Editorial

Caro Leitor

21 de março de 2007

Mãos à obra  “A Terra não pode acabar”. É esse o tema para o Dia Mundial da Água, nesse mês de março, e para o Dia Mundial do Meio Ambiente, em cinco de junho. Nessas datas, todos nós seremos chamados a refletir sobre os efeitos das mudanças climáticas no ecossistema polar e suas conseqüências para… Ver artigo

Mãos à obra


 “A Terra não pode acabar”. É esse o tema para o Dia Mundial da Água, nesse mês de março, e para o Dia Mundial do Meio Ambiente, em cinco de junho. Nessas datas, todos nós seremos chamados a refletir sobre os efeitos das mudanças climáticas no ecossistema polar e suas conseqüências para o planeta. Em mais de 100 países, uma série de eventos será rea
lizada, mobilizando as mais variadas populações e culturas com debates que mostram a necessidade urgente de todos se unirem num mutirão ecológico para reverter as causas do aquecimento global.
Uma conseqüência pelo aquecimento é certa: os mais prejudicados serão os países pobres. As populações do chamado Terceiro Mundo, que convivem com a escassez de alimentos ou com uma minguada distribuição de grãos, enfrentarão inundações e secas que vão dizimar suas rústicas lavouras. Como estas populações não contam com áreas para estoque de produção, não terão de onde tirar seu sustento.
As mudanças climáticas são provocadas, basicamente, pelos países industrializados, ditos do Primeiro Mundo, que geram calor e poluição para manter sua economia funcionando. Estes países industrializados, globalizados e informatizados têm tecnologia e conhecimento para produzir e estocar alimentos por muitos anos. Eles não passarão fome. E é muito provável que comercializem seus estoques a preços exorbitantes para a parte pobre do mundo.
Os cientistas e a sociedade estão voltados para a questão das mudanças climáticas. O assunto domina a agenda. O Ano Polar Internacional, que se estenderá de 2007 a 2009, o Ano Internacional do Planeta Terra, lançado em janeiro, e agora o Dia Mundial da Água e o Dia Mundial do Meio Ambiente, são exemplos desta preocupação.
Em ambas as datas espera-se que atividades organizadas mobilizem governos, ONGs, indústrias e a mídia. Mas o importante mesmo é agir.
O Brasil, com a maior reserva verde do mundo, precisa dar exemplos efetivos para contribuir para a diminuição da temperatura. É necessário implementar políticas publicas que repensem nosso transporte coletivo, as licenças para instalação de indústrias, a construção de prédios que provocam aquecimento, os aterros, a canalização de recursos hídricos….A lista é grande. Essa é a hora. Momento de exigir e cobrar de governantes, dos políticos, dos líderes, afinal, é hora do basta.
Em abril, teremos outra data importante: o Dia do Índio. A população indígena no Brasil sofre com a falta de uma política adequada de saúde pública e de ações que realmente resguardem as comunidades do progressivo avanço da urbanização, como bem mostra o documentarista Washington Novaes nesta edição.
Basta de políticas públicas do faz de conta. Basta de discursos vazios.
Basta de ações que vão acabando pouco a pouco com a Terra. Mãos à obra: mande e-mails, envie cartas, faça um baixo-assinado, se organize em associações e exija a realização de audiências públicas.
Ninguém deve deixar de fazer por só poder fazer muito pouco. Ou, então, é só esperar pelo fim de do mundo.


[email protected]


PREZADOS ASSINANTES: ao agradecer o apoio e a força que recebemos de todos os nossos
assinantes, a equipe que faz a Folha do Meio Ambiente  gostaria de pedir sua compreensão e atenção para dois pontos:
    1) Ao pagar sua assinatura, por favor, não deixe de enviar por fax (61-3226-4438) ou por email
([email protected]) a devida identificação com endereço completo do responsável pelo depósito;
    2) Temos alguns depósitos bancários feitos sem a devida identificação, o que nos impossibilita de
enviar o jornal. Pedimos, urgentemente, que esses assinantes nos enviem os dados de identificação. Obrigado!