Coluna do Meio

10 maravilhas ameaçadas

26 de abril de 2007

Olhos para ver…  A natureza manda recado: o gelo marinho que cobre o Oceano Ártico registrou neste ano sua segunda menor extensão em toda a história. A área de mar coberta por pelo menos 15% de gelo neste mês foi de 14,7 milhões km. Os pesquisadores dizem que este é o terceiro ano consecutivo que o gelo… Ver artigo

Olhos para ver…


 A natureza manda recado: o gelo marinho que cobre o Oceano Ártico registrou neste ano sua segunda menor extensão em toda a história.
 A área de mar coberta por pelo menos 15% de gelo neste mês foi de 14,7 milhões km.
 Os pesquisadores dizem que este é o terceiro ano consecutivo que o gelo marinho (que derrete no verão e congela no inverno) deixa de se recuperar totalmente.
 Só não vê quem não quer.


…Coração para sentir


 Por falar em aquecimento glo-bal, uma dura realidade.
 O mais cruel de toda essa história é que os mais pobres pagarão caro pelos erros e pela inércia dos mais ricos.
 A conclusão vem de três fontes credenciadas: Universidade de Yale, do Banco Mundial e do Instituto de Pesquisas sobre Energia Elétrica. 
 O relatório prevê que a metade das nações mais miseráveis do mundo sofrerá os principais danos provocados pelo aquecimento global.
  Pior da história: justamente quem menos contribuir para a emissão de dióxido de carbono é quem mais sofrerá as conseqüências.


Colonialismo verde?
 Preservar a floresta amazônica, expulsar madeireiras e proibir o corte de árvores acaba desempregando as pessoas. É o dilema do desenvolvimento.
 O milionário sueco Johan Eliasch, dono da fabrica Head (artigos esportivos) resolveu usar sua riqueza para salvar a floresta.
 Em 2005, Eliasch comprou uma área de 1,6 mil km, de uma madeireira norte-americana, em Itacoatiara-AM
 O milionário pagou 13,7 milhões de libras (R$ 55,3 milhões) em sua empreitada. Sua fortuna é de 361 milhões de libras (R$ 1,5 bilhão).
 A floresta ficou livre da madeireira, mas cerca de mil pessoas empregadas por uma serraria estão sem emprego.
 Taí uma sinuca de bico!


Sem controladores
 O apagão aéreo tem um irmão gêmeo: o vazio de monitoramento sobre os impactos do aquecimento global.
 A verdade é que no Brasil, sem informações confiáveis, fica impossível adotar políticas de mitigação e adaptação aos danos das mudanças climáticas.
 A conclusão é do climatologista Carlos Nobre, num debate promovido pelo Instituto de Estudos Avançados da USP.


Terra em perigo
 Verdade comprovada: a maioria dos recursos naturais que o homem depende pode desaparecer em pouco tempo.
 O consumo de água no mundo cresceu seis vezes nos últimos 100 anos.
 Um terço da população mundial vive em regiões onde a água é escassa, porcentagem que deve dobrar até 2025.
 A pesca excessiva e predatória impede a reprodução das espécies e já reduziu em 90% a população dos grandes peixes oceânicos.
 As reservas de petróleo devem se esgotar em 50 anos.
 A comparação melhor é essa: se China e Índia, onde está um terço da população do mundo, alcançarem patamares de consumo iguais aos da Califórnia, os recursos naturais do planeta entrarão em colapso.
 Vamos ter que arrumar outras Terras para aguentar o baque.


E agora, Viana?
 Pelo jeito, o “governo da floresta”, como o ex-governador Jorge Viana marcou sua gestão, não foi tão da floresta assim.
 O Acre, de 1999 a 2006 governado por Viana, triplicou o desmatamento e chegou à marca de 995 km2 em 2004.
 É como se uma área de floresta do tamanho de 14 campos de futebol fosse derrubada por hora.


Ecoeficiência
 A indústria está lucrando com a onda verde.
 Setores que nada têm de verde estão descobrindo na gestão ambiental formas de gerar mais eficiência e garantir novas fontes de receita. Além de melhorar a própria imagem .
 No Brasil, algumas empresas dos setores siderúrgico e de papel/celulose estão se destacando em termos de gestão ambiental.
 A ecoeficiência está no reaproveitamento de gases, reciclagem de resíduos e uso eficiente da água.


“A Funai vai defender, sempre, os índios. Se a Aracruz Celulose defende seus direitos, a Funai defende os direitos indígenas”.
Márcio Meira, novo presidente da Funai