Uso de cobaias
27 de abril de 2006O prefeito Cesar Maia, do Rio, vetou integralmente o projeto de lei 325/2005, que proibia o uso de animais em práticas experimentais que provoquem sofrimento físico ou psicológico, com objetivos pedagógicos, industriais, comerciais ou científicos. O polêmico projeto era de autoria do vereador Cláudio Cavalcanti (PFL). A SBPC fluminense havia se posicionado contra o projeto e… Ver artigo
O prefeito Cesar Maia, do Rio, vetou integralmente o projeto de lei 325/2005, que proibia o uso de animais em práticas experimentais que provoquem sofrimento físico ou psicológico, com objetivos pedagógicos, industriais, comerciais ou científicos.
O polêmico projeto era de autoria do vereador Cláudio Cavalcanti (PFL).
A SBPC fluminense havia se posicionado contra o projeto e em nota argumentou “que a lei inviabilizaria a realização de importantes pesquisas cientificas”.
Ão, ão e ão
A violência ambiental é pior do que uma bala perdida. Mata muito mais, só que aos pouquinhos.
É incrível como a sociedade carioca não se mobiliza para acabar de vez com a poluição da baia de Guanabara, que já levou dos cofres públicos mais de R$ 1 bilhão.
Nem mesmo se mobiliza para exigir dos governos a aplicação correta, honesta e transparente dos recursos.
Para falar e elogiar a instalação do moderno complexo petroquímico do Rio, o jornal O Globo, em editorial, voltou ao tema da despoluição da baía de Guanabara. E sentenciou o programa como desmoralizado.
Desmoralizado é eufemismo. O programa é um foco de corrupção, adulteração, poluição e malversação do dinheiro público.
Xerife das Rocas
“Se fosse para indicar uma pessoa para assumir o Atol das Rocas, infelizmente ela não sairia do Ibama. Nesses 15 anos de luta não encontrei uma pessoa que se mostrasse apta a tocar adiante esse projeto iniciado pelo oceanógrafo Gilberto Sales”.
Desabafo de Zélia Brito, a Xerife das Rocas, para a jornalista Silvia Pilz em OEco. Zélia Brito é chefe da Unidade e se diz cansada pela falta de dinheiro para tocar seus projetos e de brigar para que os governos e o Ibama dêem a devida importância à Rocas, um berçário de vida e uma jóia raríssima da natureza na costa brasileira.
Ameaça extrema
Ameaçados de despejo, índios de Dourados (MS) prometem suicídio coletivo.
Tudo começou quando a juíza federal Kátia Cilene Balugar Firmino deu prazo para um grupo de índios Guarani Kaiowa sair do acampamento onde vivem há dois anos.
Segundo a juíza, a área é particular e foi invadida. Mas os índios não aceitam e iniciaram uma série de rituais com danças, cânticos e promessas de vingança violenta.
“O despejo será um banho de sangue”, garantiu o líder, Avaité de Assis.
O grupo, que vive fora da Terra Indígena de Dourados-MS, de onde foi expulso por causa de desentendimentos com outros índios, está disposto até a cometer suicídio coletivo.
Esse é mais um triste capítulo na triste história dos índios brasileiros.
Cenários de destruição
No caso da elevação do nível dos mares, devido o aquecimento global, o Brasil também teria várias áreas de risco.
Poucos sabem, mas uma pesquisa do Inpe traz um cenário de destruição. A ilha de Marajó seria reduzida quase à metade.
O mesmo destino, por compartilhar de uma mesma geologia, teriam outras áreas como Santos (SP) e Atafona (RJ).
Os pesquisadores dizem que os efeitos vão começar a aparecer daqui uns 25 anos.
Atenção: é uma tragédia anunciada para alguns anos e não alguns milênios.
Madeira é certificada
Mesmo que a área de florestas certificadas no Brasil tenha crescido muito, apenas 2% da madeira comercializada vem de áreas certificadas.
Atualmente o Brasil conta com 64 florestas certificadas. Há 2 anos, eram 35.
Isso equivale, em área, a 3,7 milhões de hectares, sendo 2,3 milhões de áreas plantadas (pinus e eucaliptos) e 1,35 milhão de matas nativas.
Na Amazônia, a certificação tem se mostrado incompatível com a realidade da região. Existem apenas 16 empreendimentos privados e nove comunitários certificados pelo FSC.
Fraudes? Ah, é bom a fiscalização ficar de olho…
Rosalía, uma guerreira amazônida
Rosalía Arteaga esteve no plenário do Parlamento Equatoriano para falar sobre sua gestão à frente da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, atendendo um convite do presidente do Congresso equatoriano, deputado Wilfrido Lucero Bolaños.
Ex-presidente do Equador, perfeitamente adaptada em Brasília, a jornalista e educadora Rosalía Arteaga conseguiu com seu trabalho e carisma fortalecer institucional e politicamente a OTCA.
Até recursos extras juntos a organismos internacionais de cerca de US$ 18 milhões ela foi buscar para implementar programas na região Amazônica.
Rosalía é hoje unanimidade entre os nove países que fazem parte do Tratado.