Saneamento na Ordem do Dia
20 de novembro de 2006O Presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, informou que ainda na sessão legislativa de 2006 poderá ser incluído na Ordem do Dia para votação o projeto de lei 7.361/06 que dispõe sobre a Política Nacional de Saneamento Básico. O texto teve como base o projeto de lei nº 5.295 de 2005, do Poder Executivo. Uma… Ver artigo
O Presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, informou que ainda na sessão legislativa de 2006 poderá ser incluído na Ordem do Dia para votação o projeto de lei 7.361/06 que dispõe sobre a Política Nacional de Saneamento Básico.
O texto teve como base o projeto de lei nº 5.295 de 2005, do Poder Executivo. Uma das principais diferenças é que a proposta elaborada na Câmara não incluiu os dispositivos que detalhavam a organização e o funcionamento do Sistema Nacional de Saneamento, cujo órgão central seria o Ministério das Cidades.
O projeto pronto para votação manteve a previsão de criação do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico um banco de informações sobre o setor que estará disponível ao público por meio da Internet.
Saneamento e a titularidade
O Supremo Tribunal Federal pode decidir a qualquer momento se os serviços de saneamento devem ser explorados pelos Estados ou pelos Municípios, encerrando uma disputa que se arrasta há anos.
Segundo o deputado Júlio Lopes (PP-RJ) relator do projeto de lei do saneamento, qualquer que seja a decisão que vier a ser tomada pelo tribunal, não haverá nenhum obstáculo à votação da matéria no plenário da Câmara dos Deputados.
Saneamento e a regulamentação
Conforme o deputado Júlio Lopes, o PL 7.361/06 contém dispositivos de regulamentação mínima para a elaboração do Plano Nacional de Saneamento Básico, com indicações para os planos dos demais entes da Federação.
Entre outros pontos, o texto preserva os interesses dos catadores de materiais recicláveis e prevê a criação de agências reguladoras.
Além disso, a proposta regulamenta a elaboração de contratos de prestação de serviços na área de saneamento e exige a realização de audiências públicas sobre o edital de licitação, no caso de concessão, e sobre a minuta de contrato.
As duas condições básicas para a melhoria dos serviços de saneamento são a definição das prioridades de investimento, preferencialmente a partir dos dados sobre as condições de saúde da população, e a garantia de eficiência do sistema.
Saneamento: Brasil pior
O estudo “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – Uma visão a partir da América Latina e do Caribe”, divulgado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), aponta o Brasil entre os países latino-americanos que ainda não cumpriram a meta de reduzir pela metade a parcela da população sem acesso a água potável.
Os dados mostram que a proporção da população rural brasileira com acesso a saneamento adequado caiu de 37% em 1990 para 35% em 2002.
Enquanto a América Latina e o Caribe avançaram 21,7% em relação à meta – um ritmo menor do que o necessário – o Brasil retrocedeu 6,3%.
Kátia Abreu e os transgênicos
A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados vai apreciar o Projeto de Lei nº 5.964, de 2005, da deputada Kátia Abreu (PFL-TO), recentemente eleita para o Senado, que autoriza, em duas circunstâncias, a utilização, a comercialização, o registro, o patenteamento e o licenciamento das “tecnologias genéticas de restrição de uso”, conhecidas internacionalmente pela sigla Gurt.
Essas tecnologias produzem as chamadas sementes estéreis que servem para o plantio de uma única safra e não geram novas sementes.
De acordo com o projeto, a autorização será dada quando a tecnologia comprovadamente não impedir a multiplicação vegetativa da variedade geneticamente modificada, deixando, assim, de causar uma restrição total do uso dessa variedade.
Inácio e o biodiesel
O deputado Inácio Arruda (PcdoB-CE), recentemente eleito senador pelo seu Estado, disse que durante seu mandato de oito anos defenderá os principais projetos de desenvolvimento do Ceará, com ênfase à construção da usina de biodiesel de Quixadá, na região central do Estado.
A usina prevê a produção de cerca de dez mil toneladas de biodiesel por ano, o que exigirá o plantio de 25 mil novos hectares de mamona, com posterior ampliação dessa área plantada para 30 mil hectares.
Deverão ser criados oito mil empregos diretos e beneficiados cerca de 12.500 pequenos produtores.
Álvaro Dias e o Código Florestal
Está em pauta na Comissão de Meio Ambiente do Senado o projeto de autoria do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), permitindo que, nas propriedades rurais, a área de preservação permanente seja incluída no cálculo da reserva legal dessas unidades.
Em seu parecer, o relator do projeto, senador Jonas Pinheiro (PFL-MT) alega que o projeto busca a conciliação entre o desenvolvimento socioeconômico e a proteção do meio ambiente, ao sugerir que a vegetação nativa existente em área de preservação permanente possa ser incluída no cálculo percentual da reserva legal das propriedades rurais situadas em área de cerrado na Amazônia.
O projeto garante efetividade da recomposição florestal (florestamento, reflorestamento e recuperação) ao estabelecer, de forma explícita, que essa responsabilidade recai sobre o proprietário das terras.
Paulo Feijó e a segurança nuclear
Está na pauta da Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal o PL 7.068/2006, originário da Comissão de Meio Ambiente, que regulamenta o acesso público aos documentos e processos administrativos que tratem de matéria de radioproteção, salvaguarda e segurança nuclear.
De acordo com a proposta, o órgão regulador da área de radioproteção e segurança nuclear ficará obrigado a fornecer informações sobre instalações nucleares e radioativas, rejeitos nucleares e acidentes, situações de risco ou planos de emergência nuclear e radioativa.
O relator do projeto, deputado Paulo Feijó (PSDB-RJ), considera a matéria um avanço importante na área de segurança nuclear, contribuindo para reduzir a vulnerabilidade do País nesse importante setor.
Virgílio e a privatização da Amazônia
O líder do PSDB no Senado, Artur Virgílio (AM) apresentou em plenário requerimento de informações ao ministro Celso Amorim, sobre um suposto projeto do governo britânico de transformar a Amazônia em área privatizada internacional.
Para Artur Virgílio “é urgente um pronunciamento do Itamaraty sobre o assunto, que sem dúvida a se confirmar o noticiário, representaria clara agressão à soberania brasileira.”
Ideli Salvati, líder do PT, apoiou o discurso e disse que “não se deve sequer admitir que estrangeiros estejam debatendo o tema.”
“As três grandes causas de alterações da natureza são: o aumento da população da Terra; a revolução científico tecnológica que aumentou o poder de
manipulação da natureza e a capacitade de causar impactos ambientais;
e a nossa relação com o ambiente mudou para pior”.
Do ex-vice Al Gore no filme Uma Verdade Inconveniente