A Bahia em 266,6%
24 de maio de 2006A monocultura de eucalipto traz um forte impacto ambiental, mas tem valorizado muito as terras do sul da Bahia. A presença de grandes fabricantes de celulose na região trouxe duas conseqüências imediatas: a perda ainda maior de mata atlântica e a explosão do preço da terra. Desde 2004, quando Aracruz, Suzano e Veracel aumentaram as compras de… Ver artigo
A monocultura de eucalipto traz um forte impacto ambiental, mas tem valorizado muito as terras do sul da Bahia.
A presença de grandes fabricantes de celulose na região trouxe duas conseqüências imediatas: a perda ainda maior de mata atlântica e a explosão do preço da terra.
Desde 2004, quando Aracruz, Suzano e Veracel aumentaram as compras de propriedades para plantar eucalipto, o preço médio de um hectare subiu 266,6%, passando de R$1.200 e hoje está em R$4.400.
Juntas, as empresas detêm cerca de 500 mil ha da matéria-prima para a fabricação da celulose plantados em 30 municípios.
Detalhe importante: as empresas encontraram uma solução para ampliar as suas presenças na Bahia, reduzir custos e manter o mercado.
Como? Simples: financiam pequenos produtores interessados em plantar eucalipto.
Aí, todas as responsabilidades (plantio e meio ambiente) saem das mãos da Veracel, Aracruz e Suzano.
O capital é engenhoso…
Dessalinização e reúso
O Brasil acaba de fazer um projeto de Sistema Integrado de dessalinização muito interessante.
Além de produzir água potável, o sistema vai reaproveitar o sal proveniente para a criação de tilápias rosas e no cultivo de uma planta conhecida como erva-sal, utilizada na alimentação de caprinos e ovinos.
Os peixes são vendidos pela comunidade e os recursos serão revertidos no próprio projeto.
O programa será aplicado em 22 comunidades de 11 estados do Semi-Árido: PB, AL, CE, PI, BA, RN, SE, MA, PE, MG e ES.
Pantanal
Nem Mato Grosso e nem Mato Grosso do Sul.
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) apresentou projeto para a criação do Território do Pantanal.
A planície do novo Território terá uma área de 138 mil km2, com 5 municípios do MT e 17 do MS.
Gabeira, ambientalista de primeira hora, tem uma tese interessante: o fato de áreas do Pantanal estarem distribuídas em dois estados acaba provocando um jogo de empurra na realização de políticas ambientais.
Haja vista, por exemplo, a determinação da data da piracema, com a proibição da pesca.
Torionita
A Amazônia é mundão aberto a todo tipo de fraude: biopirataria, venda ilegal de madeira, tráfico de animais e agora a Polícia Federal investiga o comércio ilegal de minério radioativo: a torionita.
A torionita, rica em tório e urânio, foi localizada na Serra do Navio, no Parque Nacional de Tumucumaque.
A reserva está sendo explorada, dilapidada e contrabandeada por garimpeiros, comerciantes e doleiros da região.
Enquanto técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear se deslocam para o Amapá para conscientizar os moradores a ficarem longe do minério devido à intoxicação, o garimpeiros e contrabandistas fazem a festa.
O dia deles é hoje cotado em dólar. Com intoxicação ou sem intoxicação.
Doença do trânsito
“Acidente de trânsito não é fatalidade. É, sim, uma doença que pode ser tratada, evitada e curada”.
Disciplina e civilidade no trânsito também é qualidade de vida.
Do lado de cá do Pantanal
A siderúrgica EBX, do empresário Eike Batista, que estava sendo construída do lado de lá, na Bolívia, vai atravessar o rio Paraguai e aportar do lado de cá, em Corumbá.
Eike já havia investido US$ 60 milhões no local e empregava 900 bolivianos para a fase de construção. Para transpor os alto-fornos para o Brasil deverá gastar mais US$ 20 milhões.
Segundo o empresário, o parque industrial ocupará 60ha para a construção e outros 33.800ha (fora da bacia pantaneira) serão usados para produção de carvão vegetal feito de eucalipto.
Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, José Elias Moreira, a construção da indústria pode se iniciar em junho após aprovação do EIA-Rima.
No EIA-Rima, foram apontados 15 tipos de impactos negativos no Pantanal.
Os ambientalistas estão de olho!
Escoteiros pela paz e solidariedade
Brasília vai receber, em julho, voluntários da maior ONG do mundo: o movimento escoteiro, que tem mais de 28 milhões de membros, em 155 países. Só no Brasil, são mais de 60 mil.
Do dia 16 ao dia 21 de julho, a capital brasileira celebra o que se chama Jamboree nacional – ou o grande encontro – com a participação de mais de 5 mil jovens.
Tema do encontro é o tema da vida: meio ambiente, água, astronomia, cultura, arte, sexualidade, saúde e empreendedorismo.
Tudo pela solidariedade e pela paz!