Falando muito sério...

Temporada de incêndios no Cerrado

24 de maio de 2006

“Toda beleza de um Cerrado razoavelmente bem protegido, aonde a soja ou o algodão ainda não chegou, prenuncia a catástrofe anual, tão inevitável e precisa como o canto do “fogo apagou”: os incêndios colocados pelos ignorantes e mal intencionados. Aí tudo se transforma. A luta contra o fogo no Cerrado é na maioria das vezes… Ver artigo

“Toda beleza de um Cerrado razoavelmente bem protegido, aonde a soja ou o algodão ainda não chegou, prenuncia a catástrofe anual, tão inevitável e precisa como o canto do “fogo apagou”: os incêndios colocados pelos ignorantes e mal intencionados. Aí tudo se transforma. A luta contra o fogo no Cerrado é na maioria das vezes inglória; pior, ela é perdida de antemão ou antecipadamente frustrante. Mesmo quando alguns abnegados conseguem apagar alguns focos de incêndios, outros surgem, graças ao vento inocentemente perverso. Não há esforço humano capaz de deter o fogo colocado por outro ser humano quando usa sua inteligência maldosa”.


De Maria Tereza Jorge Pádua, fundadora da Funatura, membro da Fundação O Boticário e da comissão mundial de Parques Nacionais da UICN, em OEco.  


Amazônia na devida conta


 “A integração da América do Sul não teve resultados melhores porque nunca se levou na devida conta a questão da Amazônia. Se tomarmos a região como um ponto de partida, talvez os resultados sejam mais positivos”.


Da jornalista Rosalía Arteaga, Secretária-Geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica-OTCA, mostrando que o narcotráfico, expansão da produção agrícola, focos de tensão fronteiriços e biopirataria são alguns dos problemas que a Amazônia tem de enfrentar neste século.


 


Sobrevivência da espécie humana


“Se alguma coisa dá errado, reflito sobre a maneira como posso transformar a situação problemática em uma vantagem. Esse é um truque muito importante na vida.”


Frase pinçada da página 210 do livro Sinfonia Inacabada, da jornalista Lílian Dreyer, sobre a vida do ambientalista José Lutzenberger, vencedor de mais de quarenta prêmios internacionais, entre eles o The Right Livelihood Award, considerado o Nobel Alternativo. Lutz, como era chamado pelos amigos, faleceu em maio de 2002, e sua maior preocupação não era o futuro do planeta Terra, mas a sobrevivência da espécie humana.


Por bem ou por mal


 “Ou nos integramos pelo bem, pelo comércio, pela tecnologia e pela cooperação, ou nos integramos pelo mal, pela guerrilha, pelo narcotráfico ou pelo contrabando”.


Do ministro Celso Amorim, das Relações Exteriores, em audiência pública no Senado Federal sobre a crise do gás com a Bolívia, um país que têm quatro estados brasileiros como fronteira.


 


Gol contra em Viena


 “O Brasil é o campeão mundial de futebol mas, infelizmente, o país também é o campeão do desmatamento das florestas tropicais, que estão sendo convertidas em plantações de soja, usada para alimentar gado e frango na Europa, a um ritmo alarmante. Os consumidores europeus não querem comprar e comer produtos que promovem a destruição da Amazônia, a maior floresta do mundo”.


De Christoph Thies, coordenador da campanha de florestas do Greenpeace, durante
o protesto em Viena (Áustria) quando o presidente Lula chegou para a Cúpula UE-América Latina/Caribe.
Os ativistas estavam vestidos com o uniforme da seleção brasileira e seguravam bandeiras com a mensagem: “Don’t Play with the Amazon. Não joguem com a Amazônia”.