vários órgãos. Aliás, que a Folha do Meio Ambiente fez uma excelente matéria “O Deserto Vermelho”.
Espero que os projetos sejam encaminhados logo para aprovação. Sugeri aí a criação de um parque nacional, como uma forma de alavancar o setor terciário da economia nesta exótica região que abrange vários municípios.
Muitas outras unidades de conservação precisam ser implantadas com urgência, face à rapidez da ocupação na alta bacia e afluentes, notadamente o Balsas e os dois Uruçuí, o Vermelho e o Preto, rios cênicos por excelência. Aqui eu pergunto: como anda a APA do Uruçuí-Una? Os rios podem perder a corrida. Então será tarde.
Rio desmatado nas cabeceiras e  nas margens da calha principal e dos afluentes, é rio assoreado, é rio sem peixes. É rio morto.


FMA – O que pode ser feito agora?
GG – Quando descemos o rio era enorme o anseio dos ribeirinhos na busca de soluções e ações concretas em prol do rio e afluentes. Mas é preciso que as populações se apropriem dos citados estudos e levantamentos e dos relatos de bordo dos expedicionários que representavam os diversos organismos federais e estaduais. É preciso um programa de educação ambiental nas escolas, o saneamento, viveiro de mudas nas cidades. Tudo isto, para ontem!
Problemas pontuais e gerais ocorrem em toda a bacia, que embora escassamente povoada, já sofreu a colonização pela corrida do boi, assim como hoje sofre a corrida da soja .


Rio desmatado nas cabeceiras e  nas margens da calha principal e dos afluentes, é rio assoreado, é rio sem peixes. É rio morto.


Patrimônio a ser preservado


A expedição comprovou que é inadiável um plano de recuperação das matas ciliares.


FMA – O que mais chamou sua atenção como pesquisador?
GG – Parafraseando Heródoto, eu diria que o Piauí é uma dádiva do Parnaíba. Sem o Parnaíba como seria o Piauí? É um estado côncavo, suas águas correm para dentro, ao contrário de Minas Gerais, por exemplo, um estado convexo, montanhoso, cujas águas correm para fora rumo ao mar que não lhe pertence. Não esquecendo que a bacia abrange grande parte do Maranhão e parte do Ceará. No geral é um rio típico de planície, abrangendo três grandes biomas: Cerrado, Caatinga e zona costeira, como restingas, dunas e mangues. A pré-Amazônia começa aqui.
O Piauí é um dos estados brasileiros com mais rica biodiversidade, tanto animal quanto vegetal: são inesquecíveis as araras azuis em bandos, os jacús e o pássaro xexéu, peixes em piracema, buritizais, carnaubais e babaçuais, – que outro estado tem três ecossistemas de palmeiras? Vimos as “batedeiras” ou corredeiras e os sustos nelas passados. E os “talhados”, monolitos que bordejam as águas, impressionam pela majestade, e a luz solar que neles incide toma tonalidades e sombras que lembram as pirâmides do Egito.  E não podemos esquecer a jóia piauiense que é o Parque da Serra da Capivara, pela biodiversidade e pela antropologia.


FMA – Que ações emergenciais devem ser realizadas para preservar a vida no rio?
GG – Criar um programa de revitalização do Parnaíba é o caminho, à semelhança do rio São Francisco, e que na minha opinião não seria tarefa difícil  –  cada rio brasileiro hoje deveria ter seu plano – uma vez que já estão concluídos os levantamentos citados como o Planap, o ZEE e outros, fundamentais para um planejamento a médio e longo prazos. 
A curto prazo uma moratória nos desmatamentos é a solução inadiável. Os empresários, também na minha opinião, poderiam arrendar lotes dos projetos de irrigação “Tabuleiros Litorâneos” e de “São Bernardo” com toda a infraestrutura pronta, porém se encontravam desativados. A irrigação gera emprego, renda e alta produção em áreas reduzidas. Poderia assim reduzir a pressão sobre todas as nascentes e veredas. Evitaria a extinção dos buritizeiros encobertos pelas veredas barradas para pivôs e/ou assoreadas pela erosão do solo descoberto, e dos pequizeiros que ardem nos cerrados.
Urge o Ministério Público e o Ibama ajustarem termos de conduta junto aos empresários do Cerrado. Esses empresários devem saber das suas responsabilidades ao chegar a uma terra nova coberta de matas e rios até então límpidos. O valor dessa biodiversidade natural e hídrica é imensurável. Este é um patrimônio piauiense e maranhense que deve ser preservado.
Nesta expedição, podemos ver que  é  inadiável um plano de recuperação das matas ciliares. E o que fazer com a queda de barrancos após Floriano, que atinge o pico em Parnarama, até a altura de Teresina? O que fazer quando vimos barrancos de aluviões caindo como terremotos à passagem do barco?


