Folha do Meio Ambiente

Amazônia 43 graus

 ” É muito bom ver na TV Globo a minissérie “Amazônia – De Galvez a Chico Mendes”. É o trabalho da vida da escritora Glória Perez, afinal ela mostra a história, os mitos e as magias da terra onde nasceu.
 É bom, também, por que o sul maravilha fica sabendo de como foi a odisséia da conquista do Acre e da vida na floresta amazônica, uma região que está sempre na ordem do dia.
 Por exemplo: agora veio o alerta do meteorologista José Antônio Marengo, do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Inpe: “Daqui a cem anos a temperatura  média da Amazônia poderá subir uns 8° graus centígrados. Pior: o volume de chuva pode cair uns 20%”.
 E a causa dessa projeção pessimista é simples:  basta as nações deixarem de respeitar o protocolo de Kioto e conti
nuar o desmatamento desenfreado.

O que é, o que é?

O que é energia renovável?
 Energia renovável é aquela obtida de fontes naturais e que não se esgotam. Ou seja, se renovam. Há vários exem
plos de energias renováveis:
1 – A energia solar;
2 – A energia hidroelétrica, proveniente dos rios e correntes de água doce;
3 – A energia mareomotriz, proveniente das ondas dos mares e oceanos;
4 – A energia eólica, originada dos ventos que movem grandes hélices;
5 – A energia geotérmica, proveniente do calor da Terra.

Compras verdes

 O prefeito Gilberto Kassab gosta de inovar.
 Primeiro foram os outdoors. Numa penada ele colocou ordem no pandemônio que virou o espaço público em São Paulo com outdoors, front-lights e painéis poluindo visualmente as avenidas paulistanas.
 Agora veio a compra verde. Uma construtora pode ser idônea, oferecer o menor preço, mas se não usar madeira certificada no canteiro de obras, está fora. Não será selecionada.
 Decreto assinado pelo prefeito Gilberto Kassab (PFL) determina a criação de um grupo intersecretarial para estudar e instituir critérios ambientais a serem adotados na seleção de fornecedores e prestadores de serviço.
 Um passo em direção ao futuro.

Ilha de Marajó

 Os números não assustam no primeiro momento: apenas 10 milímetros por ano. Mas, na perspectiva histórica estes 10mm significam muito.
 O fato é que pesquisadores norte-americanos atestaram que a maior
ilha fluvial do mundo, Marajó, diminui a cada ano. Isso porque um fenômeno natural está alargando a foz do Rio Amazonas.
 Para comprovar a tese, um grupo de pesquisadores da Universidade Fede
ral do Pará começa a monitorar o comportamento da desembocadura do maior rio do mundo.
 O monitoramento será feito com ajuda de um satélite canadense e com radares.
 Os pesquisadores sabem que a taxa de alargamento da foz , se deve ao grande volume de sedimentos trazidos dos Andes pelo grande rio e que se acumulam na foz.

A Terra, como morada, e a vida, como um bem sobrenatural, só serão salvos pelo debate honesto e pelas parcerias verdadeiras que tragam no seu bojo muita generosidade e ética. 

Couromoda

 Palmas para a feira internacional do setor calçadista.
  A Couromoda, realizada em São Paulo, foi o primeiro grande evento de negócios no Brasil que se baseou numa política de sustentabilidade socioambiental.
Novidades da Couromoda:
1 – Plantio de cerca de 400 árvores para neutralizar as emissões gás carbônico.
2 – Os resíduos produzidos durante a feira foram destinados a ONGs que trabalham com catadores de lixo.
3 – Foram traçadas metas para redução do consumo de energia elétrica e uso de materiais para as próximas feiras.
  Um bom exemplo a ser seguido pelo PAN, no Rio, e outras feiras de negócios realizadas no Brasil.
 Outra boa notícia: já existem consultorias especia
lizadas na busca de fazer um grande evento sustentável.

Novo cactário no JB

 As bromélias e os cactos são as novas estrelas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
 Depois de fechado por mais de 15 anos, foi reaberto o novo cactário. Também foi feita a expansão do bromeliário, que terá estufa para exposição.
 Para o curador de plantas vivas do jardim, Cláudio Nicoletti, a área das bromélias, que acaba de ser aberta ao público, vai abrigar dez mil plantas de 400 espécies.
 Já o espaço dos cactos ganhou mil plantas de 300 espécies distintas.
 A bromélia é o gênero com maior número de plantas na nova lista da flora ameaçada de extinção, que será publicada pelo Ibama.