Coluna do Meio

Hidrelétrica do Paraibuna

14 de junho de 2006

 Parece que as corredeiras do rio Paraibuna, entre Levy Gasparian (RJ) e Santana do Deserto (MG), estão com os dias contados. Vem aí uma usina hidrelétrica que vai formar um lado de 2 milhões de metros quadrados. Ambientalistas, esportistas e empresários da região finalizaram uma ação judicial contra a obra que está planejada para começar ainda… Ver artigo

 Parece que as corredeiras do rio Paraibuna, entre Levy Gasparian (RJ) e Santana do Deserto (MG), estão com os dias contados. Vem aí uma usina hidrelétrica que vai formar um lado de 2 milhões de metros quadrados.
 Ambientalistas, esportistas e empresários da região finalizaram uma ação judicial contra a obra que está planejada para começar ainda em julho.
 0 projeto divide o rio em duas correntes. Uma formará o lago para gerar até 30 MW. A outra comporá as corredeiras.
 O hoteleiro Edson Médici garante: “É um dos maiores crimes ambientais do país. A região é aurífera. Assim que o rio for represado, milhares de garimpeiros invadirão a área”.


Responsabilidade ambiental


 Uma dica para as empresas que queiram participar do mais importante negócio do momento:  a prática do controle socioambiental.
 O BID está com recursos para treinar dirigentes de 120 empresas, numa parceria com o Instituto Ethos.
 O programa do BID visa popularizar os conceitos de responsabilidade social.
 A idéia é que grandes empresas, de sete setores diferentes, treinem seus clientes e fornecedores, em toda a cadeia de negócios, para adotar práticas de controle socioambiental.
 Orçamento para esta revolução do bem: US$ 2,6 milhões.
 São estas as empresas-âncora escolhidas pelo BID: Belgo-Arcelor (siderurgia); Petrobrás (petróleo e gás); CPFL (energia elétrica); Pão de Açúcar/Extra (varejo); CVRD (mineração); Takaoka/Gafisa (construção civil) e Camargo Corrêa (grandes obras).
 Um detalhe: ainda não foi escolhida uma empresa-âncora para o setor sucroalcooleiro.


Tempo da reciclagem “Nós trabalhamos com o objetivo de tornar  nossos produtos obsoletos, antes que outros o façam.” 
BILL GATES


AMAZÔNICA – O repasse, em dólar, significou a maior doação individual já feita na história do WWF: 20 milhões de dólares. Os doadores: Roger e Vicki Sant, presidente da The Summit Foundation. Participaram da solenidade, na Embaixada do Brasil, em Washington, o embaixador Roberto Abdenur e o presidente do Conselho Diretor do WWF-Brasil, Álvaro de Souza. A doação vai permitir ao WWF-EUA manter seu apoio a trabalhos de conservação de longo termo como o Áreas Protegidas da Amazônia.
DIVERSIDADE – São Paulo, capital, abriga 433 espécies diferentes de animais. O número inédito, fruto de 12 anos de estudos, foi consolidado com o mapeamento de 48 parques e áreas verdes da cidade, em terrenos municipais, estaduais e particulares. Do total, há 25 espécies ameaçadas de extinção.
SEM-ALDEIA – Depois dos Sem-Terra e dos Sem-Teto apareceu mais um: os Sem-Aldeia. Cerca de 180 índios Guarani Kaiowá da Terra Indígena (TI) Ñande Ru Marangatu (MS), homologada pelo presidente Lula em 2005, vivem desde dezembro acampados nas margens da Rodovia MS-384. Eles foram expulsos da TI quando o STF anulou sua regularização. Hoje, convivem com o medo da violência, decorrente do conflito pela terra com os fazendeiros.


Peixes ornamentais


 No exterior eles custam uma fortuna. Aqui nos rios da Amazônia são pescados de forma ilegal e sem critérios de preservação. São os peixinhos ornamentais.
 O Ministério Público do Amazonas jogou sua rede e quer coibir o contrabando desses animais. Acaba de solicitar a instalação de pelo menos um posto de fiscalização do Ibama em Barcelos, na margem direita do Rio Negro.
 Dessa cidade, cerca de 20 milhões de peixes ornamentais são exportados todos os anos.
 A Polícia Federal já está investigando denúncia feita por 20 comunidades indígenas de Santa Isabel do Rio Negro (AM).
 Pior da história: pescadores bolivianos e colombianos estão capturando peixes ornamentais em rios brasileiros.


Maravilha em 2g


 O Brasil, segundo os ornitólogos, tem 78 espécies de beija-flor.
 Só o Distrito Federal abriga 26 espécies, inclusive o Heliactin bilophus, um dos menores beija-flores brasileiros.
 Ele tem apenas 11cm do bico à  calda, pesa duas gramas e só existe no Cerrado do Brasil-Central.
 Uma maravilha da natureza!


Beagá reprovada


 A denúncia é grave: 50% da frota de Belo Horizonte estão lançando na atmosfera poluentes acima do limite permitido pelo Conama.
 A constatação é da UFMG e da Fundação Estadual do Meio Ambiente que estudou o problema e promoveu uma Inspeção Veicular entre junho de 2003 e novembro de 2005.
 Dos 1.524 veículos inspecionados, 751 (49,3%) não passaram no teste.
 Não é à toa que a qualidade do ar na capital mineira só tende a piorar, se não for tomada uma providência.


CUMPRA-SE!


 O STF declarou inconstitucional lei do Paraná sobre rótulo de transgênicos.
 A decisão foi fruto do julgamento de uma Ação Direta de Inconstitucionaldade e ocorreu dois meses depois de a lei entrar em vigor.
 Regulamentada por Requião durante a COP-8, a norma era mais rigorosa do que a lei federal, pois exigia a rotulagem com advertência da existência de transgênicos qualquer que fosse o teor contido.
 A norma federal considera necessária a advertência só para alimentos que tenham mais de 1% de OGMs.