FMA – Queria falar sobre a preservação do Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba. Um parque que ainda não saiu do papel e já está sendo degradado…
GG – É verdade! O rio Parnaíba é um dos mais importantes rios brasileiros, com uma extensão de 1.485 km e uma bacia de 330.000 km². Um dos méritos da Expedição Parnaíba Vivo foi chamar a atenção para o rio cantado em verso pelo poeta maior Da Costa e Silva. (*) [Saudade – o Parnaíba – velho monge / as barbas brancas alongando… e ao longe / o mugido dos bois da minha terra…”
FMA – E como foi a assinatura da Carta do Parnaíba?
GG – Foi bom lembrar. Antes da largada (16 de abril de 2001) aconteceu uma memorável audiência pública, organizada pelas autoridades e as populações de Alto Parnaíba, Santa Filomena e outros municípios da região. Quinze outras audiências foram realizadas rio abaixo. Então foi assinada a “Carta do Parnaíba”.
Vem daí e de outros pioneiros como Judson Barros na sua descida solo, a luta do CDPar e tantos outros, e mais recentemente o artista  Otoniel Fernandes na sua  viagem pictórica pelas pegadas do engenheiro Gustavo Dodt, a renascença da magia, das lendas e das cores do Parnaíba, 
Na largada, quando a gente estava bem perto das nascentes na chapada das Mangabeiras/serra da Tabatinga, me lembrei muito do provérbio chinês “Conheça a montanha para conhecer o rio”.
Urge criar novas unidades de conservação em todas as sub-bacias do Parnaíba. E mais: há que se levantar as nascentes, as altitudes e a extensão mais exata do rio pelos modernos meios de geoprocessamento.


FMA – E qual a conclusão, os frutos desta epopéia?
GG – Primeiro, fazer esses levantamentos. Aliás essa é uma proposta que fiz à Codevasf, registrada no meu relato de bordo “Navegando no Velho Monge – de Alto Parnaíba ao Delta e daí ao Oceano”, e enviado ao CDPar.
Mas, a cada viagem destas, a cada trabalho e a cada estudo que participo sobre rios brasileiros, me bate uma tristeza tremenda ao saber que todo este esforço, toda esta luta, todo esse grito de alerta pode ter sido em vão. Me sinto como mais um destes idealistas, verdadeiras formiguinhas ambientais, impotente perante o poder econômico e o poder político. São os fazendeiros pressionando a Justiça, são os políticos pressionando as autoridades administrativas, são os gananciosos dobrando a fiscalização…
Olha, fico até pensando quão verdadeiras são as palavras do editorial da Folha do Meio Ambiente de novembro de 2005. A Carta do Leitor da Folha do Meio Ambiente (edição 163/nov. 2005) foi muito feliz quando mostrou que “a preservação e a política ambiental defendidas com discursos e promessas, mas atacada com metralhadoras e motosseras”. É a pura verdade! Não podemos sucumbir às metralhadoras ambientais… E fico a pensar: temos que ser as árvores do Cerrado, que para resistirem nascem cascudas e tortuosas.


Glossário


APA – Área de Proteção Ambiental, que tem restrição de uso pelo Ibama.
Planap – Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba.
Parnaibano – O ribeirinho típico do rio Parnaíba.
CDPar – Centro de Defesa das Nascentes do rio Parnaíba. Estudos da Fundação Rio Parnaíba mostram que o rio nasce na Serra da Tabatinga, que limita Piauí e Bahia, Maranhão e Tocantins.
Da Costa e Silva – O poeta Antônio Francisco da Costa e Silva (*1885 + 1950), mais conhecido como Da Costa e Silva, nasceu em Amarante, no Piauí. Publicou os seguintes livros de poemas: Sangue (1908), Zodíaco (1917), Verhaeren (1917), Pandora (1919) e
Verônica (1927).


O Parque das Nascentes



O Parque das Nascentes, apesar de sua importância, ainda não saiu do papel


Proteger as nascentes do Rio Parnaíba foi o principal objetivo para se criar o Parque das Nascentes. O rio constitui a base econômica dos estados do Piauí e Maranhão onde milhares de pessoas dependem de suas águas para o abastecimento, irrigação, pesca e meio de transporte. A Bacia Hidrográfica do Parnaíba abrange cerca de 339.390 Km2 e envolve os estados do Piauí, Maranhão e Ceará. O Piauí domina 75% dessa bacia, o Maranhão 19% e o Ceará 6%. Na Tabatinga, no Alto Parnaíba, as nascentes se esboçam através de ressurgências na Chapada das Mangabeiras, que formam os cursos dos rios Lontra, Curriola e Água Quente. A união desses rios forma o rio Parnaíba.
Como sua nascente ainda é uma dúvida, o percurso do rio Parnaíba está estimado em 1.485km, até a foz no Oceano Atlântico, onde desemboca após se dividir em cinco grandes braços. O maravilhoso delta do Parnaíba é o divisor natural entre os estados do Piauí e Maranhão.
Infelizmente, pela ação predatória do homem, o rio Parnaíba e seus afluentes vêm sendo degradados sistematicamente num processo secular.
 Queimadas, erosão das margens, assoreamento do leito e lançamento de esgotos e lixo são uma constante. O problema já chegou às nascentes onde dezenas de produtores agrícolas, oriundos do Sul do país, ocuparam as terras públicas e instalaram projetos agrícolas.
Em 2004, uma vistoria realizada por técnico do Ibama/PI na área, detectou a existência de 22 grandes propriedades no platô da serra e um desmatamento de mais 30 mil hectares.
Ameaçado por ações de produtores agrícolas que ocupam terras nas fronteiras dos estados do Piauí, Maranhão, Bahia e Tocantins, o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba, de 730 mil hectares, pode ser extinto. Basta o Tribunal Superior de Justiça acatar a decisão do juiz da 3a Vara Federal – Sessão Judiciária do Distrito Federal, Osmani dos Santos, que suspendeu o decreto da criação do Parque, assinado pelo então presidente da República, FHC, em 2002.
O juiz atende ação movida por mais de dez proprietários de grandes projetos de soja em áreas do parque, que alegam não ter havido audiências públicas, quando de sua instalação. Mas vimos que 15 audiências públicas foram realizadas durante a expedição que precedeu a criação do parque. (SG)