Folha do Meio Ambiente

Segundo o coordenador da operação, analista ambiental Leonardo Teixeira, das 500 construções identificadas apenas uma possui licenciamento ambiental concedido pelo Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais, órgão ambiental ligado ao governo paulista. “Mesmo assim, essa licença ainda é passível de ser revista”, explica, pois está numa área ambientalmente sensível.
A operação revelou também que as construções encontradas em Ubatumirim são representativas de todos as faixas socioeconômicas. “Identificamos casas precárias, campings e também residências de alto padrão, inclusive com ligação de energia elétrica”, diz Teixeira. Para ele, essas infrações ambientais são preocupantes, pois ocorrem em área de Mata Atlântica, bioma já bastante ameaçado e com alto grau de endemismo (com espécies que só ocorrem ali). “Ao construir de maneira irregular, o cidadão contribui para destruir matas, soterrar nascentes, assorear cursos d’água, jogar esgotos nos rios e no mar e prejudicar muitas espécies da flora e da fauna que já estão ameaçadas de extinção”.
Outra constatação da operação aérea foi a de que o lixão de Ubatuba está em seu limite máximo. Técnicos da prefeitura local informaram que uma nova área para instalação de um aterro sanitário definitivo já está sendo procurada.

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