Corpo & Saúde

Entendendo a Pirâmide Alimentar

20 de novembro de 2006

  A verdade é que hábito alimentar saudável acrescido de uma prática de atividade física é garantia de saúde, boa disposição e qualidade de vida. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% dos casos de doenças coronarianas, 90% dos casos de diabetes tipo 2 e 30% dos casos de câncer poderiam ser… Ver artigo

 


A verdade é que hábito alimentar saudável acrescido de uma prática de atividade física é garantia de saúde, boa disposição e qualidade de vida. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% dos casos de doenças coronarianas, 90% dos casos de diabetes tipo 2 e 30% dos casos de câncer poderiam ser evitados com mudanças factíveis nos hábitos alimentares e na prática de exercícios físicos.
Suprir todas as necessidades nutricionais do organismo significa combinar vários tipos de alimentos, pois alguns nutrientes estão mais concentrados ou presentes em um determinado grupo de alimentos do que em outros. Para entender melhor a distribuição dos alimentos na prática de uma alimentação saudável a Pirâmide Alimentar é uma boa opção.



Pirâmide alimentar adaptada: guia para as escolha dos alimentos. S. T. Philipp et al.


A pirâmide tem quatro níveis com 8 grupos de alimentos.
Os alimentos dispostos na base devem ter uma participação maior no total de calorias da sua alimentação, ou seja,
devem ser consumidos em maior quantidade, ao contrário dos alimentos dispostos no topo da pirâmide, que devem contribuir com a menor parte das calorias de toda a sua
alimentação diária.


Ela mostra a proporção entre os grupos de alimentos que devemos consumir diariamente para termos uma alimentação adequada nutricionalmente e indica as porções recomendadas para o consumo diário.
Todos os grupos de alimentos nela representados são importantes para suprir as necessidades de nutrientes do organismo e manter sua saúde. Cada grupo é fonte de nutrientes específicos e essenciais, por isso, todos os grupos devem ser consumidos diariamente, em suas quantidades adequadas, que variam de acordo com as necessidades de cada indivíduo. Vale ressaltar que não podemos substituir um grupo pelo outro, já que nenhum deles é mais importante que o outro e que cada um tem sua função.
As quantidades de porções que uma pessoa necessita dependem do seu tamanho (peso e altura), sexo, idade e do seu nível de atividade física. Mas a proporção entre as porções é sempre a mesma, mesmo para indivíduos com necessidades energéticas bem diferentes uns dos outros. 


 o  Grupo dos pães, cereais, massas, tubérculos e raízes: fonte de carboidrato, são chamados de alimentos energéticos, por fornecer energia para o organismo. Pães, massas e biscoitos integrais são ainda boa fonte de fibras, que ajudam no funcionamento do intestino.
 o  Grupo das frutas e das hortaliças (todas as verduras e legumes): fontes de vitaminas e sais minerais. São chamados de alimentos reguladores, porque atuam no funcionamento do organismo. Também possuem boa quantidade de fibras.
 o  Grupo das carnes (carne bovina e suína, aves, peixes, ovos, miúdos e vísceras): fonte de proteína, são chamados de alimentos construtores, por fornecer para o organismo o material para produção dos tecidos, enzimas e compostos do sistema de defesa. Além disso, são alimentos ricos em ferro e vitaminas B6 e B12.
 o  Grupo das leguminosas (feijão, soja, ervilha, lentilha, grão de bico e fava): fonte também de proteína, de origem vegetal, e de fibras.
 o  Grupo do leite e produtos lácteos (queijo, iogurte, creme de leite): são os maiores fornecedores de cálcio, mineral envolvido na formação dos ossos e dentes, na contração dos músculos do corpo e na ação do sistema nervoso. Além disso, possuem uma boa quantidade de proteína de boa qualidade.
 o  Grupo das gorduras e açúcares (margarina, manteiga, banha e óleos vegetais e os chocolates, doces, sorvetes e biscoitos recheados): são ricos em gordura e/ou açúcar. Devem ser consumidos em menor quantidade em relação aos outros grupos, porque esses alimentos já existem de forma natural na composição ou adicionados, em vários alimentos e preparações. Em excesso, contribuem para o aparecimento da obesidade, doenças cardiovasculares, hipertensão, hipercolesterolemia e diabetes.


PERGUNTAS FREQUENTES


O açúcar rouba energia do corpo?
Ao contrário, fornece energia. O que acontece é que ele fornece calorias vazias, ou seja, sem nutrientes. Diz-se que rouba energia porque, em seu lugar, o corpo poderia receber calorias vindas de alimentos que trariam também outros nutrientes, o que é mais saudável.


O açúcar pode ser substituído, sem problemas, por mel ou frutas?
Pode sim. Mas use com moderação, porque o mel apesar de ser um alimento nutritivo, é tão calórico quanto o açúcar, e por causa do botulismo, não é indicado para crianças com menos de 1 ano. Quanto às frutas, são uma boa opção.


(*) Jussara Helou de Mesquita é Nutricionista –
CRN1-3905 – [email protected]