Campos de Pinus da Serra

20 de dezembro de 2006

A ameaça do deserto verde


Acima: Veste-amarela (Xanthopsar flavus)



Ao lado: Caboclinho-de-barriga-preta (Sporophila melanogaster)


 


A alta lucratividade do setor madeireiro tem pressionado o desmatamento em toda a região serrana do RS e SC e, até mesmo, a substituição pela pecuária extensiva, o que é prejudicial para as áreas de campo nativo, onde sobrevi-vem diversas espécies de fauna típicas dessa fisionomia vegetal.
Diversas pesquisas comprovaram a baixa diversidade de fauna no interior dessas monoculturas e por isso, à medida em que elas avançam, reduz-se a área de distribuição de diversas espécies de fauna e flora, sobretudo as endêmicas e ameaçadas de extinção.
A destruição da Mata de Araucária se concretiza através de diversos mecanismos. Entre eles, pode-se citar a utilização desonesta de licenças de corte concedidas pelos órgão ambientais para acobertar desmatamentos ilegais, desmatando além do autorizado.
Outro artifício usado é o corte de áreas de difícil acesso com a ma-nutenção das bordas, a fim de acobertar o crime das vistas da fiscalização.


 


Ronaldo G. A. Costa (biólogo e Presidente do Conselho Consultivo da Fundação Rio Ibirapuitã – Lages-SC)