Folha do Meio Ambiente

Os próprios ambientalistas consideram deficiente o trabalho da SEMA devido a grande demanda de trabalho. Por este motivo há atrasos nas licenças e principalmente a fiscalização fica comprometida. “Mas será muito pior para o setor ficar sem uma secretaria especifica”, garante o ambientalista Alessando Menezes. De acordo com as informações veiculadas na imprensa, a Sema seria integrada à já atarefada Secretaria de Planejamento, que conta com as áreas de Ciência, Tecnologia e Cidades. O Movimento ambiental entende que o planejamento urbano está diretamente ligado ao meio ambiente, porém nesta sobrecarga de áreas quem sempre perde é a natureza.

 A CARTA

Campo Grande, 23 de novembro de 2006

As organizações abaixo assinadas vêm de público manifestar preocupação com notícias veiculadas nos últimos dias dando conta de que o futuro governador, Sr. André Puccinelli, pretende extinguir a Secretaria de Meio Ambiente e incorporar as atividades pertinentes a um órgão que teria a seu cargo as áreas de Planejamento, Ciência, Tecnologia e Cidades.
O objetivo seria concentrar recursos para investimentos no Estado. Entendemos que nenhuma experiência anterior desta natureza – colocar a área ambiental sob o manto de outras áreas – resultou em políticas adequadas de desenvolvimento sustentável, construção esta esperada para a próxima administração.  No Mato Grosso, o governador Blairo Maggi também extinguiu de início a secretaria da área, para, algum tempo depois, recriá-la. Sabemos que a simples existência de uma secretaria não é garantia de rumos adequados, mas, também, é sabido que a ausência dela fecha portas para construções necessárias e o surgimento de processos econômicos modernos.
Mato Grosso do Sul tem como um dos suportes diretos de sua economia seu solo e sua água – particularmente a pecuária, a agricultura e o turismo. Não ter um organismo fortalecido, de primeiro escalão, é, a rigor, abandonar uma, senão a principal, possibilidade de crescimento econômico e o estabelecimento de um novo patamar na qualidade de vida dos que vivem no Estado.

Ecoa-Ecologia e Ação – Rede Pantanal – Instituto Terra – Fórum de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de MS – CEDAMPO – ASPADAMA  – Instituto Balsamo – Ecotrópica – FUCONAMS – GENNUS – Organização de Cooperação Indígena e Gênero – PratiquEcologia – Vida Pantaneira  – Vida Nativa – Eco-Chaco  – Paz Natureza e Pantanal –  SOS Mata Atlântica – Associação Cerrado Vivo